terça-feira, 31 de maio de 2011

COPA DO MUNDO 1986, 25 ANOS PARTE 01: A ABERTURA


A Copa do Mundo 1986 foi a décima terceira edição disputada.

Contou com a participação de 24 países.

113 países participaram das Eliminatórias.

Esta Copa seria disputada na Colômbia.

Graves problemas econômicos impediram os colombianos.

De serem os anfitriões do torneio.

A FIFA ofereceu a Copa para o Brasil.

Mas o Governo Federal recusou.

Então a Copa foi aceita pelo México.

Que foi escolhido para sediar o Mundial mais uma vez.

Nem mesmo os terremotos um ano antes.

Colocaram em risco a realização do torneio.

Os jogos ocorreram em doze estádios.

O maior deles, o Estádio Azteca, na Cidade do México.

Palco da Final da Copa de 1970.

Seria também o palco da abertura do Copa de 1986.

Como era de praxe naqueles tempos.

O jogo de abertura tinha a presença do campeão anterior.

A Itália, tri-campeã do mundo em 1982.

Entrava em campo para enfrentar a Bulgária.

Que voltava à Copa do Mundo doze anos depois.

De sua última participação, na Alemanha, em 1974.

Buscava sua primeira vitória em Copas do Mundo.

Até então eram quatro empates e oito derrotas.

31 de maio de 1986.

Começa a décima terceira Copa do Mundo.

A Itália vinha com cinco jogadores.

Remanescentes da Final da Copa de 1982.

Bergomi, Cabrini, Scirea, Conti e Altobelli.

Collovati, Tardelli e Paolo Rossi estavam no banco.

Assim como o técnico Enzo Bearzot.

A Bulgária tinha um time muito jovem.

Apenas o zagueiro Arabov dentre os onze tinha mais de 30 anos.

Antes do jogo, a tradicional cerimônia de abertura.

Mexicano com sombreiro entre os milhares de espectadores
na abertura da Copa do Mundo de 1986, no Estádio Azteca.

O Estádio Azteca lotado, com cerca de 96.000 pessoas.

Ao meio-dia, o sueco Erik Fredriksson trila o apito.

E dá início à Copa do Mundo de 1986.

A torcida está animadíssima na arquibancada.

O mexicano ama o futebol.

Sirakov perde grande chance de cabeça para a Bulgária.

Sirakov em disputa de bola com o goleiro italiano Galli.

Mas a Itália tenta chegar e é melhor no jogo.

Na tentativa do tetra-campeonato.

Quem marca o primeiro gol da Copa é o italiano Altobelli.

Em cobrança de falta de Di Gennaro pela esquerda.

A bola é lançada na área e Altobelli pega de primeira.

Após a bola passar pela zaga búlgara pelo alto.

No fim do primeiro tempo.

A Itália sai na frente, 1 a 0.

No segundo tempo, a Itália permanece pressionando.

Logo no início, De Napoli manda um chute perigoso.

Altobelli e Scirea tramam jogada pela esquerda.

Mas o capitão italiano perde o gol cara a cara com Mikhailov.

A Itália continua pressionando.

Vierchwood chuta por cima do travessão do goleiro búlgaro.

Em jogada ensaiada, os italianos perdem um gol na pequena área.

Após troca de bolas pelo alto.

Arabov quase faz gol contra em outra jogada.

Mladenov e Galderisi em disputa de bola.

A Bulgária estava muito aberta.

Buscava o gol de empate.

Facilitava as investidas italianas.

Altobelli perde outro gol feito.

O um a zero era magro no placar.

E quando todos achavam que não aconteceria mais nada.

A quatro minutos do fim do jogo.

A Bulgária desceu pela direita.

E num cruzamento caprichado de Zdravkov.

Sirakov sobe sozinho na área italiana.

Numa bobeira incrível da zaga azzurra.

Para colocar números iguais no placar.

1 a 1.

Numa testada certeira.

No canto esquerdo do goleiro Galli.

Muita comemoração dos búlgaros.

O árbitro acabou a partida exatamente aos 90 minutos.

Fim do primeiro jogo da Copa de 1986.

Como ocorria desde 1974.

O atual campeão não consegue estrear com vitória.

Foi há exatos 25 anos...

Sirakov e Scirea em disputa de bola
na primeira partida do Mundial do México em 1986.

Ficha do jogo
31 de maio de 1986
Itália 1 x 1 Bulgária

Estádio Azteca, Cidade do México, México.
Árbitro: Erik Fredriksson (Suécia).
Público: cerca de 96.000 pessoas.

Gols: Altobelli (Itália), 43 do primeiro tempo; Sirakov (Bulgária), 41 do segundo tempo.

Itália: Galli; Bergomi, Vierchwood, Scirea (c) e Cabrini; De Napoli, Bagni, Di Gennaro e Conti (Vialli); Galderisi e Altobelli. Técnico: Enzo Bearzot.

Bulgária: Mikhailov; Zdravkov, Dimitrov (c), Arabov e Markov; Sadkov, Sirakov, Getov e Gospodinov (Zheliazkov); Iskrenov (Kostadinov) e Mladenov. Técnico: Ivan Vutsov.




segunda-feira, 30 de maio de 2011

500 MILHAS DE INDIANÁPOLIS

As 500 Milhas de Indianápolis é uma corrida de automóveis que acontece anualmente nos Estados Unidos normalmente no último fim de semana de maio, em Indiana.

O evento empresta seu nome à Fórmula Indy.

A corrida é uma das provas mais tradicionais do automobilismo internacional.

Foi disputada pela primeira vez em 1911 e atualmente faz parte do calendário da IRL.

Nesta prova, os carros andam 500 milhas (805 km.) na parte oval do circuito.

Seu grid é composto tradicionalmente por 33 carros.

As 500 Milhas de Indianápolis fizeram parte do Mundial de Fórmula 1 de 1950 a 1960.

O vencedor da prova atualmente ganha 1 milhão de dólares.

O circuito de Indianápolis foi construído em 1909 e serviu para alguns pequenos eventos, inclusive de motocicletas.

O primeiro evento de longa distância foi as 100 voltas do Troféu Prest-O-Lite em 1909, vencido por Bob Burman.

A prática de realizar numerosas pequenas corridas em 1909 e 1910 dá lugar à ideia de um evento singular, de grande escala, que atraísse a atenção de pilotos e construtores americanos e europeus.

Apesar das controvérsias, em maio de 1911, organizou-se uma corrida de automóveis no circuito, que oferecia a premiação de US$ 25 mil para um concurso de 500 milhas.

O valor era espetacular para a época e abriu caminho para que a corrida adquirisse rapidamente um status privilegiado entre as corridas de automóveis.

A primeira 500 Milhas de Indianápolis ocorreu há exatos 100 anos, em 30 de maio de 1911.

Quarenta e dois pilotos inscreveram-se para a prova.

Quarenta deles largaram na prova histórica.

O americano Lewis Strang foi o pole position, seguido pelo italiano Ralph DePalma.

O grid de largada foi determinado pela ordem de chegada dos veículos ao posto de inscrição da corrida.

No entanto, quem roubou a cena foi outro americano, Ray Harroun.

Largando na vigésima oitava posição, Harroun foi o vencedor da prova.

Guiando um Marmon de seis cilindros, equipado com a sua invenção - o espelho retrovisor, dirigiu o carro pelas 200 voltas em seis horas, quarenta e dois minutos e oito segundos, a uma velocidade média de 120,1 km/h.

Carro que deu a Ray Harroun a vitória
na primeira disputa das 500 Milhas de Indianápolis.

Vinte e seis pilotos terminaram a prova, que deu a Harroun um prêmio de US$ 14.250, terminando 1 minuto e quarenta e três segundos à frente do segundo colocado, o também americano Ralph Mulford, que havia largado uma posição atrás.

Mulford protestou o resultado ao fim da corrida, já que Harroun era o único piloto a saber o tráfego que estava por vir à sua caça.

Ray Harroun vence a primeira edição das 500 Milhas de Indianápolis,
há 100 anos.

A história corrida teve ontem a sua 95a. edição, no ano de seu centenário, consagrando o inglês Dan Wheldon vencedor da prova, após a batida do americano John R. Hildebrand na última volta.

domingo, 29 de maio de 2011

SÃO MATEUS É O CAMPEÃO CAPIXABA

Saiu o campeão capixaba.

É o São Mateus, que venceu hoje o Linhares na Final.

2 a 0, gols de Reginaldo e Jânio Baiano.

E a conquista do segundo título capixaba da história.

O São Mateus também havia sido campeão em 2009.

O time também garantiu vaga na Série D do Brasileiro.

Parabéns à Associação Atlética São Mateus.

Campeã Capixaba em 2011!



Quem também poderia ter comemorado este fim de semana.

Era o Peñarol, do Amazonas.

Mas o time perdeu a decisão por pênaltis do segundo turno.

Após o empate em 2 a 2 no tempo normal contra o Nacional.

Peñarol e Nacional farão agora a Final do Campeonato.

Serão duas partidas.

Pelo Sergipano, quem venceu o segundo turno.

Foi o São Domingos, que bateu o Sergipe por 3 a 1.

River Plate e São Domingos farão a Final do Campeonato.

Também serão duas partidas.

Em Tocantins, ocorreu ontem a primeira partida da Final.

O Gurupi venceu o Interporto por 2 a 1.

E pode perder por até um gol de diferença.

Para sagrar-se campeão estadual.

No Pará, foram conhecidos os finalistas do segundo turno.

O Cametá goleou o São Raimundo por 3 a 0.

E o Independente despachou o Remo com um 2 a 0.

Independente e Cametá decidirão o segundo turno.

O Paysandu venceu o primeiro turno.

E já está na Final do Paraense.

No Maranhão, o Sampaio Corrêa venceu o Santa Quitéria.

E continua liderando disparado o campeonato.

No Sul-matogrossense o Águia Negra fez 2 a 0 no Ponta Porã.

E segue liderando o Grupo 1.

O Grupo 2 é liderado disparado pelo CENE.

Fez 3 a 0 no Rio Verde.

E está nove pontos à frente do Maracaju, segundo colocado.

No Acre, o Juventus venceu e segue liderando.

O Rio Branco também venceu e está perto da classificação.

Em Rondônia, Espigão e Ariquemes seguem na frente.

Em Roraima, quem está na frente é o São Raimundo.

E no Amapá, Cristal e Oratório lideram seus grupos.



CAMPEÕES ESTADUAIS 2011:

ALAGOAS: AS ARAPIRAQUENSE;

BAHIA: AD BAHIA DE FEIRA;

CEARÁ: CEARÁ SC;

DISTRITO FEDERAL: BRASILIENSE FC;
 
ESPÍRITO SANTO: AA SÃO MATEUS;

GOIÁS: AC GOIANIENSE;

MATO GROSSO: CUIABÁ EC;

MINAS GERAIS: CRUZEIRO EC;
 
PARAÍBATREZE FC;

PARANÁ: CORITIBA FC;

PERNAMBUCO: SANTA CRUZ FC;

RIO DE JANEIRO: CR FLAMENGO;

RIO GRANDE DO NORTE: ABC FC;

RIO GRANDE DO SUL: SC INTERNACIONAL;

SANTA CATARINA: ASSOCIAÇÃO CHAPECOENSE FUTEBOL;

SÃO PAULOSANTOS FC.

CAMPEONATO BRASILEIRO: QUATRO CLUBES TEM 100% DE APROVEITAMENTO

Atlético-MG, São Paulo, Vasco e Corinthians.

Venceram os dois primeiros jogos do Brasileirão.

E são os clubes que tem seis pontos na tabela.

Dividindo a liderança da competição.

Ontem, o Atlético-MG venceu o Avaí fora de casa por 3 a 1.

Leonardo Silva marcou duas vezes e Réver marcou uma.

Fábio Santos fez o gol de honra do Avaí.

Na próxima rodada, o Leão enfrenta o Santos na Vila Belmiro.

E o Galo recebe o São Paulo dia 8 de junho.

Tricolor paulista que também venceu ontem.

Bateu o Figueirense com um gol de Lucas.

Já aos 47 do segundo tempo.

Na próxima rodada, o Figueirense recebe o Atlético-GO.

Hoje, Vasco e Corinthians ganharam em casa.

O Vasco, recheado de reservas.

Bateu o América-MG por 3 a 0.

Na próxima rodada, o time cruzmaltino enfrenta o Coritiba.

Mesmo adversário que o Vasco enfrentará quarta-feira.

Pela Final da Copa do Brasil.

O América-MG recebe o Internacional.

O Corinthians venceu o Coritiba.

2 a 1 com um gol de Danilo aos 35 do segundo tempo.

O próximo jogo do Timão é contra o Flamengo, no Rio.

O Coritiba encara o Vasco em Curitiba.

Antes, na quarta, o primeiro jogo da Final da Copa do Brasil.

Também contra o Vasco da Gama.

Ontem, Botafogo e Ceará também venceram.

O Botafogo bateu os reservas do Santos no Engenhão.

1 a 0, gol de Fábio Ferreira.

O Santos recebe o Avaí na próxima rodada.

Na próxima quarta-feira vai até Assunção, no Paraguai.

Tentar a classificação para a Final da Libertadores.

Contra o Cerro Porteño.

O Botafogo, no próximo jogo, vai encarar o Ceará.

Que foi o outro vencedor da noite de ontem.

1 a 0 sobre o Internacional, em Porto Alegre.

Iarley marcou o gol da vitória.

O próximo jogo do Inter é contra o América-MG.

Além de Corinthians e Vasco.

Grêmio e Fluminense venceram hoje.

O Grêmio ganhou com um gol contra do Atlético-PR.

Rafael Santos balançou as próprias redes.

Na próxima rodada, o Grêmio recebe o Bahia.

E o Atlético-PR sai para encarar o Palmeiras.

Fluminense também ganhou fora de casa.

1 a 0 sobre o Atlético-GO.

Que na próxima rodada sai para enfrentar o Figueirense.

O Fluminense vai receber o Cruzeiro no Rio.

Cruzeiro que empatou hoje contra o Palmeiras.

1 a 1 em Sete Lagoas.

O Verdão recebe o Atlético-PR na próxima rodada.

No jogo com mais gols nessa segunda rodada.

Bahia e Flamengo empataram em 3 a 3.

Lulinha marcou uma vez e Jobson duas vezes para o Bahia.

Ronaldinho Gaúcho, Botinelli e Egídio.

Foram os autores dos gols rubro-negros.

O Flamengo, na próxima rodada, recebe o Corinthians.

E o Bahia sai para enfrentar o Grêmio.

ACIDENTE AJUDA, VETTEL SE SAFA DE PRESSÃO E VENCE PROVA CONFUSA EM MÔNACO *

Quando tinha a maior chance de perder uma corrida com erros da equipe Red Bull, o alemão Sebastian Vettel contou com a sorte e foi ajudado por um acidente nas voltas finais para se manter à frente de Fernando Alonso e Jenson Button para vencer o Grande Prêmio de Mônaco com apenas uma troca de pneus nos boxes e outra na pista durante a interrupção da prova a seis voltas do fim.

Em um circuito em que há muito tempo não havia uma corrida bem disputada, Sebastian Vettel, Fernando Alonso e Jenson Button protagonizaram a melhor disputa da temporada com os três chegando praticamente juntos no final depois da entrada do safety car e da interrupção da prova com bandeira vermelha para a limpeza da pista e o atendimento ao russo Vitaly Petrov.

Assim como já havia ocorrido no treino de classificação, quando a sessão foi interrompida por um forte acidente do mexicano Sergio Perez, que não correu neste domingo, a corrida em Mônaco foi marcada por várias disputas na pista e também por acidentes.

Foi um acidente que tirou o brasileiro Felipe Massa da prova em disputa de posição com o inglês Lewis Hamilton, causando a entrada do safety car pela primeira vez no ano.

E outro acidente, envolvendo novamente Hamilton além de Jaime Alguersuari e Vitaly Petrov interrompeu a corrida faltando seis voltas para a bandeirada final.

Na volta da corrida, Lewis Hamilton foi novamente protagonista de um acidente e na disputa por posições bateu no carro do venezuelano Pastor Maldonado, que fazia sua melhor corrida e estava em sexto lugar.

Vettel chegou à quinta vitória no ano e agora soma 143 pontos na temporada, com seis corridas disputadas.

O brasileiro Rubens Barrichello pontuou pela primeira vez na temporada com o carro da Williams ao chegar na nona colocação.

Enquanto Fernando Alonso começou bem e pulou para a terceira posição, Sebastian Vettel conseguiu manter a ponta na largada e logo passou a abrir distância para o inglês Jenson Button.

Ao final da primeira volta o alemão da Red Bull já tinha 2s4 de vantagem, enquanto Button e Alonso andavam próximos.

No momento de fazer o primeiro pit stop para a troca de pneus, a Red Bull que até então era a equipe mais eficiente nos boxes, falhou e atrapalhou seus dois pilotos.

Sebastian Vettel perdeu tempo devido ao cobertor elétrico que demorou a se desprender do pneu.

Com o atraso, o time não estava pronto para receber Mark Webber e fez o australiano perder muito tempo.

Quem se beneficiou com a trapalhada da Red Bull foi o inglês Jenson Button, que aproveitou o trabalho eficiente da McLaren para assumir a liderança e abrir 7s de vantagem para Vettel.

Depois de largar em quinto e perder várias posições, Michael Schumacher fez seu show particular dando e levando ultrapassagens.

Primeiro ele tomou a posição de Lewis Hamilton, depois viu o inglês devolver a ultrapassagem.

Então foi a vez de Rubens Barrichello também aprontar para cima do alemão e roubar a décima posição.

Em briga por posição com o inglês Lewis Hamilton, Felipe Massa acabou pegando o lado sujo da pista no túnel e perdeu a traseira do carro, batendo contra o guard-rail.

O acidente que tirou o brasileiro da prova causou a entrada do safety car na pista e irritou Hamilton.

O piloto da McLaren acusou pelo rádio o brasileiro Felipe Massa de ter jogado o carro da Ferrari no guard-rail de propósito.

Eles já haviam se tocado na briga por posições antes da batida do brasileiro.

Lewis Hamilton acabou punido pelos comissários por ter causado colisão e teve de passar pelos boxes.

“O Hamilton tentou me passar onde não dava, acabou encostando em mim, me jogou no Webber, quebrou minha asa e no túnel na hora de virar não dava”, explicou Massa à TV Globo.

Sebastian Vettel aproveitou a parada de Jenson Button nos boxes antes da entrada do safety car para retomar a liderança, mas passou a ser atacado pelo inglês.

Fernando Alonso também lucrou e passou Button durante pit stop do inglês.

No fim, o alemão alcançou a sua quinta vitória no ano.

Vitaly Petrov machucou a perna em seu acidente e teve de ser levado para o hospital em Mônaco.

O piloto russo se manteve consciente após a batida.

* Publicado no UOL às 11:12 hs.

EQUILÍBRIO NA SÉRIE B: TODOS OS CLUBES JÁ PONTUARAM

O equilíbrio permanece na Série B.

Seis clubes que perderam na primeira rodada.

Venceram nesta segunda rodada.

Na terça-feira, o ASA venceu o Americana por 2 a 1.

Didira e Sérgio Bueno marcaram os gols da vitória alagoana.

Na próxima rodada, o ASA encara o Goiás fora de casa.

O Americana joga em casa contra o Paraná.

Na sexta-feira, o Ituiutaba bateu o São Caetano fora de casa.

2 a 0 e os três primeiros pontos para o clube mineiro.

Com um gol no primeiro minuto.

E outro no último minuto do jogo.

Próxima rodada, o Ituiutaba enfrenta o Vila Nova em Varginha.

E o São Caetano joga contra o Bragantino fora de casa.

Também na sexta, o Barueri bateu o Bragantino.

De virada, Alex Lima, Eraldo e Pedrão marcaram os gols.

Que levaram à vitória do Barueri por 3 a 2.

Na próxima rodada o Barueri enfrentará o Sport em Recife.

E o Bragantino pega o São Caetano em Bragança Paulista.

Ainda na sexta, o Vila Nova bateu a Ponte Preta por 3 a 1.

Pela terceira rodada, o Vila Nova enfrentará o Ituiutaba.

E a Ponte Preta vai receber o Icasa.

Icasa que ontem venceu o Vitória por 3 a 1.

Ribinha marcou duas vezes.

E o rubro-negro Reniê marcou contra.

Geovanni descontou para os baianos.

Na próxima rodada, o Vitória enfrenta o Guarani, em Salvador.

O sexto time a se recuperar de uma derrota na estreia.

Foi o Náutico, de Eduardo Ramos.

Que marcou o gol da vitória sobre o Goiás por 1 a 0.

Na próxima rodada, o Goiás recebe o ASA no Serra Dourada.

E o Náutico enfrentará o Criciúma fora de casa.

Criciúma que ontem venceu fora de casa.

Bateu o Duque de Caxias por 2 a 1.

Pedro Carmona e Schwenck marcaram os gols do Tigre.

Somália descontou para o time da Baixada.

Que na terceira rodada, enfrentará o Salgueiro em Paulista.

Nos demais jogos, só empates.

Paraná e Portuguesa empataram na terça-feira por 1 a 1.

E Guarani e Sport empataram ontem pelo mesmo placar.

O Paraná pega na próxima rodada o Americana fora de casa.

A Portuguesa recebe o ABC no Canindé.

O Guarani vai até Salvador encarar o Vitória.

E o Sport recebe o Grêmio Barueri em Recife, na terça.

No último jogo de ontem, ABC e Salgueiro empataram.

Também em 1 a 1.

Elionar abriu o placar para o time da casa no primeiro tempo.

E Fagner deixou tudo igual no segundo tempo.

Na próxima rodada, o time potiguar vai até São Paulo.

Encara a Portuguesa no Canindé.

Já o Carcará, enfrenta o Duque de Caxias em Paulista.

Portuguesa, Criciúma, Paraná e Sport lideram a Série B.

Cada um tem quatro pontos.

Nove times têm três pontos.

Guarani, ABC e Salgueiro tem dois pontos.

Bragantino, Duque de Caxias, Americana e São Caetano.

São os quatro últimos, com um ponto cada.

sábado, 28 de maio de 2011

MANCHESTER SE RENDE AO FUTEBOL DO BARCELONA: "ELES SÃO BONS DEMAIS" *

O Manchester United se rendeu ao futebol do Barcelona.

O time inglês foi unânime ao admitir a superioridade do rival na decisão da Liga dos Campeões.

Com uma bela apresentação, o time catalão venceu por 3 a 1, neste sábado, no estádio de Wembley.

O goleiro Van der Sar, que fez sua última partida como profissional, não poupou elogios aos rivais.

"Eles são muito bons. Até jogamos bem, mas eles tiveram as melhores chances. Tivemos dois erros e eles nos puniram. Contra eles, você tem que marcar o primeiro gol. E nós não conseguimos”, resumiu o agora aposentado goleiro.

O técnico Alex Ferguson concordou e vê o Barcelona como a melhor equipe da Europa neste momento.

"Grandes equipes têm ciclos. E eles são os melhores. Não há dúvida. É o melhor time que eu vi, todo mundo reconhece isso, e eu aceito isso. Jogar contra o Barcelona não é fácil, mas é um desafio, e ele [Manchester] precisa enfrentar seus desafios, e não fugir deles", salientou Ferguson.

O time inglês até começou melhor e deu poucos espaços.

Além disso, chegou a empatar a partida.

Mas, no geral, foi totalmente dominado pelo time catalão.

Para se ter ideia, encerrou o duelo com 63% de posse de bola.

Além disso, finalizou impressionantes dezenove vezes contra apenas quatro do Manchester.

“Nós nunca jogamos contra um time como o Barcelona. Eles jogam um grande futebol e mereceram a vitória”, comentou o zagueiro e capitão Vidic, que também fazia parte do elenco derrotado pelo Barcelona na final da edição 2008/2009 da Liga dos Campeões.

“Eles foram os melhores neste jogo, conseguiram impor um sistema de trabalho e jogar sob esse esquema, tanto individualmente quanto em termos coletivos. Mereceram o título”, disse o zagueiro Rio Ferdinand.

Jogadores do Barcelona posam com a taça
depois de vencerem o Manchester United.

* Publicado no UOL às 19:19 hs.

EM REVANCHE, BARÇA E MANCHESTER LUTAM POR ENTRADA EM GRUPO SELETO

Neste sábado será realizada a partida mais importante do futebol europeu na temporada.

Às 15:45 hs. (horário de Brasília), em Wembley, na cidade de Londres, Barcelona e Manchester United entram em campo para brigar pelo título da Copa dos Campeões da Europa - assim como fizeram em 2009, com vitória do Barça - e, acima disto, para lutar por um lugar no seleto grupo dos principais campeões europeus da história.

Ao adentrarem o gramado de Wembley, tanto Barcelona quanto Manchester - ambos atuais campeões de seus países - estarão na luta pelo quarto título europeu da história do clube.

Cada uma das equipes conquistou o troféu em três oportunidades e quer o título deste ano para entrar no que pode ser chamado de segundo escalão dos campeões europeus, com pelo menos quatro conquistas.

O grupo dos que conquistaram a Champions em mais de três oportunidades é formado por Ajax, da Holanda, Bayern de Munique, da Alemanha, cada um com quatro conquistas.

Já o Liverpool tem cinco e Real Madrid e Milan, com nove e sete, respectivamente, estão longe de serem alcançados.

Pelo lado do Manchester, jura-se que o sentimento não é de revanche, mas ninguém esconde o gosto especial que teria uma vitória sobre o Barça na Final.

"Ficamos muitos decepcionados pela derrota em 2009. Não queremos revanche, mas nosso orgulho ficou tocado. Estamos muito concentrados para melhorar e estou confiante que tudo sairá bem", afirmou o técnico Sir Alex Ferguson.

Como é de costume, Ferguson não gosta de anunciar o time que vai colocar em campo antes da partida.

Também com todos seus jogadores à disposição, a tendência é que o técnico opte pela mesma equipe que bateu o Schalke 04 por 2 a 0 na primeira partida das semifinais da competição, o que coloca oito jogadores que foram titulares em 2009 em campo novamente.

Nesta temporada, o Manchester tem mostrado muito poder coletivo e esta é a principal aposta do time para a decisão da Copa dos Campeões.

Além de Rooney, que voltou a viver grande fase depois de uma série de polêmicas, o time tem o experiente Giggs que tem sido decisivo e Chicharito Hernández que é apontado como a principal reveleção do futebol europeu no ano, com seu faro de gol.

Além disto, a defesa é outro ponto forte, com Vidic e Ferdinand dando muita segurança a Van der Sar, que se aposenta após a partida deste sábado.

Durante sua coletiva de imprensa, ao demonstrar respeito ao time do Barcelona, Ferguson usou algumas palavras que definem bem o que será a partida.

"O êxito das duas equipes foi enorme. Esta pode ser a maior final de toda a década".

28 de maio de 2011
Barcelona x Manchester United
Estádio Wembley, Londres, Inglaterra.

Horário: 15:45 hs. (horário de Brasília)
Árbitro: Viktor Kassai (Hungria)
Assistentes: Gabor Eros (Hungria) e Gyorgy Ring (Hungria)

Barcelona: Valdés; Daniel Alves, Piqué, Mascherano (Abidal) e Puyol; Busquets, Xavi e Iniesta; Pedro, Messi e David Villa. Técnico: Josep Guardiola.

Manchester United: Van der Sar; Fábio (Rafael), Vidic, Ferdinand e Evra; Carrick, Park Ji-Sung, Giggs e Valencia (Nani); Rooney e Chicharito (Fletcher). Técnico: Alex Ferguson.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

RECOPA EUROPEIA, 1961

A Taça dos Clubes Vencedores de Taças.

Ou simplesmente Taça das Taças.

Conhecida no Brasil como Recopa Europeia.

Foi uma competição de clubes de futebol da Europa.

Disputada entre a temporada 1960/61 até 1998/99.

Entre os campeões das copas de cada país.

Era o segundo torneio mais importante da Europa.

O seu campeão disputava com o campeão da Liga dos Campeões.

O título da Supercopa da Europa.

A primeira temporada, a de 1960/61.

Teve a participação de apenas dez clubes.

Quatro deles disputaram uma fase preliminar.

O Rangers, da Escócia.

O Ferencváros, da Hungria.

O Vorwärts Berlin, da Alemanha Oriental.

E o Rudá Hvězda Brno, da extinta Tchecoslováquia.

Rangers e Rudá Hvězda Brno classificaram-se.

Na fase seguinte, encontraram outros seis times.

O Borussia Mönchengladbach, da Alemanha Ocidental.

O Austria Viena, da Áustria.

O Lucerne, da Suíça.

O Wolverhampton, da Inglaterra.

A Fiorentina, da Itália.

E o Dínamo Zagreb, da antiga Iugoslávia.

O Rangers massacrou o Borussia Mönchengladbach duas vezes.

3 a 0 e 8 a 0.

A Fiorentina também atropelou o Lucerne.

3 a 0 e 6 a 2.

O Dínamo Zagreb passou pelo Rudá Hvězda Brno.

Com um empate em 0 a 0 e uma vitória por 2 a 0.

O Wolverhampton eliminou o Austria Viena.

Mesmo perdendo a primeira partida por 2 a 0.

Pois vencera a segunda por 5 a 0.

Nas semifinais, a Fiorentina passou pelo Dínamo Zagreb.

E o Rangers eliminou o Wolverhampton.

A Final seria entre Rangers e Fiorentina.

Dois jogos programados, em maio de 1961.

No dia 17, a primeira partida em Glasgow.

No Ibrox Park, a Fiorentina surpreendeu.

E bateu o Rangers por 2 a 0.

Dois gols de Luigi Milan.

Um deles já no fim do jogo.

Virou favoritaça para papar pela primeira vez o troféu.

27 de maio de 1961.

Estádio Comunale, em Florença.

50.000 pessoas presentes ao espetáculo.

O time da casa pode até perder por um gol de diferença.

Para sagrar-se campeão.

Da primeira edição da Recopa Europeia.

A Fiorentina contava com sua grande estrela.

O meia sueco Kurt Hamrim, vice-campeão mundial em 1958.

O brasileiro Dino da Costa.

Artilheiro do Campeonato Italiano de 1957.

Também fazia parte do time.

Bem como o jovem goleiro Albertosi.

Futuro campeão europeu e vice mundial pela Squadra Azzurra.

O húngaro Vilmos Hernádi apita o início do jogo.

Aos 12 minutos.

Mesmo momento em que a Fiorentina abriu o placar.

Na primeira partida, em Glasgow.

Bola cruzada na pequena área.

Luigi Milan marca para os italianos.

Meio sem jeito, de barriga, empurra a bola para dentro.

Vibração de seus torcedores.

Festa napolitana.

O título estava cada vez mais perto.

O Rangers agora precisava fazer três gols.

No segundo tempo, os escoceses chegam a empatar.

Alex Scott põe o placar em igualdade.

Mas o tempo passa e o resultado é favorável aos italianos.

Apesar das tentativas britânicas.

Já aos 41 do segundo tempo.

Numa jogada de contra ataque.

Hamrin marca o gol da vitória italiana.

É o gol do título histórico.

É o gol do título da primeira Recopa Europeia.

A Fiorentina é Campeã da Recopa Europeia de 1961.

O time que havia chegado à Final da Copa dos Campeões.

E perdera o título para o Real Madrid em 1957.

Faturava o seu título continental.

Para delírio de todos os torcedores presentes.

A Fiorentina ainda chegaria à Final da Recopa em 1962.

Mas este seria o único título continental da equipe violeta.

Há exatos 50 anos...

A Fiorentina campeã da primeira edição
da Recopa Europeia, em 1961.

Ficha do jogo
27 de maio de 1961
Fiorentina 2 x 1 Rangers

Estádio Comunale, Florença, Itália.
Árbitro: Vilmos Hernádi (Hungria).
Público: cerca de 50.000 pessoas.

Gols: Milan (Fiorentina), 12 do primeiro tempo; Scott (Rangers), 15 do segundo tempo; Hamrin (Fiorentina), 41 do segundo tempo.

Fiorentina: Albertosi; Robotti, Gonfiantini, Orzan e Castelletti; Rimbaldo, Micheli, Hamrin e Petris; Dino da Costa e Milan. Técnico: Nándor Hidegkuti.

Rangers: Ritchie; Shearer, Paterson, Davis e Caldow; Baxter, Scott, McMillan e Wilson; Brand e Millar. Técnico: Scot Symon.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

MILES DAVIS

Miles Dewey Davis Jr nasceu em Alton, nos Estados Unidos, há exatos 85 anos, em 26 de maio de 1926.

Trompetista, compositor e bandleader de jazz norte-americano, considerado um dos mais influentes músicos do século XX, Davis esteve na vanguarda de quase todos os desenvolvimentos do jazz desde a Segunda Guerra Mundial até a década de 1990.

Participou de várias gravações do bebop e das primeiras gravações do cool jazz.

Fez parte do desenvolvimento do jazz modal, e também do jazz fusion que originou-se do trabalho dele com outros músicos no final da década de 60 e no começo da década de 70.

Miles Davis pertenceu a uma classe tradicional de trompetistas de jazz, que começou com Buddy Bolden e desenvolveu-se com Joe Oliver, Louis Armstrong, Roy Eldridge e Dizzy Gillespie.

Ao contrário desses músicos, Davis nunca foi considerado um alto nível de habilidade técnica.

Seu grande êxito como músico, entretanto, foi ir mais além do que ser influente e distinto em seu instrumento, e moldar estilos inteiros e maneiras de fazer música através dos seus trabalhos.

Muitos dos mais importantes músicos de jazz fizeram seu nome na segunda metade do século XX nos grupos de Miles Davis, incluindo Joe Zawinul, Chick Corea, Herbie Hancock, John Coltrane, Wayne Shorter, George Coleman, Kenny Garrett, Tony Williams e John McLaughlin.

Como trompetista, Miles Davis tinha um som puro e claro, mas também uma incomum liberdade de articulação e altura.

Ficou conhecido por ter um registro baixo e minimalista de tocar, mas também era capaz de conseguir alta complexidade e técnica com seu trompete.

Miles Davis nasceu em uma família relativamente rica em Alton, no estado de Illinois.

Seu pai era dentista e, em 1927, sua família se mudou para East St. Louis.

A mãe de Davis, Cleota Mae Davis, queria que seu filho aprendesse a tocar piano - ela era uma hábil pianista de blues, mas manteve isso escondido de seu filho.

Os estudos musicais de Miles começaram aos treze anos, quando seu pai lhe deu um trompete novo e providenciou algumas aulas com um trompetista local, Elwood Buchanan.

Aos dezesseis anos, Davis era membro de um círculo de músicos e trabalhava profissionalmente quando não estava na escola.

Aos dezessete, passou um ano tocando no grupo de Eddie Randle, os Blue Devils.

Sonny Stitt tentou convencê-lo a se juntar à banda de Tiny Bradshaw, atravessando a cidade, mas sua mãe negou, alegando que ele terminasse seu último ano na escola.

Em 1944, o grupo de Billy Eckstine foi tocar em St. Louis.

Dizzy Gillespie e Charlie Parker eram integrantes, e por causa de uma doença com Buddy Anderson, Davis atuou como o terceiro trompetista por algumas semanas.

Quando o grupo saiu da cidade para completar sua turnê Miles ficou, pois seus pais insistiram ainda para ele completar seus estudos acadêmicos.

Em 1944, Davis mudou-se para Nova York para conseguir uma bolsa de estudos na Juilliard School, mas ao invés disso ele decidiu procurar a banda de Charlie Parker.

Suas primeiras gravações foram feitas em 1945 com o cantor de blues "Rubberlegs" Williams e o sax-tenorista Herby Fields.

Charlie Parker e Miles Davis em 1947.
Em 1948, teve seu aprendizado como sideman, tanto no palco como no estúdio, e estava começando a desenvolver-se como artista solo.

A partir de 1949 começou sua parceria com Gil Evans, com quem colaboraria pelos próximos vinte anos.

Neste mesmo ano, Davis visitou a Europa pela primeira vez e se apresentou no Paris Jazz Festival em maio.

A partir de então data os problemas de Davis com as drogas.

Tocando em bares de Nova York, Davis estava em frequente contato com pessoas que usavam e vendiam drogas.

Em 1950, como muito dos seus contemporâneos, ele adquire vício em heroína.

Entre 1950 e 1955, Davis fez gravações para os selos Prestige e Blue Note Records, numa variedade de pequenos grupos.

Por causa de seu problema com drogas, Davis ganhou uma reputação de irresponsável.

Entre 1953 e 1954 entretanto, ele retorna a East St. Luis e se tranca em um quarto na farmácia de seu pai por doze dias até que conseguisse estar livre das drogas.

Após superar seu vício de heroína com a ajuda de Sugar Ray Robinson, Davis fez uma série de importantes gravações para o selo Prestige em 1954, mais tarde reunidas nos álbuns "Bag's groove", "Miles Davis and the modern jazz giants" e "Walkin'".

Nessa época, ele começa a usar a surdina para e abrandar o timbre de seu trompete.

Este trompete com surdina seria associado com Davis pelo resto de sua vida.

Em 1955, Davis dá vida a seu primeiro Miles Davis Quintet.

Este grupo apresentava John Coltrane (saxofone tenor), Red Garland (piano), Paul Chambers (contrabaixo) e Philly Joe Jones (bateria).

Evitando a complexidade rítmica e harmônica do então prevalecente bebop, Davis se permitiu a tocar essencialmente em linhas melódicas em que ele começaria a explorar o jazz modal.

Nessa época, Davis foi influenciado pelo pianista Ahmad Jamal, que contrastava seu som esparso com o atarefado som do bebop.

Miles Davis em 1955.
O quinteto nunca foi estável entretanto, com muitos dos integrantes usando heroína e o Miles Davis Quintet acabou em 1957.

Em 1958, o quinteto foi reformado em um sexteto, com a adição de Julian Adderley no saxofone alto.

No final da década de 50 e começo da década de 60, Davis gravou uma série de álbuns com Gil Evans, tocando trompete assim como flugelhorn.

O primeiro, "Miles ahead", de 1957, apresenta ele tocando com uma big band e um arranjo de cornetas por Evans.

As faixas do álbum incluem, "The duke" de Dave Brubeck, "The maids of Cadiz" de Léo Delibes, a qual seria sua primeira peça de música clássica europeia a gravar.

Em 1958, Davis e Evans gravaram "Porgy and bess", um arranjo das peças de George Gershwin.

Este álbum apresentava membros de seu grupo atual da época, incluindo Paul Chambers, Philly Joe Jones, e Julian Adderley.

Davis considerou este álbum como um dos seus favoritos.

Após gravar "Milestones", Garland (piano) e Jones (bateria) foram substituídos por Bill Evans e Jimmy Cobb.

A improvisação introspectiva de Evans, treinada na música clássica, influenciou o som do resto do grupo e os permitiu explorar mais profundamente a música do que nunca, promovendo o avanço do jazz modal.

Evans saiu no final de 1958, substituído por Wynton Kelly.

Em março e abril de 1959, Davis voltou mais uma vez com seu sexteto para gravar o que seria considerada sua magnum opus, "Kind of blue".

No mesmo ano, enquanto fazia uma pausa de um show do lado de fora de um famoso nightclub de Nova York, o "Birdland", Miles Davis foi atacado por policiais americanos e foi consequentemente preso.

Acreditando ter sido o ataque por motivos raciais, ele tentou levar o caso ao tribunal, mas acabou desistindo.

Miles Davis convenceu John Coltrane a tocar com o grupo em uma turnê pela Europa em 1960.

Coltrane, que tinha saído para formar seu clássico quarteto, voltou para gravar algumas faixas do álbum de 1961, "Someday my prince will come".

Em 1963, o grupo de Miles Davis com Kelly, Chambers e Cobb acaba.

Ele começa a formar um novo grupo, incluindo o saxofonista tenor George Coleman e o baixista Ron Carter.

Poucas semanas depois, o baterista Tony Williams e o pianista Herbie Hancock se juntaram ao grupo.

Coleman sai em 1964, e é substituído pelo saxofonista de avant-garde jazz Sam Rivers, por sugestão de Tony Williams.

Rivers ficaria no grupo por pouco tempo, gravando com o quinteto em um show no Japão.

Em seguida, Miles Davis convenceu Wayne Shorter a sair do "Jazz Messengers", grupo do baterista Art Blakey.

Shorter se tornou o principal compositor do quinteto de Miles Davis, algumas composições suas daquela época, como "Footprints" e "Nefertiti", se tornaram sucesso.

Enquanto estavam numa turnê pela Europa, o grupo fez sua primeira gravação oficial, o álbum "Miles in Berlin".

Voltando para os Estados Unidos naquele ano, Davis, a pedido de Jackie DeShannon, fez uma recomendação à Columbia para assinar com os The Byrds.

Na época do álbum "E.S.P", de 1965, a formação do grupo de Miles Davis consistia em Wayne Shorter no saxofone, Herbie Hancock no piano, Ron Carter no baixo e Tony Williams na bateria.

Sessões em Chicago no final de 1965 foram capturadas no álbum "The complete live at the plugged nickel".

Ao contrário dos álbuns de estúdio do grupo, a apresentação ao vivo mostrava o grupo ainda tocando standards e bebops.

Este foi seguido por uma série de gravações de estúdios: "Miles smiles" (1966), "Sorcerer" (1967), "Nefertiti" (1967), "Miles in the sky" (1968) e "Filles de Kilimanjaro" (1968).

Em 1967, o grupo começou a tocar seus concertos ao vivo em sets contínuos, com cada canção fluindo para outra e somente a melodia indicava alguma demarcação.

O grupo de Davis iria continuar a tocar desse modo até seu retiro em 1975.

"Miles in the sky" e "Filles de Kilimanjaro", no qual o baixo elétrico, piano elétrico e a guitarra foram introduzidas em algumas faixas, apontavam consequentemente para a fase fusion de Miles.

Davis também começou a experimentar ritmos como o rock nessas gravações.

Nas gravações da segunda metade de "Filles de Kilimanjaro", Dave Holland e Chick Corea substituíram Carter e Hancock no grupo, apesar de ambos ocasionalmente virem a contribuir em sessões futuras de gravações.

As influências de Miles Davis no final da década de 60 incluíam o acid rock e artistas funk como James Brown e Jimi Hendrix.

A transição musical requereu que Davis e seu grupo se adaptassem aos instrumentos elétricos, tanto em estúdio quanto performances ao vivo.

Em 1972, Davis foi introduzido à música de Karlheinz Stockhausen por um jovem arranjador e violoncelista, e mais tarde ganhador de um Grammy, Paul Buckmaster, o levando a um período novo de exploração criativa.

Vários álbuns ao vivo foram gravados durante o começo da década de 70, como "It's about time" (março de 1970), "Black beauty" (abril de 1970) e "At fillmore" (junho de 1970).

Na época de "Live-Evil", em dezembro de 1970, o conjunto de Davis se transformou em um grupo mais orientado ao funk.

Davis começou experimentando os efeitos do wah-wah em seu trompete.

"On the corner" (1972) juntou elementos do funk com estilos tradicionais do jazz que ele havia tocado em toda sua carreira.

Este álbum foi realçado pela aparição do saxofonista Carlos Garnett, provocando um feroz menosprezo dos críticos.

"Big fun" (1974) foi um álbum duplo contendo quatro longas jams gravadas entre 1969 e 1972.

Semelhante, "Get up with it", de 1975, coletou gravações dos cinco anos anteriores.

Este foi seu último álbum de estúdio da década de 1970.

Miles Davis no Rio de Janeiro em maio de 1974.

Em 1974 e 1975, a Columbia gravou três LP's duplos de shows ao vivos de Davis: "Dark magus", "Agharta" e "Pangaea".

Estes álbuns seriam os últimos que ele gravaria pelos próximos cinco anos.

Davis estava com osteoartrite (o que o levou a fazer uma operação na bacia em 1976, a primeira de muitas), anemia falciforme, bursite, depressão, úlceras e uma nova dependência em álcool e drogas (principalmente heroína).

Depois do Festival de Jazz de Newport no Avery Fisher Hall em Nova York em 1975, Miles Davis retirou-se quase que por completo do público por seis anos.

Durante este período de inatividade, Davis viu a música fusion, que ele tinha estado na vanguarda na década passada, entrando para a mainstream.

Quando ele saiu de seu retiro, os descendentes musicais de Miles Davis estariam no âmbito do rock new wave, e mais em particular no estilo de Prince.

Em 1979, Miles estava se relacionando com a atriz Cicely Tyson.

Com Tyson, Davis iria superar seu vício com as drogas e recuperar seu entusiasmo pela música.

Como ele tinha parado de tocar trompete há quase três anos, recuperar sua embocadura no instrumento provou ser particularmente árduo para ele.

Enquanto gravava "The man with the horn", Miles tocou seu trompete na maior parte com wah-wah, com um jovem e grande grupo.

Ele se casou com Tyson em 1981 e se divorciariam em 1988.

Na metade do ano de 1983, enquanto trabalhava nas faixas de "Decoy", um álbum misturando soul music e eletrônica que foi lançado em 1984, Miles trouxe como produtor, compositor e tecladista Robert Irving, quem tinha colaborado antes com Miles em "The man with the horn".

Miles tocou uma série de sessões na Europa para buscar um recebimento positivo de seus fãs.

Miles Davis na Alemanha em 1984.
"You're under arrest" foi o próximo álbum de Miles Davis, lançado em 1985, abrangendo uma outra breve mudança sua de estilo.

No álbum incluiu como uma de suas interpretações, a balada de Cyndi Lauper "Time after time" e "Human nature" de Michael Jackson.

Pouco tempo depois Davis assina com a Warner Brothers, voltando a gravar com Marcus Miller.

O resultado dessa gravação é o álbum "Tutu" (1986), que seria seu primeiro álbum a usar ferramentas modernas de estúdio - sintetizadores programados, samples e loops de baterias.

Ganhando análises positivas no seu lançamento, o álbum seria frequentemente descrito como a cópia moderna do clássico "Sketches of Spain", ganhando um Grammy em 1987.

Após "Tutu", Miles lança o álbum "Amandla", outro trabalho com Miller e com George Duke, além das trilhas sonoras para quatro filmes: "Street smart", "Siesta", "The hot spot" e "Dingo".

Suas últimas gravações, ambas lançadas postumamentes, foram o álbum "Doop-Bop", bastante influenciado pelo hip hop e "Miles & Quincy live at Montreux", um trabalho com Quincy Jones para o festival de Jazz de Montreux no qual Miles tocou seu repertório de gravações dos anos 60 pela primeira vez em décadas.

Miles Davis, premiado compositor e trompetista norte-americano, faleceu em 28 de setembro de 1991 de AVC, pneumonia e insuficiência respiratória, em Santa Mônica, Califórnia, aos 65 anos.

Ele foi enterrado no Woodlawn Cemetery, no Bronx, Nova York.

Em 13 de março de 2006, Davis foi postumamente incluído no Rock and Roll Hall of Fame.

Ele foi também incluído no St. Louis Walk of Fame, Big Band and Jazz Hall of Fame, e no Down Beat's Jazz Hall of Fame.