Relembramos o tri-campeonato europeu.
Do grande time do Bayern Munique.
Comandado pelo Kaiser, Franz Beckenbauer.
Aquela foi a última vez.
Que um clube sagrou-se tri-campeão europeu.
O Bayern Munique somente voltaria a vencer.
A Liga dos Campeões da Europa.
Vinte e cinco anos depois, em 2001.
Setenta e dois clubes.
Participaram da Liga dos Campeões 2001.
Na fase classificatória, uma surpresa.
A eliminação da Inter de Milão pelo Helsingborgs, da Suécia.
Porto, Estrela Vermelha e Feyenoord, ex-campeões da Liga.
Também deram adeus ainda na fase eliminatória.
Na primeira fase de grupos, duas surpresas.
Barcelona e Juventus são eliminados.
A segunda fase de grupos eliminou o Milan.
E definiu os oito clubes para as quartas-de-final.
O Real Madrid passou pelo Galatasaray com duas vitórias.
Também com duas vitórias.
O Bayern Munique passou pelo Manchester United.
Numa reedição da Final de 1999.
Mas com o vencedor invertido.
Um troco alemão.
O Leeds United despachou o Deportivo La Coruña.
E o Valencia eliminou o Arsenal.
Por ter feito um gol em Londres.
Nas semifinais, o Valencia goleou o Leeds por 3 a 0.
E os gigantes Bayern Munique e Real Madrid se chocaram.
O Bayern Munique passou com duas vitórias.
1 a 0 em Madri e 2 a 1 em Munique.
Veio a Final a ser disputada em Milão.
23 de maio de 2001.
Estádio San Siro.
O Bayern Munique chegava pela terceira vez a uma Final.
Após o tri-campeonato em 1976.
Fracassou em 1982, 1987 e 1999.
O Valencia disputava sua segunda Final consecutiva.
Havia perdido em 2000 para o Real Madrid por 3 a 0.
71.500 pessoas presentes.
O holandês Dick Jol apita o início de jogo.
Logo a um minuto Patrik Andersson põe a mão na bola.
Dentro da área.
Pênalti para o Valencia.
Mendieta bate e faz 1 a 0 para o time espanhol.
Um minuto depois Effenberg é derrubado na área.
Mas o Bayern desperdiça a cobrança com Scholl.
E a chance de empatar a partida.
O primeiro tempo termina com o Valencia na frente.
Na volta do intervalo, logo aos três minutos.
A zaga espanhola também põe a mão na bola dentro da área.
Mais precisamento Amedeo Carboni.
Outo pênalti.
Que dessa vez Effenberg bate e põe a bola nas redes.
1 a 1 é o placar após os 90 minutos regulamentares.
E após os 30 minutos de prorrogação.
A disputa vai para os pênaltis.
Haja pênalti.
Provavelmente a Final da Liga dos Campeões.
Em que mais se cobrou pênalti.
Paulo Sérgio perde a primeira cobrança.
Deixa o Bayern um pouco mais longe.
De erguer novamente o troféu de campeão europeu.
Vinte e cinco anos depois.
Para aumentar ainda mais a aflição.
Mendieta converte a primeira cobrança do Valencia.
Salihamidžić, Carew e Zickler põem a bola na rede.
Eis que Oliver Kahn defende o chute de Zahovic.
Está tudo igual nos pênaltis, 2 a 2.
Quando o Bayern tem a chance de passar à frente.
É a vez de Patrik Andersson perder a sua cobrança.
Andersson que já tinha posto a mão na bola.
Quando do primeiro gol do Valencia.
Seria crucificado?
Não.
O crucificado seria outro.
Amedeo Carboni também perde a sua cobrança.
Que também tinha posto a mão na bola dentro da área.
Gerando o pênalti que deu o gol de empate ao Bayern.
Não era o dia dos zagueiros.
Effenberg e Baraja convertem e fecham a série de cinco.
A disputa está empatada em 3 a 3.
A série alternada é aberta.
Lizarazu e Kily González convertem.
Thomas Linke faz a sétima cobrança para o Bayern.
E vence o goleio Cañizares.
Mauricio Pellegrino dará o chute decisivo.
Em seus pés está o destino.
Kahn adivinha o canto e defende o chute.
O Bayern Munique é campeão europeu.
Dezessete cobranças de pênaltis depois.
Vinte e cinco anos depois de Beckenbauer.
É o sueco Stefan Effenberg quem levanta a taça.
Há exatos 10 anos...
Stefan Effenberg ergue a Copa dos Campeões da Europa para o Bayern Munique 25 anos depois de Franz Beckenbauer. |
Ficha do jogo
23 de maio de 2001
Bayern Munique 1 x 1 Valencia
Decisão por pênaltis: Bayern Munique 5 x 4 Valencia
Estádio San Siro, Milão, Itália.
Árbitro: Dick Jol (Holanda).
Público: 71.500 pessoas.
Gols: Mendieta (Valencia), 2 do primeiro tempo; Effenberg (Bayern Munique), 5 do segundo tempo.
Bayern Munique: Kahn; Kuffour, Patrik Andersson e Linke; Sagnol (Jancker), Lizarazu, Hargreaves, Effenberg (c), Salihamidzic e Scholl (Paulo Sérgio); Élber (Zickler). Técnico: Ottmar Hitzfeld.
Valencia: Cañizares; Angloma, Ayala (Dukic), Pellegrino e Carboni; Baraja, Mendieta (c), Kily González e Aimar (Albelda); Carew e Sánchez (Zahovic). Técnico: Héctor Cúper.
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