Hampden Park, Glasgow, Escócia, 12 de maio de 1976.
Maier, Beckenbauer, Gerd Müller e Höness de um lado.
Rocheteau, Larqué, Bathenay e Janvion do outro.
Os alemães campeões do mundo de branco.
Os garotos promissores franceses de verde.
Era a Final da Copa dos Campeões de 1976.
O Bayern Munique era o então bi-campeão do torneio.
Vencera o Atlético de Madri em 1974.
E os ingleses do Leeds United em 1975.
Chegara à Final em 1976.
Massacrando o Jeunesse, de Luxemburgo, na primeira fase.
Passando pelo Malmö, da Suécia, na segunda fase.
Dinamitando o Benfica por 5 a 1 nas quartas-de-final.
E derrotando o sempre respeitado Real Madrid nas semifinais.
O Saint-Étienne, adversário da grande Final.
Também não teve vida fácil.
Tri-campeão francês.
Sensação gaulesa da época.
Passou pelo Kjobenhavns, da Dinamarca, na primeira fase.
De certa forma muito tranquila, com duas vitórias.
Na segunda fase, jogou no próprio Hampden Park.
E eliminou o Rangers vencendo-o no local por 2 a 1.
Nas quartas-de-final.
O Saint-Étienne encontrou os soviéticos do Dínamo Kiev.
E após perder a primeira partida por 2 a 0.
Venceu na prorrogação em casa com um gol de Rocheteau.
E classificou-se às semifinais para enfrentar o PSV.
No Geoffroy Guichard, vitória por 1 a 0.
E um empate por 0 a 0 na Holanda classificou os franceses.
Pela terceira vez para a Final de uma Copa dos Campeões.
O Stade Reims havia decidido o torneio duas vezes.
Nos anos 50, perdendo ambas para o Real Madrid.
O Bayern era o grande favorito.
Pesasse o fato do bi-campeonato europeu.
E da presença de um elenco de astros super-entrosados.
As equipes já haviam se enfrentado pelas semifinais em 1975.
O Bayern eliminara o Saint-Étienne no segundo jogo.
Vitória por 2 a 0 com gols de Beckenbauer e Dürnberger.
Que estavam presentes nesta Final do Hampden Park.
Com 55 mil pessoas presentes ao espetáculo.
O Saint-Étienne representa todo o amor dos franceses.
Pelo futebol, buscando uma afirmação de nível continental.
Mas ainda não foi daquela vez.
No segundo tempo, um gol de falta.
Um chute potente do alemão Franz Roth.
Dinamitou o sonho francês de um título continental.
Fim de jogo, 1 a 0.
Alguns jogadores franceses choram em campo.
O Bayern Munique é, com autoridade, tri-campeão europeu.
Venceria ainda o Cruzeiro na Taça Intercontinental.
Eram os últimos encantos daquele time maravilhoso.
O Bayern só voltaria a vencer uma Liga dos Campeões.
Em 2001, passando nos pênaltis pelo Valencia.
Vinte e cinco anos depois.
Após insucessos nas Finais de 1982, 1987 e 1999.
Os franceses só voltariam à Final em 1991.
Com o Olympique Marseille, derrotado nos pênaltis.
Pelo Estrela Vermelha, da antiga Iugoslávia.
Venceriam em 1993, com o próprio Olympique.
Quem ficou para a história foi o Bayern Munique.
E Beckenbauer ao erguer aquela taça.
Esta foi a última vez.
Que um clube venceu três vezes seguidas a Copa dos Campeões.
Há exatos 35 anos...
Franz Beckenbauer ergue pela terceira vez seguida a Copa dos Campeões da Europa. |
Ficha do jogo
12 de maio de 1976
Bayern Munique 1 x 0 Saint-Étienne
Hampden Park, Glasgow, Escócia.
Árbitro: Károly Palotai (Hungria).
Público: 54.864 pessoas.
Gol: Roth, 12 do segundo tempo.
Bayern Munique: Maier (Robl); Hansen, Horsmann e Schwarzenbeck; Beckenbauer (c), Roth, Dürnberger e Kapellmann; Rummenigge, Gerd Müller e Höness. Técnico: Dettmar Cramer.
Saint-Étienne: Curkovic (Castañeda); Janvion, Repellini, Piazza e Lopez; Bathenay, Patrick Revelli e Larqué (c); Santini, Hervé Revelli e Sarramagna (Rocheteau). Técnico: Robert Herbin.
O Bayern Munique tri-campeão europeu em 1976. |
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