Em uma final inédita, o Japão mostrou superação para vencer os Estados Unidos nos pênaltis depois de estar por duas vezes atrás no placar durante o empate por 2 a 2 no tempo regulamentar e na prorrogação.
As experientes jogadoras norte-americanas sentiram a pressão e erraram três cobranças, enquanto o Japão errou apenas uma.
Foi o primeiro título conquistado pelo Japão e os Estados Unidos perderam a chance de confirmar a hegemonia na modalidade.
Com a derrota, a seleção norte-americana está empatada com a Alemanha, com dois títulos mundiais cada.
Para desgosto dos marmanjos de plantão, a goleira musa norte-americana Hope Solo praticamente nem apareceu no primeiro tempo.
Os Estados Unidos dominaram completamente as ações ofensivas e restou ao Japão recuar e tentar se defender da melhor maneira possível.
O time americano teve doze finalizações e as asiáticas concluíram apenas cinco vezes ao gol.
No entanto, teve que contar com a sorte para não deixar o gramado com o resultado parcial negativo.
A primeira chance aconteceu aos 7 minutos, em cruzamento de Rapinoe.
Cheney se antecipou e desviou rente à trave direita.
Aos 11 minutos, foi a vez da própria Rapinoe assustar em um chute perigoso.
A seleção norte-americana continuou pressionando e a melhor chance da partida aconteceu aos 27 minutos.
Wambach disparou pela esquerda e soltou uma bomba da entrada da área, direto no travessão da goleira Kaihori.
Pelo lado japonês, pouca coisa aconteceu.
Apesar de bem marcada a jogadora que mais deu trabalho foi a atacante Ando, sempre caindo em velocidade pelo lado direito do campo.
No entanto, não foi o suficiente para assustar as rivais.
Na volta para o segundo tempo, os Estados Unidos não diminuíram o ritmo e já voltaram a assustar as japonesas logo aos 3 minutos.
Após receber cruzamento da direita, Morgan desviou com o bico da chuteira e a bola bateu na trave.
Na volta, a meio-campista japonesa Sawa afastou o perigo.
O Japão prosseguia se defendendo com muita raça, mas o volume de jogo das adversárias era muito maior.
Aos 19 minutos, em uma bela cabeçada da atacante Wambach, a goleira japonesa Kaihori fez excelente defesa.
Porém, de tanto insistir, os Estados Unidos chegaram ao gol aos 23 minutos.
Em lançamento longo de Rapinoe, Morgan ganhou na velocidade e bateu de esquerda para abrir o placar.
Embora tivesse o jogo controlado, uma falha individual foi o castigo dos Estados Unidos.
Aos 35 minutos, Rampone errou na saída de bola e Nagasato cruzou rasteiro da direita.
Maruyama dividiu com a zagueira e, no bate-rebate, a bola sobrou para Miyama empurrar para o fundo das redes e empatar, levando a partida para a prorrogação.
Melhor fisicamente, os Estados Unidos partiram para o ataque no tempo extra e assustaram logo no início com uma cabeçada de Wambach e com um chute de Morgan.
Aos 13 minutos, novamente Morgan apareceu em jogada individual na linha de fundo e cruzou na cabeça de Wambach, que fez o segundo para os Estados Unidos.
Na segunda etapa da prorrogação, o Japão passou a pressionar e os Estados Unidos conseguiram se segurar até os 11 minutos, quando, após cobrança de escanteio de Miyama na primeira trave, Sawa desviou de calcanhar e fez um lindo gol, deixando novamente tudo igual.
Nos pênaltis, o Japão usou o fator psicológico a seu favor, foi muito melhor e venceu por 3 a 1.
Miyama, Sakaguchi e Kumagai marcaram, enquanto Nagasato errou.
Para os Estados Unidos, somente Wambach anotou, enquanto Boxx, Lloyd e Heath desperdiçaram.
* Publicado no UOL às 18:25 hs.
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