terça-feira, 23 de agosto de 2011

RAMIRO BARCELOS

Ramiro Fortes de Barcelos nasceu em Cachoeira do Sul-RS, há exatos 160 anos, em 23 de agosto de 1851.

Político, escritor, jornalista e médico, era filho de Vicente Loreto de Barcellos e de Joaquina Idalina Pereira Fortes.

Ramiro Bacellos cursou o secundário na Escola Pública de Cachoeira do Sul, vindo a concluir o curso em Porto Alegre.

Cursou a Faculdade de Medicina no Rio de Janeiro.

Distinguiu-se como aluno na palavra e na escrita.

Escreveu e publicou artigos na Revista Médica.

Sua tese de doutoramento foi Alianças consanguíneas e sua influência sobre o físico, o moral e o intelectual do homem.

Concluída a faculdade, retornou a Cachoeira do Sul para casar-se com sua prima, Maria José Gomes.

Após o casamento, viajou para a Europa, passando pela Inglaterra, França e Alemanha, onde Ramiro fez curso de aperfeiçoamento.

Ao retornar ao Rio Grande do Sul, voltou à sua terra.

Seguiu para Porto Alegre, sendo convidado para trabalhar na Santa Casa de Misericórdia como chefe do serviço de cirurgia e, mais tarde, como seu provedor.

Ramiro Barcellos e Maria José Gomes tiveram três filhos: Emma, Júlia e Dora.

Em 1900, Maria José faleceu.

Passados três anos, Ramiro casou-se novamente.

Com sua segunda esposa, Lucilia Gomes, natural de Pelotas, teve mais dois filhos: Petrônio e Nora.

Além de médico, Ramiro Barcellos foi político e jornalista.

Exerceu os cargos públicos de Ministro Plenipotenciário no Uruguai durante a Revolução Federalista, Secretário da Fazenda, Procurador do Estado do Rio Grande do Sul, no Rio de Janeiro, e Superintendente das Obras da Barra de Rio Grande.

Exerceu os mandatos de Deputado Provincial nos períodos de 1877 a 1878, 1879 a 1880 e 1881 a 1882.

Elegeu-se Senador da República pelo Rio Grande do Sul de 1890 a 1899 e de 1900 a 1906.

Ramiro Barcellos foi contemporâneo, correligionário e amigo de Júlio de Castilhos, Borges de Medeiros e Pinheiro Machado.

Colaborou com o jornal A Federação, desde seu primeiro número, no qual escreveu Cartas a d. Izabel, com o pseudônimo de Amaro Juvenal, que continuou sendo utilizado em poemas satíricos.

No fim da vida rompeu com seu primo Borges de Medeiros, quando este, chefe absoluto da política no Rio Grande do Sul, apoiou a candidatura do Marechal Hermes da Fonseca a Senador da República e não a sua candidatura.

Ramiro considerou ato como uma traição ao partido que ambos pertenciam.

O que certamente mais literariamente notabilizou Ramiro Barcellos foi o Poemeto Campestre, hoje considerado uma jóia da literatura gaúcha, elaborado entre 1910 e 1915, em razão da briga política contra Borges de Medeiros, então Presidente do Estado, ali retratado como Antônio Chimango.

Antônio Chimango, hoje já com mais de vinte edições, teve sucesso extraordinário, e é considerada uma obra-prima pelo seu sarcasmo e genuíno cunho gauchesco.

Ramiro Barcellos faleceu aos 64 anos, em 28 de janeiro de 1916, em Porto Alegre.

Ramiro Barcelos

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