terça-feira, 9 de agosto de 2011

ZAGALLO

Mário Jorge Lobo Zagallo nasceu em Maceió, há exatos 80 anos, em 9 de agosto de 1931.

Ex-jogador e ex-técnico de futebol, Zagallo notabilizou-se pela sorte ao longo de sua carreira, uma vez que é a única personalidade a fazer parte da delegação de uma Seleção quatro vezes campeã do mundo.

Consagrou-se campeão mundial de futebol pela Seleção Brasileira como jogador em 1958 e 1962, como técnico em 1970 e como auxiliar técnico em 1994.

Participou ainda das Copas de 1974 e 1998 como técnico e da Copa de 2006 como assistente técnico.

Atuando como ponta esquerda, Zagallo começou sua carreira no América do Rio em 1948.

Em 1950 transferiu-se para o Flamengo.

Pelo clube rubro-negro, sagrou-se campeão do Torneio Início em 1951 e 1952 e tri-campeão carioca em 1953, 1954 e 1955.



O Flamengo tri-campeão carioca em 1953, 1954 e 1955.
Zagallo sempre o último agachado à direita.

Após disputar 217 partidas pelo clube, transfere-se para o Botafogo em 1958, mesmo ano de sua estreia na Seleção Brasileira, em maio, no Maracanã, numa vitória sobre o Paraguai por 5 a 1, em que Zagallo marcou dois gols.

Convocado para a disputa da Copa do Mundo de 1958, na Suécia, Zagallo foi titular em todos os jogos, marcando um gol na Final, o quarto do Brasil no jogo.

O Brasil campeão do mundo em 1958.
Em pé: Djalma Santos, Zito, Bellini, Nilton Santos, Orlando e Gilmar.
Agachados: Garrincha, Didi, Pelé, Vavá e Zagallo.

Atuando pelo Botafogo, Zagallo conquistaria o Torneio Início em 1961, 1962 e 1963, além do Campeonato Carioca em 1961 e 1962, da Taça Brasil em 1962 e do Torneio Rio-São Paulo em 1962 e 1964.


Botafogo bi-campeão carioca em 1961 e 1962.
Zagallo sempre o último agachado à direita.

Pela Seleção Brasileira, participou do Campeonato Sul-Americano de 1959, na Argentina, em que o Brasil sagrou-se vice-campeão.

Mais uma vez convocado para a disputa de uma Copa do Mundo, em 1962, no Chile, Zagallo foi novamente titular em todas as partidas, marcando o primeiro gol do Brasil na Copa, contra o México.

O Brasil bi-campeão do mundo em 1962.
Em pé: Djalma Santos, Zito, Gilmar, Zózimo, Nilton Santos e Mauro.
Agachados: Garrincha, Didi, Vavá, Amarildo e Zagallo.

Após participar de partidas pela Seleção Brasileira em 1963, despediu-se da camisa amarela no ano seguinte, num amistoso contra Portugal, no Maracanã, em que o Brasil venceu por 4 a 1, disputando ao todo trinta e seis partidas e marcando cinco gols pelo Brasil.

Em 1965, Zagallo encerra sua carreira profissional de jogador de futebol pelo Botafogo.

Já no ano seguinte, inicia sua carreira de treinador e preparador físico, no próprio Botafogo.

Campeão carioca em 1967 e 1968 e da Taça Brasil em 1968, Zagallo é chamado a treinar a Seleção Brasileira num amistoso contra o Chile em 1967 e em outro amistoso contra a Argentina, em 1968.

O Brasil vence os dois jogos (1 a 0 contra o Chile em Santiago e 4 a 1 contra a Argentina no Maracanã) e Zagallo é chamado às pressas para treinar a Seleção Brasileira a pouco mais de dois meses da estreia do Brasil na Copa do Mundo do México, em 1970.

Após vitórias em uma série de amistosos, o Brasil estreia no México contra a Tchecoslováquia, vencendo por 4 a 1.

Vence os seis jogos do torneio e sagra-se tri-campeão mundial de futebol, conquistando de forma definitiva a Taça Jules Rimet.


Zagallo, ao lado do capitão do tri, Carlos Alberto Torres,
com a Taça Jules Rimet.


Zagallo permanece treinando a Seleção Brasileira após a Copa do Mundo (conquista a Taça Independência em 1972), e, paralelamente, trabalha no Fluminense entre 1971 e 1972, e no Flamengo, entre 1972 e 1974, clube pelo qual sagra-se Campeão Carioca em 1972.

Zagallo encerra seu primeiro ciclo na Seleção Brasileira em 1974, após a disputa da Copa do Mundo na Alemanha Ocidental, em que o Brasil termina na quarta colocação.

Zagallo passando instruções à Seleção Brasileira
durante a Copa do Mundo de 1974.

Volta a trabalhar no Botafogo em 1975 e no ano seguinte parte para o Mundo Árabe, indo treinar a Seleção do Kuwait.

Retorna ao Brasil em 1978 para trabalhar no Botafogo, após fracassar na tentativa de classificar o pequeno país do Golfo Pérsico para a disputa da Copa do Mundo daquele ano, na Argentina (perdeu a vaga para o Irã).

Volta para o Mundo Árabe em 1979, para trabalhar no Al-Hilal, da Arábia Saudita.

Em 1980 é contratado pelo Vasco da Gama, onde fica até 1981, ano em que retorna à Arábia Saudita, para treinar a Seleção local.

Em 1984 volta ao Brasil para treinar o Flamengo.

Em 1986 retorna mais uma vez ao Botafogo e em 1988 passa a treinar o Bangu.

No ano seguinte, junta-se a Carlos Alberto Parreira na comissão técnica que levaria os Emirados Árabes pela primeira vez a uma Copa do Mundo, em 1990, na Itália.

No final de 1990 volta ao Brasil para treinar o Vasco da Gama.

No ano seguinte, Carlos Alberto Parreira é chamado a treinar a Seleção Brasileira visando a Copa do Mundo de 1994.

Atuando como auxiliar técnico, Zagallo faz parte da comissão técnica que parte aos Estados Unidos rumo a conquista do tetra-campeonato mundial.

Da esquerda para a direita, Américo Faria, Zagallo, Parreira,
Moraci Santanna e Lídio Toledo, durante a Copa do Mundo de 1994,
nos Estados Unidos.

Após a Copa do Mundo, assume novamente o cargo de técnico da Seleção Brasileira após vinte anos, conquistando a medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Atlanta, em 1996, e a Copa América e a Copa das Confederações, em 1997.

Seleção Brasileira Campeã da Copa América em 1997.
Zagallo, de paletó, ao lado do Presidente da CBF, Ricardo Teixeira.

Após chegar à Final da Copa do Mundo de 1998, Zagallo deixa o comando da Seleção Brasileira, após atuar como técnico do Brasil em 139 partidas, contando todas as suas passagens desde 1967 até 1998, tendo vencido cem jogos e perdido apenas dez.

É o técnico que mais atuou pela Seleção Brasileira.

Zagallo agradece a Ronaldo após o Brasil vencer a Holanda
pelas semifinais da Copa do Mundo de 1998.

Em 1999 passa a treinar a Portuguesa de Desportos, onde fica até o ano 2000.

Em 2001 é contratado pelo Flamengo, quando conquista o Campeonato Carioca e a Copa dos Campeões.

No ano seguinte volta à Seleção Brasileira como auxiliar técnico de Carlos Alberto Parreira, ocasião em que participa da conquista da Copa América em 2004 e a Copa das Confederações em 2005.

Participa pela última vez de uma Copa do Mundo em 2006, como auxiliar técnico, até a eliminação da Seleção Brasileira pela França, nas quartas-de-final.


Nenhum comentário: