Dezembro de 1975.
Campeonato Brasileiro próximo à decisão.
Grandes jogos abrilhantaram o certame daquele ano.
O Vasco buscava o bi-campeonato.
Caiu fora cedo.
Fora eliminado ainda na Segunda Fase.
No Rio de Janeiro quem fazia sucesso.
Era a dupla Fla-Flu.
O Fluminense começava a montar sua Máquina Tricolor.
Já contava com Rivellino, Paulo César e Gil.
Foi o primeiro time a chegar às Semifinais.
O Flamengo.
Alinhava Zico, Júnior, Rodrigues Neto e Cantarelli.
Time que encantava.
Mas acabou surpreendido.
Na rodada final da terceira fase.
Derrota para o Santa Cruz.
Em pleno Maracanã.
Aliado a uma vitória do Internacional sobre a Lusa.
Eliminaram o rubro-negro carioca.
Santa Cruz que era o Terror do Nordeste.
Givanildo, Fumanchu, Ramón, Lula Pereira e Levi.
Time que não era pra brincadeira.
Veio detonando um a um seus adversários.
Corinthians, Galo, Palmeiras, Grêmio e Flamengo.
Sofreram nas mãos do Mais Querido.
Que chegou às Semifinais em primeiro lugar no seu grupo.
De Minas surgia o Cruzeiro.
Outro grande time.
Vice-campeão da temporada anterior.
Manteve sua base.
Raul, Nelinho, Piazza, Zé Carlos, Roberto e Palhinha.
Zezé Moreira no banco.
Um empate com o América do Rio.
Foi o suficiente para classificar a Raposa.
Entre os quatro que decidiriam o Campeonato.
A última vaga veio dos pampas.
O Internacional de Rubens Minelli.
Jogava o fino da bola.
Manga, Figueroa, Falcão.
Carpeggiani, Valdomiro, Escurinho.
E o artilheiro Flávio Minuano.
Time de muito respeito.
Nas semifinais, apenas uma partida.
O clube de melhor campanha na terceira fase.
Tinha o privilégio de jogar ao lado de sua torcida.
Fluminense e Internacional jogaram no Maracanã.
A multidão viu dois gols colorados.
E a classificação do Inter à finalíssima.
Na mesma tarde em Recife.
Santa Cruz e Cruzeiro duelaram.
O Terror do Nordeste se classificava.
Até o último minuto de jogo.
Quando um gol de Palhinha aos 45 do 2o. tempo.
Levou o time estrelado à decisão.
14 de dezembro de 1975.
Internacional e Cruzeiro fazem a Final do Brasileirão.
Tarde de sol no Gigante da Beira-Rio.
Os times entram em campo.
Com seus uniformes tradicionais.
Alguns apontavam o Cruzeiro favorito.
Era um time mais experiente.
Marcado pelo fracasso na Finalíssima do ano anterior.
Mas o Inter jogaria ao lado do seu torcedor.
Que superlotou seu estádio naquela tarde.
Início de jogo.
O Inter é mais incisivo.
Mas no decorrer do 1o. tempo.
O Cruzeiro também chega com boas oportunidades.
Em que Manga é obrigado a intervir com suas defesas.
E até o intervalo da partida.
Ninguém consegue balançar as redes.
Vem o segundo tempo.
Nelinho tem uma grande chance para o Cruzeiro.
Aos 11 minutos.
Falta para o Internacional cobrar pela direita.
Valdomiro junto à bola.
O levantamento é feito na área.
Figueroa sobe de cabeça.
E manda a bola para o fundo do gol.
É gol do time vermelho!!
É gol do Internacional.
Festa da torcida na arquibancada.
Festa dos jogadores no gramado.
Mas o Cruzeiro não desistia.
Pressionava o tempo restante.
Nelinho em duas cobranças de falta.
Obrigou Manga a fazer belas defesas.
Deixando os colorados aflitos.
A defesa do Inter batia cabeça.
Batata e Eduardo perderam grandes chances azuis.
Morais perdeu uma bola dentro da pequena área.
Mas o Inter suportou o sufoco mineiro.
Já aos 49 do segundo tempo.
Dulcídio Wanderley Boschilia.
Trilou o apito final.
O Internacional de Porto Alegre.
É Campeão Brasileiro de 1975.
Festa no gramado.
Festa na arquibancada.
Aquele título estava nas melhores mãos...
Ficha do jogo
Internacional 1 x 0 Cruzeiro
Estádio Gigante da Beira-Rio, Porto Alegre.
Árbitro: Dulcídio Wanderley Boschilia.
Público: 82.568 pessoas.
Gol: Figueroa, 11 do 2o. tempo.
Cartão amarelo: Morais e Palhinha (Cruzeiro).
Internacional: Manga; Valdir, Figueroa, Hermínio e Chico Fraga; Caçapava, Falcão, Valdomiro (Jair) e Paulo César; Flávio e Lula. Técnico: Rubens Minelli.
Cruzeiro: Raul; Nelinho, Morais, Darci e Isidoro; Piazza, Zé Carlos, Roberto Batata (Eli) e Eduardo (Sousa); Palhinha e Joãozinho. Técnico: Zezé Moreira.
Há 35 anos...
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