terça-feira, 14 de dezembro de 2010

BRASILEIRÃO 1975

Dezembro de 1975.

Campeonato Brasileiro próximo à decisão.

Grandes jogos abrilhantaram o certame daquele ano.

O Vasco buscava o bi-campeonato.

Caiu fora cedo.

Fora eliminado ainda na Segunda Fase.

No Rio de Janeiro quem fazia sucesso.

Era a dupla Fla-Flu.

O Fluminense começava a montar sua Máquina Tricolor.

Já contava com Rivellino, Paulo César e Gil.

Foi o primeiro time a chegar às Semifinais.

O Flamengo.

Alinhava Zico, Júnior, Rodrigues Neto e Cantarelli.

Time que encantava.

Mas acabou surpreendido.

Na rodada final da terceira fase.

Derrota para o Santa Cruz.

Em pleno Maracanã.

Aliado a uma vitória do Internacional sobre a Lusa.

Eliminaram o rubro-negro carioca.

Santa Cruz que era o Terror do Nordeste.

Givanildo, Fumanchu, Ramón, Lula Pereira e Levi.

Time que não era pra brincadeira.

Veio detonando um a um seus adversários.

Corinthians, Galo, Palmeiras, Grêmio e Flamengo.

Sofreram nas mãos do Mais Querido.

Que chegou às Semifinais em primeiro lugar no seu grupo.

De Minas surgia o Cruzeiro.

Outro grande time.

Vice-campeão da temporada anterior.

Manteve sua base.

Raul, Nelinho, Piazza, Zé Carlos, Roberto e Palhinha.

Zezé Moreira no banco.

Um empate com o América do Rio.

Foi o suficiente para classificar a Raposa.

Entre os quatro que decidiriam o Campeonato.

A última vaga veio dos pampas.

O Internacional de Rubens Minelli.

Jogava o fino da bola.

Manga, Figueroa, Falcão.

Carpeggiani, Valdomiro, Escurinho.

E o artilheiro Flávio Minuano.

Time de muito respeito.

Nas semifinais, apenas uma partida.

O clube de melhor campanha na terceira fase.

Tinha o privilégio de jogar ao lado de sua torcida.

Fluminense e Internacional jogaram no Maracanã.

A multidão viu dois gols colorados.

E a classificação do Inter à finalíssima.

Na mesma tarde em Recife.

Santa Cruz e Cruzeiro duelaram.

O Terror do Nordeste se classificava.

Até o último minuto de jogo.

Quando um gol de Palhinha aos 45 do 2o. tempo.

Levou o time estrelado à decisão.

14 de dezembro de 1975.

Internacional e Cruzeiro fazem a Final do Brasileirão.

Tarde de sol no Gigante da Beira-Rio.

Os times entram em campo.

Com seus uniformes tradicionais.

Alguns apontavam o Cruzeiro favorito.

Era um time mais experiente.

Marcado pelo fracasso na Finalíssima do ano anterior.

Mas o Inter jogaria ao lado do seu torcedor.

Que superlotou seu estádio naquela tarde.

Início de jogo.

O Inter é mais incisivo.

Mas no decorrer do 1o. tempo.

O Cruzeiro também chega com boas oportunidades.

Em que Manga é obrigado a intervir com suas defesas.

E até o intervalo da partida.

Ninguém consegue balançar as redes.

Vem o segundo tempo.

Nelinho tem uma grande chance para o Cruzeiro.

Aos 11 minutos.

Falta para o Internacional cobrar pela direita.

Valdomiro junto à bola.

O levantamento é feito na área.

Figueroa sobe de cabeça.

E manda a bola para o fundo do gol.

É gol do time vermelho!!

É gol do Internacional.

Festa da torcida na arquibancada.

Festa dos jogadores no gramado.

Mas o Cruzeiro não desistia.

Pressionava o tempo restante.

Nelinho em duas cobranças de falta.

Obrigou Manga a fazer belas defesas.

Deixando os colorados aflitos.

A defesa do Inter batia cabeça.

Batata e Eduardo perderam grandes chances azuis.

Morais perdeu uma bola dentro da pequena área.

Mas o Inter suportou o sufoco mineiro.

Já aos 49 do segundo tempo.

Dulcídio Wanderley Boschilia.

Trilou o apito final.

O Internacional de Porto Alegre.

É Campeão Brasileiro de 1975.

Festa no gramado.

Festa na arquibancada.

Aquele título estava nas melhores mãos...

Ficha do jogo
Internacional 1 x 0 Cruzeiro
Estádio Gigante da Beira-Rio, Porto Alegre.

Árbitro: Dulcídio Wanderley Boschilia.
Público: 82.568 pessoas.

Gol: Figueroa, 11 do 2o. tempo.
Cartão amarelo: Morais e Palhinha (Cruzeiro).

Internacional: Manga; Valdir, Figueroa, Hermínio e Chico Fraga; Caçapava, Falcão, Valdomiro (Jair) e Paulo César; Flávio e Lula. Técnico: Rubens Minelli.

Cruzeiro: Raul; Nelinho, Morais, Darci e Isidoro; Piazza, Zé Carlos, Roberto Batata (Eli) e Eduardo (Sousa); Palhinha e Joãozinho. Técnico: Zezé Moreira.

Há 35 anos...

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