quinta-feira, 14 de abril de 2011

SIMONE DE BEAUVOIR

Simone Lucie-Ernestine-Marie Bertrand de Beauvoir, mais conhecida como Simone de Beauvoir nasceu em Paris, em 9 de janeiro de 1908.

Escritora, filósofa existencialista e feminista francesa, escreveu romances, monografias sobre filosofia, política, sociedade, ensaios, biografias e uma autobiografia.

Era a mais velha das únicas duas filhas de Georges Bertrand de Beauvoir, um advogado em tempo integral e ator amador, e Françoise Brasseur.

Desde pouca idade Beauvoir distinguiu-se nos estudos.

Dedicada completamente aos livros e à aprendizagem, Simone foi educada no Institut Adeline Désir, uma escola católica para meninas, algo que era desprezado pelos intelectuais da época.

As escolas católicas para meninas eram vistas como lugares onde as jovens aprendiam uma das duas alternativas abertas às mulheres: casamento ou um convento.

Aos 15, Beauvoir já havia decidido que seria uma escritora.

Depois de passar nos exames de bacharelado em matemática e filosofia, estudou matemática no Instituto Católico e literatura e línguas no Instituto Sainte-Marie.

Em seguida, estudou filosofia na Universidade de Paris (Sorbonne).

Lá, ela conheceu muitos outros jovens intelectuais, incluindo Maurice Merleau-Ponty, René Maheu e Jean-Paul Sartre.

Enquanto na Sorbonne, Maheu deu a Beauvoir o apelido que lhe acompanharia ao longo da vida, Castor, dado a ela por causa do forte trabalho ético do animal.

Em 1929 Beauvoir se tornou a pessoa mais jovem a obter o Agrégation na filosofia, e a nona mulher a obter este grau.

No exame final, ficou em segundo lugar; Sartre, 24 anos, foi o primeiro.

Logo uniu-se estreitamente ao filósofo e a seu círculo, criando entre eles uma relação polêmica e fecunda, que lhes permitiu compatibilizar suas liberdades individuais com sua vida em conjunto.

Na verdade, é difícil caracterizá-los como casal, porque viveram longas relações amorosas cada um com outras pessoas; Beauvoir, por exemplo, teve uma forte relação com o escritor norte-americano Nelson Algren logo após a guerra, e na década de 1950 manteve outra relação duradoura com Claude Lanzmann.

No verão, era comum Beauvoir e Lanzmann viajarem com Sartre e sua amante Michelle Vian, ex-esposa do escritor Boris Vian.

Foi professora de filosofia até 1943 em escolas de diferentes localidades francesas, como Rouen e Marseille.

As suas obras oferecem uma visão sumamente reveladora de sua vida e de seu tempo.

Em seu primeiro romance, "A convidada" (1943), explorou os dilemas existencialistas da liberdade, da ação e da responsabilidade individual, temas que abordou igualmente em romances posteriores como "O sangue dos outros" (1944) e "Os mandarins" (1954), obra pela qual recebeu o Prêmio Goncourt e que é considerada a sua obra-prima.

As teses existencialistas, segundo as quais cada pessoa é responsável por si própria, introduzem-se também em uma série de quatro obras autobiográficas, além de "Memórias de uma moça bem-comportada" (1958), destacam-se "A força das coisas" (1963) e "Tudo dito e feito" (1972).

Entre seus ensaios críticos cabe destacar "O Segundo Sexo" (1949), uma profunda análise sobre o papel das mulheres na sociedade; "A velhice" (1970), sobre o processo de envelhecimento, onde teceu críticas apaixonadas sobre a atitude da sociedade para com os anciãos; e "A cerimônia do adeus" (1981), onde evocou a figura de seu companheiro de tantos anos, Sartre.

Simone de Beauvoir faleceu há exatos 25 anos, em 14 de abril de 1986, aos 78 anos, em Paris.

Simone de Beauvoir

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