Joseph Roland Barbera, nasceu há exatos 100 anos, em 24 de março de 1911, em Nova Iorque.
De orígem italiana, ainda pequeno, foi trazido para uma área pobre do Brooklyn.
Um menino que nos dias chuvosos se deitava no chão e copiava desenhos e ilustrações das revistas.
Estudou na "Holy Innocents School", onde suas habilidades para o desenho foram rapidamente notadas.
Em breve foi designado para traçar cenas religiosas simples no quadro negro.
Depois de dois anos estudando na Escola Pública 139, no Brooklyn, Barbera passou mais quatro anos na Erasmus Hall High School, onde sua habilidade para escrever foi estimulada.
Por volta desta época começou a cultivar o interesse pelo desenho e pela arte dramática, aparecendo numa produção escolar de H.M.S. Pinafore, na Academia de Música do Brooklyn.
Seu gosto pelo teatro o conduziu a uma eterna devoção pelo palco.
O teatro se tornou então uma de sua paixões e nos anos seguintes escreveu várias peças.
Ao se graduar na Erasmus High School, se encontrou desempregado em meio a "Depressão Americana."
Aos 16 anos e meio, jovem e graduado, encontrou trabalho em um banco.
Emprego precário e nada compensatório, Barbera passava seus momentos mais felizes lendo livros tais como "Of Human Bondage" (Da Escravidão Humana) em um parque próximo.
Ainda assim era um trabalho, numa época difícil de arrumar emprego.
Dessa forma pôde continuar a alimentar o sonho que havia começado quando assistiu a um desenho da Disney chamado "The Skeleton Dance" (Dança do Esqueleto) no Rox Theater.
Com uma caneta feroz e uma imaginação ágil, podia desenhar figuras e personagens que talvez um dia ganhassem vida própria.
Trabalhava no banco durante o dia e passava a maior partes de suas noites desenhando cartoons para várias revistas.
Uma vez por semana, na hora do almoço, pegava o metrô e ia até a parte superior da cidade para deixar seus cartoons e também para recolher os rejeitados da semana anterior.
Em algumas noites ele frequentava a "The Art Student League" (Ligas dos Estudantes de Artes), em Manhattan, onde praticava desenho copiando figuras da vida real.
Um dia recebeu um cheque de US$ 25, por ter vendido alguns de seus cartoons para a Revista Collier’s.
Começou a fazer cursos na Pratt Institute e deixou o banco para trabalhar pintando e colorindo celulóide para os Studios Fleischer, dos irmãos Max Fleischer e David Fleischer, os quais deram origem Betty Boop e ao Popeye, O marinheiro.
Recebia pagamento de US$ 1 por cada piada utilizada na película do Popeye.
O marinheiro Popeye |
O ambicioso jovem de 19 anos, que queria ser um artista, achava que não teria nenhum futuro financeiro com os Fleischer e pos isso resolveu sair da empresa, numa época onde Wall Street inteiro estava atravessando sérios problemas econômicos e nem mesmo o seu antigo trabalho no banco estava disponível.
O destino intercedeu quando ele encontrou um amigo que o informou sobre um emprego no Van Beuren Studio, uma extensão do Studio Paul Terry.
Barbera se aplicou ao emprego e o conquistou.
Trabalhando dia após dia ao longo de 6 meses, aprendeu a ser um animador.
Em 1937 conhece William Hanna, com o qual começa a trabalhar no estúdio de animação da Metro-Goldwyn-Mayer em 1939.
O primeiro projeto de animação criado e desenvolvido pelos dois foi o desenho Puss Gets the Boot (1940), que iniciou a premiada e popularíssima série Tom e Jerry.
Tom e Jerry |
Em 1944 foi fundado o estúdio Hanna-Barbera.
Com a popularização da televisão, Hanna e Barbera passaram a desenvolver novos trabalhos e personagens para a essa mídia a partir de 1957.
Seu primeiro sucesso foi a série Jambo & Ruivão, seguido dos famosos Dom Pixote, Plic, Ploc & Chuvisco, Zé Colmeia, Pepe Legal, Bibo Pai e Bob Filho, Olho Vivo e Faro Fino e Loopy De Loop (Loopy Le Beau), este último feito para exibição no cinema.
A turma do Zé Colmeia |
Depois viriam as séries de horário nobre: Os Flinstones, Manda Chuva, Os Jetsons, Jonny Quest, dentre outros.
Os Flinstones |
No final da década de 60 surgiria outro mega-sucesso: Scooby-Doo.
A turma do Scooby Doo |
Em comparação com o trabalho cinematográfico anterior, a animação televisiva era bem precária, repetindo-se cenários de fundo e reaproveitando-se gestos e expressões dos personagens à exaustão.
Mas o sucesso era garantido com as divertidíssimas gags que recheavam os episódios e alegravam tanto adultos como crianças.
Joseph Barbera faleceu em 18 de dezembro de 2006, em Los Angeles, aos 95 anos, de causas naturais.
Joseph Barbera |
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