O quarto dia da Copa do Mundo 1986.
Marcou a estreia dos donos da casa.
O México voltava a um Mundial depois de oito anos.
Ausente em 1982, sua última participação havia sido em 1978.
Tradicional saco de pancadas em Copas do Mundo.
Os mexicanos somavam oito participações até então.
Tendo vencido apenas três de suas vinte e quatro partidas.
Disputadas até então.
Duas delas na Copa de 1970.
A única em que o México passou da primeira fase.
Quando também foram os donos da festa.
E igualmente enfrentaram a Bélgica na primeira fase.
Ocaisão em que venceram por 1 a 0.
E classificaram-se para as quartas-de-final.
A Bélgica participava pela sétima vez.
A única vez que tinha passado da primeira fase.
Havia sido na disputa anterior, na Espanha.
Em que caiu na segunda fase frente a Polônia.
Igualmente aos mexicanos.
Os belgas também somavam três vitórias em Copas do Mundo.
Duas delas na edição anterior, em 1982.
O time ainda era forte, vice-campeão europeu em 1980.
Era um time muito respeitado naquele tempo.
Eliminara a Holanda nas Eliminatórias.
Como de praxe, jogos no calor mexicano.
Ao meio-dia, o argentino Carlos Esposito começa o jogo.
110.000 pessoas no Estádio Azteca acompanham a partida.
O México com seu uniforme tradicional, verde.
A Bélgica jogava de branco.
A primeira chance é mexicana.
Tomas Boy, em cobrança de falta.
Bem encaixada pelo goleiro Pfaff.
Em bobeira da defesa belga.
Hugo Sánchez perde grande chance na pequena área.
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| Hugo Sánchez em disputa de bola com o belga Groos. |
Só dá México.
Em cobrança de falta, levantamento dentro da área.
Certeiro, que encontra Quirarte em ótima condição de cabecear.
Para abrir o placar a favor do povo mexicano.
Vibração no Estádio Azteca.
Cabeçada forte no fundo do gol de Pfaff.
1 a 0 no placar.
O México permanece melhor na partida.
Aos 38 minutos Luis Flores perde grande chance.
A bola vai para escanteio.
Na cobrança, violenta, Hugo Sánchez põe a cabeça na bola.
Depois de um cabeceio para trás, no primeiro pau.
É mais um gol mexicano!
Para desespero dos belgas, perdidos na defesa.
Sánchez marca e corre para comemorar.
Comemoração marcante em cambalhota.
Dois gols de vantagem para os donos da casa.
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| Sánchez comemora o segundo gol mexicano na estreia da Copa de 1986. |
Mas no fim do primeiro tempo, o vacilo é da defesa mexicana.
Após uma cobrança de lateral.
Larios sai mal do gol e não consegue desviar a bola para longe.
Ao contrário, a bola cai na cabeça de Vandembergh.
Que desvia para o fundo do gol.
Gol da Bélgica.
Três gols de cabeça no jogo.
E chega em seguida o intervalo.
No segundo tempo, o México é mais time.
Tem a tranquilidade de estar à frente do placar.
Perde chances de ampliar.
Nato do futebol mexicano.
Com técnica, mas de pouco resultado.
O jogo termina com o mesmo placar do primeiro tempo.
Muita vibração nas arquibancadas.
O México dava um passo importante rumo à classificação.
Após estreia com vitória.
Paraguai e Iraque eram os outros adversários do grupo.
Vitória contra o Iraque era dada como certa.
E o México iria encarar o Paraguai de igual para igual.
Com a vantagem da sua torcida a lhe empurrar.
Mexicanos e belgas.
Ainda se enfrentariam mais uma vez em Copas do Mundo.
Doze anos depois, em 1998, na França, pela primeira fase.
Um empate em 2 a 2, em Bordeaux.
Pela Bélgica, Van Der Elst e Scifo jogariam as duas partidas.
Mas a primeira dessas duas partidas.
Marcou a vitória mexicana em sua estreia na Copa de 1986.
Ocorreu há exatos 25 anos!...
Ficha do jogo
3 de junho de 1986
México 2 x 1 Bélgica
Estádio Azteca, Cidade do México, México.
Árbitro: Carlos Esposito (Argentina).
Público: cerca de 110.000 pessoas.
Gols: Quirarte (México), 23 do primeiro tempo; Hugo Sánchez (México), 39 do primeiro tempo; Vandembergh (Bélgica), 45 do primeiro tempo.
México: Larios; Trejo, Felix Cruz, Quirarte e Servin; Aguirre, Negrete, Muñoz e Boy (c) (España); Flores (Francisco Cruz) e Hugo Sánchez. Técnico: Bora Milutinovic.
Bélgica: Pfaff; Gerets, Broos, Van Der Elst e De Wolf; Vercauteren, Van Der Eycken, Scifo e Ceulemans (c); Vandembergh (Demol) e Desmet (Claesen). Técnico: Guy Thys.
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