quarta-feira, 8 de junho de 2011

COPA DO MUNDO 1986, 25 ANOS PARTE 09: SURGE A DINAMÁQUINA!


A maior revelação da Copa do Mundo de 1986.

Lembrada até hoje por todos que a assistiram.

Foi a participação da Seleção da Dinamarca.

Era a primeira participação do país nórdico num Mundial.

Participando de eliminatórias desde 1958.

Nunca esteve perto da classificação.

Em 1984 chegou às semifinais da Eurocopa.

Quando perdeu a vaga na Final para a Espanha nos pênaltis.

Nas eliminatórias para a Copa do México.

Caiu no Grupo 6 da Europa.

Com União Soviética, Suíça, Irlanda e Noruega.

Classificou-se pela primeira vez para uma Copa do Mundo.

De forma relativamente fácil, em primeiro lugar no grupo.

Vencendo três jogos e empatando um em casa.

E goleando Noruega e Irlanda fora de casa.

Não se acreditava muito na Dinamarca numa Copa do Mundo.

Mas o que se viu foi uma "máquina".

A estreia foi discreta, 1 a 0 sobre a Escócia.

Mas o segundo jogo marcou.

Pelo surgimento de uma seleção.

Que ficou conhecida por todos na Copa como a "Dinamáquina".

8 de junho de 1986.

Pelo Grupo E da Copa do Mundo de 1986.

Dinamarca e Uruguai vão jogar em Nezahualcoyotl.

O árbitro é local.

O mexicano Antonio Marquez Ramirez.

E o que se viu foi um massacre da Dinamarca.

Sobre os históricos bi-campeões do mundo.

Uma aula de futebol.

No primeiro ataque, pela direita, um chute de Arnesen.

Pouco depois, aos onze minutos.

Toda a trama de uma jogada pelo meio.

Culmina com um passe para Elkjär-Larsen dentro da área.

O dinamarquês tem tempo de ajeitar para o chute.

E fuzila com vontade a meta do goleiro Alvez.

É o primeiro gol do jogo!

Vibração vermelho e branca nas arquibancadas.

Elkjär-Larsen, Michael Laudrup e Andersen
comemoram primeiro gol da Dinamarca contra o Uruguai em 1986.

Após o gol, algum equilíbrio.

O Uruguai é um time de respeito.

Mas a Dinamarca é muito melhor em campo.

Arnesen sofre falta violenta no meio.

Ainda aos 19 minutos.

O uruguaio Miguel Bossio é expulso corretamente de campo.

Em um dos poucos lances de ataque uruguaios.

Francescoli arrisca um chute desviado pelo goleiro Rasmussen.

Elkjär-Larsen põe a bola para dentro.

Num desvio após cruzamento pela direita.

Mas o lance é invalidado após marcação de impedimento.

A pressão dinamarquesa continua.

Novamente Elkjär-Larsen chega na frente do gol.

Mas perde excelente chance chutando para fora.

Falta tranquilidade e pontaria ao time vermelho.

Mas a Dinamarca chega ao segundo gol aos 41 minutos.

Após jogada de Elkjär-Larsen pela direita.

O cruzamento para a área encontrou Soren Lerby.

Livre entre os zagueiros uruguaios.

Tranquilo para marcar o segundo gol da Dinamarca no jogo.

Com muito estilo, um golaço por sinal.

Já no apagar das luzes antes do intervalo.

O time uruguaio trama jogada pela esquerda.

E Enzo Francescoli é claramente empurrado dentro da área.

Pênalti marcado pelo árbitro mexicano.

Que o próprio Francescoli cobra.

E diminui a desvantagem de seu time.

Na volta para o segundo tempo.

Quem assusta primeiro é o Uruguai.

Que quase chega ao empate.

Numa saída desastrada de Rasmussen do gol.

Que Diogo desperdiçou ao tentar marcar de bicicleta.

Pouco depois.

A Dinamarca chega então ao terceiro gol.

Após jogada individual de Michael Laudrup pelo meio.

Livrando-se de toda a zaga uruguaia.

E deixando o goleiro Alvez no chão.

A bola vai para as redes num dos gols mais bonitos da Copa.

3 a 1 no placar.

Para delírio dos jogadores dinamarqueses.

E incredulidade de toda Seleção Uruguaia.

Que assusta apenas em duas cobranças de falta de Batista.

Numa delas a bola pega na trave.

Na outra, um foguete que passa à esquerda de Rasmussen.

O que se vê em seguida é um show de bola da Dinamarca.

Que chega ao quarto gol deixando tonta toda a zaga uruguaia.

São toques e mais toques à frente do nariz dos defensores.

Como várias engrenagens de uma máquina.

Que culminam com outro gol marcado por Elkjär-Larsen.

4 a 1 no placar.

E os uruguaios apenas têm forças para andar em campo.

A Dinamarca quer jogo.

Michael Laudrup desce pela esquerda.

E bota a bola na cabeça de Arnesen, que desperdiça.

O Uruguai tenta, mas não consegue chegar.

Num lindo contra-ataque, velocidade da Dinamarca.

Novamente Elkjär-Larsen.

Que leva a bola desde o meio de campo.

Rapidamente, ganha o campo adversário.

Dribla o goleiro Alvez e põe a bola no fundo das redes.

Outro belíssimo gol naquela tarde no Estádio Neza.

5 a 1 e o terceiro gol de Elkjär-Larsen no jogo.

Elkjär avança conduzindo a bola
perseguido pela defesa uruguaia.

Foi muito duro para os uruguaios.

Que ainda tomaram mais um gol no jogo.

Após mais uma jogada de velocidade pela direita.

Bola lançada para o meio, que encontra Jesper Olsen livre.

Tranquilo, para marcar com um chute certeiro de esquerda.

O sexto gol de seu país naquele dia.

Estava apresentada a todo o público a "Dinamáquina".

Foi a maior goleada sofrida pelo Uruguai na história das Copas.

Sem ação, surpresos com o que viram pela frente.

Uma lição de futebol demonstrada a todo o mundo.

Há exatos 25 anos!...



Ficha do jogo
8 de junho de 1986
Dinamarca 6 x 1 Uruguai

Estádio Neza, Nezahualcoyotl, México.
Árbitro: Antonio Marquez Ramirez (México).
Público: cerca de 26.500 pessoas.

Gols: Elkjär-Larsen (Dinamarca), 11 do primeiro tempo, Lerby (Dinamarca), 41 do primeiro tempo, Francescoli (Uruguai), 45 do primeiro tempo, Michael Laudrup (Dinamarca), 7 do segundo tempo, Elkjär-Larsen (Dinamarca), 22 do segundo tempo, Elkjär-Larsen (Dinamarca), 35 do segundo tempo e Jesper Olsen (Dinamarca), 43 do segundo tempo.

Dinamarca: Rasmussen; Busk, Morten Olsen, Ivan Nielsen, Lerby (c) e Andersen; Berggren, Bertelsen (Mølby) e Arnesen; Michael Laudrup (Jesper Olsen) e Elkjär-Larsen. Técnico: Sepp Piontek.

Uruguai: Alvez; Diogo, Acevedo (c), Gutierrez e Batista; Bossio, Saralegui, Santin (Salazar) e Francescoli; Alzamendi (Ramos) e Da Silva. Técnico: Omar Borras.



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