quinta-feira, 9 de junho de 2011

COPA DO MUNDO 1986, 25 ANOS PARTE 10: A DESPEDIDA HÚNGARA


A Hungria é um dos países de maior tradição.

Na história das Copas do Mundo.

Participando pela primeira vez em 1934.

Chegou às quartas-de-final.

Eliminada pelo "Wunderteam" austríaco.

Em 1938 foi até a Final.

Vice-campeã, foi derrotada pela Itália por 4 a 2.

Em 1954, um time de mágicos.

Kocsis, Puskás, Czibor, Hidegkuti, Bózsik e Tóth.

Traulitaram todos até a Final.

Quando foram traulitados pelos alemães.

Em 1958, pela primeira vez não passaram pela primeira fase.

Eliminados pela retranca do País de Gales.

Que cairia na fase seguinte frente o Brasil.

Em 1962 e 1966 foram até as quartas-de-final.

Em 1962 eliminaram a Argentina.

E caíram frente à Tchecoslováquia, que iria até a Final.

Em 1966 eliminaram nada menos que o Brasil.

Os então bi-campeões do mundo.

Pararam no time de Albert, Farkas e Bene.

A Hungria parou nas quartas-de-final, frente à URSS.

Após fracassos nas eliminatórias em 1970 e 1974.

Os húngaros voltaram às Copas em 1978 e 1982.

Quando pararam na primeira fase.

Apesar de uma memorável participação em 1982.

Quando aplicaram a maior goleada da história das Copas.

10 a 1 sobre El Salvador.

Em 1986, a Hungria participava portanto de seu nono Mundial.

Buscava retorno a seus tempos de glória.

Vividos no auge durante os anos 50 até meados dos anos 60.

A estreia havia sido um fracasso.

Na maior goleada da Copa de 1986.

Também a maior goleada sofrida pela Seleção Húngara em Copas.

Impiedosamente massacrada pela União Soviética em Irapuato.

6 a 0, numa das maiores vergonhas do futebol húngaro.

No segundo jogo, uma vitória.

Seria a última num Mundial, contra a fraca Seleção do Canadá.

2 a 0, com gols de Esterházy e Détari.

Havia então uma chance de classificação.

Um empate no último jogo talvez fosse suficiente.

Mas garantia mesmo de permancer no torneio só com vitória.

O adversário era a forte Seleção da França.

Campeã Europeia em 1984.

O time de Platini, Tigana, Papin, Amoros e Stopyra era forte.

E candidato a levantar a Copa do Mundo pela primeira vez.

9 de junho de 1986.

Estádio Nou Camp, em León.

O jogo começa morno.

Com os dois times em busca do gol.

Platini não está numa tarde inspirada.

Erra passes.

Perde a primeira chance do jogo, numa tentativa de bicicleta.

Platini, em disputa de bola com o húngaro Dajka.

A Hungria tenta chegar, mas não é forte.

Contudo, cria algumas chances.

Détari têm chance em cobrança de falta.

Gáraba cabeceia forte à esquerda do gol de Bats.

A França abre o placar aos 29 do primeiro tempo.

Após cruzamento de Ayache pela direita.

Certeiro na cabeça de Stopyra.

Que confere e tira o primeiro zero do marcador do estádio.

A França passa a dominar a partida.

Fernandez tenta por cobertura mas perde a chance.

O calor é forte.

Os times dão a impressão de estarem cansados.

No segundo tempo, a França perde chance com Stopyra.

Cara a cara com Disztl, manda para fora.

A Hungria assustou em outro lance.

Após jogada pela direita, Esterházy fura dentro da área.

E aos 17 minutos os franceses chegam ao segundo gol.

Tigana não perdoa e coloca a bola no fundo da rede.

A Hungria é desorganizada.

A França joga fácil.

Numa jogada pelo meio, Stopyra perde mais uma chance.

Rocheteau conduz a bola observado pelo húngaro Róth.

O terceiro gol foi questão de tempo.

Platini deu um passe pela esquerda.

Mirando Rocheteau, dentro da área.

Que só teve o trabalho de escorar para o fundo das redes.

A França estava classificada para as oitavas-de-final.

A Hungria se despedia da Copa.

Foi a última participação húngara.

Foi a última vez que a Hungria jogou numa Copa do Mundo.

A despedida foi amarga, com uma goleada.

Não se esperava que fosse para sempre.

De 1990 em diante, a Hungria passou longe da classificação.

Para voltar a jogar um Mundial.

Em 1990, com apenas duas vitórias em oito jogos.

Perde a vaga para Espanha e Irlanda.

Em 1994, ficou apenas em quarto lugar em seu grupo.

Em 1998 foi eliminada.

Após sofrer duas vergonhosas goleadas para a Iugoslávia.

Em 2002, novamente apenas duas vitórias em oito jogos.

Em 2006 perdeu a vaga para Croácia e Suécia.

E em 2010 para Dinamarca e Portugal.

A última vez que se viu a Hungria numa Copa do Mundo.

Foi há exatos 25 anos...



Ficha do jogo
9 de junho de 1986
França 3 x 0 Hungria

Estádio Nou Camp, León, México.
Árbitro: Carlos Alberto Silva Valente (Portugal).
Público: 31.420 pessoas.

Gols: Stopyra (França), 29 do primeiro tempo; Tigana (França), 17 do segundo tempo; Rocheteau (França), 39 do segundo tempo.

França: Bats; Amoros, Battiston, Bossis e Ayache; Fernandez, Tigana, Platini (c) e Giresse; Papin (Rocheteau) e Stopyra (Ferreri). Técnico: Henri Michel.

Hungria: Peter Disztl; Sallai, Garaba (c), Varga e Kardos; Róth, Détári, Hannich (Nagy) e Dajka; Kovacs (Bognár) e Esterházy. Técnico: Gyorgy Mezey.


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