O quinto jogo das oitavas-de-final da Copa do Mundo de 1986.
Reuniu a então campeã do mundo.
E a então campeã europeia.
Um duelo de campeões azuis.
Talvez o jogo mais esperado da fase.
A Itália havia se classificado em segundo lugar no Grupo A.
Após empates contra Bulgária e Argentina.
Venceu a Coreia do Sul na última rodada da primeira fase.
E garantiu a sua vaga nas oitavas-de-final.
A França teve um caminho um pouco mais tranquilo.
Apesar de também ter se classificado em segundo lugar.
Venceu o Canadá na estreia por 1 a 0.
Empatou com a forte União Soviética por 1 a 1.
E goleara a Hungria na última rodada do Grupo C por 3 a 0.
Platini não estava nos seus melhores dias.
Ainda não tinha mostrado a que veio naquela Copa.
Até este jogo.
Numa Copa em que a Itália decepcionava.
Com seus velhinhos, não era mais o time de 1982.
Porém nunca se pode desprezar a Azzurra numa Copa.
O resultado do duelo era incerto.
17 de junho de 1986.
Estádio Olímpico de 1968, na Cidade do México.
As duas Seleções entram em campo.
O árbitro argentino Carlos Esposito dá início ao jogo.
A Itália de azul, a França de branco.
E é a Azzurra quem começa assustando.
Cabrini numa cobrança de falta para a defesa segura de Bats.
Mas foi a França quem abriu o placar dois minutos depois.
Numa jogada tramada desde a defesa.
Battiston toca para Fernandez.
Que conduz a bola e encontra Rocheteau.
Que por sua vez passa rapidamente à Platini na entrada da área.
Que num lance de oportunismo chegou cara a cara com Galli.
Para sutilmente deslocar o goleiro italiano.
E com categoria de sobra empurrar a bola para dentro do gol.
Um belo gol de Platini, o primeiro dele na Copa.
É gol dos gauleses!
Gol da França, que está à frente, 1 a 0.
Platini corre para comemorar o primeiro gol francês contra a Itália na Copa do Mundo de 1986. |
A Itália tenta responder.
Com autoridade de campeã.
Após uma cobrança de escanteio de Bagni.
Altobelli e Galderisi desperdiçam chances dentro da área.
A França responde com uma jogada pela esquerda de Amoros.
Que cruza para Platini.
Mas o astro francês não consegue aproveitar de cabeça.
Rocheteau e Bergomi em disputa de bola em 1986. |
Noutra investida francesa.
Fernandez chuta perigosamente à direita de Galli.
A França passou a dominar o jogo.
Galli intervém de forma decisiva.
Após cobrança de falta caprichada de Platini.
Aos trinta minutos.
Fernandez chuta um balaço do meio de campo.
Na trave.
O primeiro tempo termina com amplo domínio francês.
E o segundo tempo começa com a França no ataque.
Platini, em jogada individual, invade a área.
Deixa o zagueiro italiano no chão mas chuta para fora.
Aos doze minutos, o segundo gol.
Em nova jogada tramada desde a defesa.
Platini tabela com Fernandez.
Que lança Rocheteau que conduz a bola rumo à área italiana.
Em jogada com Tigana, este corre rapidamente com a bola.
Invade a área e devolve para Rocheteau.
Que domina e toca para Stopyra na direita.
Que, fácil, manda para as redes.
Outro gol de categoria.
2 a 0 no placar.
Stopyra corre para comemorar o segundo gol francês nas oitavas-de-final da Copa de 1986 contra a Itália. |
A Itália tenta reagir.
Di Gennaro já havia substituído Giuseppe Baresi.
E Vialli entra no lugar de Galderisi logo após o segundo gol.
Após uma jogada pela direita, Conti tenta o chute.
Mas Bats cata firme.
As investidas italianas não alcançam o objetivo.
A França muda o time.
Fernandez dá lugar a Tusseau.
A cinco minutos do fim Platini deixa o campo.
Ferreri o substitui.
E perde uma chance de marcar o terceiro aos 43.
O jogo chega ao fim.
A Itália tri-campeã do mundo deixa a Copa.
A França de Platini, campeã europeia.
Segue em frente.
Irá encarar o Brasil nas quartas-de-final.
Platini x Zico.
Bats x Carlos.
É o duelo futuro dali a quatro dias.
Porque o adeus da Itália à Copa de 1986.
Foi há exatos 25 anos...
Ficha do jogo
17 de junho de 1986
França 2 x 0 Itália
Estádio Olímpico Universitáio, Cidade do México, México.
Árbitro: Carlos Esposito (Argentina).
Público: cerca de 70.000 pessoas.
Gols: Platini (França), 15 do primeiro tempo; Stopyra (França), 12 do segundo tempo.
França: Bats; Ayache, Battiston, Bossis e Amoros; Giresse, Tigana, Fernandez (Tusseau) e Platini (c) (Ferreri); Rocheteau e Stopyra. Técnico: Henri Michel.
Itália: Galli; Bergomi, Vierchwood, Scirea (c) e Cabrini; Giuseppe Baresi (Di Gennaro), De Napoli e Bagni; Conti, Altobelli e Galderisi (Vialli). Técnico: Enzo Bearzot.
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