segunda-feira, 6 de junho de 2011

COPA DO MUNDO 1986, 25 ANOS PARTE 07: O DIA EM QUE O BRASIL VENCEU UM ZIDANE


Zidane.

Um nome que causa arrepios ao futebol do Brasil.

Responsável pela derrota da Seleção na Final da Copa de 1998.

E pela eliminação nas quartas-de-final da Copa de 2006.

O carequinha francês, filho de argelinos.

É, talvez, concorrendo com Paolo Rossi.

O maior carrasco do futebol brasileiro.

Mas o Brasil já venceu um Zidane.

Não o Zizou, o francês.

Mas o argelino, o Djamel.

Conto esta história.

6 de junho de 1986.

Brasil e Argélia entram em campo pela segunda rodada.

Do Grupo D da primeira fase da Copa de 1986.

Meio-dia, como de costume.

Estádio Jalisco, em Guadalajara.

Superior à Argélia, todos sabem.

Foi um jogo em que só deu Brasil.

Em busca da vitória.

Em busca do gol que não vinha.

O Brasil jogou mal.

Perdeu inúmeras oportunidades.

Era um Brasil sem gol.

Sem pontaria.

Um Brasil de desconfianças.

Mas que, apesar de tudo, animava.

O jogo foi difícil.

A primeira oportunidade foi numa cobrança de falta de Júnior.

No rebote, Casagrande furou e Careca chutou para fora.

Drama.

Logo aos 10 minutos, o lateral Edson é substituído por contusão.

Estava fora da Copa.

Falcão entra.

E perde outra chance.

Em outro lance, Careca chuta por cima.

Mais um lance, Careca cabeceia e Drid defende.

Careca em disputa de bola com o argelino Megharia.

Outro lance, Casagrande cabeceia.

Sócrates marca no rebote mas o árbitro marca falta brasileira.

Gol anulado.

Júlio César manda bomba no travessão.

Tudo isso só no primeiro tempo.

No início do segundo tempo, a Argélia assustou.

Num lance, Edinho tirou em cima da linha.

Em outro lance, Carlos fez grande defesa.

Madjer e Alemão disputam bola em duelo entre Brasil e Argélia,
na Copa de 1986.

O Brasil acorda.

Branco chuta um bombaço na trave.

Müller substitui Casagrande.

Em jogada pela direita, sai o gol do Brasil.

Após o cruzamento.

Careca aproveita a lentidão da zaga argelina.

Bobeira completa.

Lamentação verde e branca.

Comemoração verde e amarela.

É gol do Brasil!

Careca num lance de oportunismo.

Põe a bola nas redes.

Põe o Brasil na frente.

1 a 0.

Careca comemora gol do Brasil contra a Argélia
 na Copa de 1986.

Que continua pressionando querendo mais gols.

Careca sofre pênalti, o juiz nada marca.

Careca chuta perto do gol no lance seguinte.

Pouco depois, Sócrates entra pela direita.

Bate forte, a bola passa pelo goleiro.

Mas um zagueiro tira em cima da linha.

Elzo também deu seu chute.

Em seguida, entra o Zidane.

Sim, havia me esquecido.

Djamel Zidane estava no banco de reservas.

Atacante, entrou aos 35 do segundo tempo.

No lugar do meia Belloumi.

Na tentativa de empatar o jogo.

Djamel, o Zidane que o Brasil venceu em 1986.

Mas quem atacou foi Careca, com mais uma tentativa.

O jogo terminou mesmo 1 a 0.

Zidane teve uma atuação muito discreta.

O Brasil estava classificado para as oitavas-de-final.

Havia cumprido seu papel na primeira fase.

Não havia jogado bem.

Muito longe de apresentar um futebol vistoso.

Mas este jogo, ao contrário de 1998 e 2006.

Marcou pelo Brasil vencer um Zidane.

Foi há exatos 25 anos...



Ficha do jogo
6 de junho de 1986
Brasil 1 x 1 Argélia

Estádio Jalisco, Guadalajara, México.
Árbitro: Romulo Mendez Molina (Guatemala).
Público: cerca de 48.000 pessoas.

Gol: Careca (Brasil), 21 do segundo tempo.

Brasil: Carlos; Edson (Falcão), Edinho (c), Julio Cesar e Branco; Júnior, Sócrates, Alemão e Elzo; Casagrande (Müller) e Careca. Técnico: Telê Santana.

Argélia: Drid; Medjadi, Megharia, Guendouz (c) e Mansouri; Kaci-Said, Ben Mabrouk, Madjer e Menad; Belloumi (Zidane) e Assad (Bensaoula). Técnico: Rabah Saadane.


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