A utilização do concreto armado nas construções brasileiras é bastante difundida pelos profissionais da engenharia civil desde a primeira metade do século XX. Trata-se de uma técnica construtiva simples, que dispensa o emprego de mão-de-obra altamente especializada, que utiliza materiais há muito tempo conhecidos na construção civil, além de possuir um custo de manutenção pequeno, quando cuidadosamente executado.
No Brasil, podemos enumerar alguns fatores que determinam a predominância do concreto armado como elemento portante das estruturas, apesar de o país ser um dos grandes produtores de aço do planeta.
Uma das causas bastante visíveis é a fácil adaptação às formas arquitetônicas idealizadas pelos projetistas. Como as etapas de transporte, lançamento e adensamento do concreto são realizadas no estado fluido, o que não é possível com o aço, é necessário apenas garantir que as peças que darão forma à nova construção estejam corretamente posicionadas, para que a estrutura, após endurecida, apresente o contorno desejado.
Os materiais utilizados para confecção do concreto também são amplamente encontrados em nosso país, e possuem a vantagem de requerer um controle tecnológico de menor porte que o aço.
Sua manutenção, em geral, também é mais simples e de custo mais baixo que o aço, dado que o concreto armado é um elemento menos suscetível aos agentes agressores naturais do que o aço, determinando sua grande utilização num país onde a cultura de manutenção das edificações não é valorizada pelos usuários.
Haja vista essas vantagens exclusivas do concreto armado quando comparado à utilização do aço como elemento estrutural, seremos testemunhas durante muito tempo ainda da predominância das construções em concreto quando comparadas ao número de construções em aço.
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