José Maria de Eça de Queiroz nasceu em Póvoa de Varzim, em Portugal, a 25 de novembro de 1845. Filho de José Maria Teixeira de Queiroz, nascido no Rio de Janeiro em 1820, e de Carolina Augusta Pereira d'Eça, nascida em Portugal.
Trata-se de um dos mais importantes escritores da língua portuguesa. Foi autor, entre outros romances de importância reconhecida, de "Os Maias" e "O crime do Padre Amaro"; este último é considerado por muitos o melhor romance realista português do século XIX.
Estudou no Colégio da Lapa, em Porto, de onde saiu em 1861, com dezesseis anos, para a Universidade de Coimbra onde estudou direito.
Em Coimbra, os seus primeiros trabalhos, publicados avulso na revista "Gazeta de Portugal", foram depois publicados postumamente com o título Prosas Bárbaras.
Em 1866, Eça de Queiroz terminou a Licenciatura em Direito na Universidade de Coimbra e passou a viver em Lisboa, exercendo a advocacia e o jornalismo. Foi diretor do periódico "O Distrito de Évora". Porém continuaria a colaborar esporadicamente em jornais e revistas ocasionalmente durante toda a vida. Mais tarde fundaria a "Revista de Portugal".
Em 1869 e 1870, Eça de Queiroz fez uma viagem de seis semanas ao Oriente em companhia de D. Luís de Castro, irmão da sua futura mulher, Emília de Castro, tendo assistido no Egito à inauguração do canal de Suez. Visitaram, igualmente, a Palestina. Aproveitou as notas de viagem para alguns dos seus trabalhos, o mais notável dos quais "O mistério da estrada de Sintra", em 1870, e "A relíquia", publicado em 1887.
Em 1870 ingressou na Administração Pública, sendo nomeado administrador do Conselho de Leiria. Foi enquanto permaneceu nesta cidade, que Eça de Queirós escreveu a sua primeira novela realista, "O Crime do Padre Amaro", publicada em 1875.
Tendo ingressado na carreira diplomática, em 1873 foi nomeado cônsul de Portugal em Havana. Os anos mais produtivos de sua carreira literária foram passados na Inglaterra, entre 1874 e 1878, durante os quais exerceu o cargo em Newcastle e Bristol. Escreveu então alguns dos seus trabalhos mais importantes, como "A Capital". Manteve a sua atividade jornalística, publicando esporadicamente no "Diário de Notícias", em Lisboa, a rubrica "Cartas da Inglaterra". Mais tarde, em 1888 seria nomeado cõnsul em Paris.
Seu último livro foi "A Ilustre Casa de Ramires", sobre um fidalgo do século XIX com problemas para se reconciliar com a grandeza de sua linhagem. Morreu em 16 de agosto de 1900 na sua casa de Neuilly, perto de Paris. Seus trabalhos foram traduzidos em aproximadamente vinte línguas.
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