Fortaleza e Santa Cruz estão hoje no limbo.
Presente menos glorioso que o passado.
O Fortaleza esquecido na Série C.
Santa Cruz agonizando na Série D.
Duas grandes paixões.
Duas grandes multidões.
Tricolores.
Do Pici e do Arruda.
Não era assim em 1960.
Ambos campeões estaduais.
Buscando o bi-campeonato estadual.
Paralelamente participavam da Taça Brasil.
O Fortaleza fazia parte do Grupo Norte.
Entrava direto nas semifinais.
Enfrentaria o ABC de Natal, vencedor do confronto contra o Estrela do Mar de João Pessoa.
Classificação conquistada, disputou a Final do Grupo Norte.
Tendo o Moto Club de São Luís como adversário.
Os gols de Bececê levaram o Tricolor do Pici à Segunda Fase.
Tendo o Bahia, atual detentor da Taça Brasil, como adversário.
Vitória no Ceará.
Empate no jogo seguinte.
Fortaleza classificado.
Chegaria mais longe?
Seu adversário seria o Santa Cruz de Recife.
Nesse ano, o campeão pernambucano entrou direto nas Semifinais do torneio.
Era o primeiro jogo da Cobra Coral na Taça Brasil.
No Estádio dos Aflitos, empate de 2 a 2.
Vem o jogo decisivo.
23 de novembro de 1960.
Estádio Presidente Vargas.
Bececê e Benedito marcam para o Fortaleza.
Nilsinho desconta para os pernambucanos.
O Fortaleza estava classificado.
Para a grande Final da Taça Brasil.
Fortaleza desprentencioso...
Enfrentaria na decisão o Palmeiras de Julinho, Zequinha, Humberto e Djalma Santos.
O time da terra de Iracema não seria páreo.
Mas Bececê terminaria como artilheiro da Taça Brasil.
Há cinquenta anos...
O Nordeste escrevia páginas de glória do futebol tupiniquim.
Ficha do jogo:
23 de novembro de 1960
Fortaleza 2 x 1 Santa Cruz
Estádio Presidente Vargas, Fortaleza.
Árbitro: João Etzel Filho.
Gols: Bececê e Benedito (Fortaleza); Nilsinho (Santa Cruz).
Fortaleza: Pedrinho, Mesquita e Sanatiel; Toinho, Célio e Renato; Zé Raimundo, Walter Vieira (Moésio), Bececê, Charuto e Benedito.
Santa Cruz: Agostinho; Dodô e Nagel; Múcio, Luiz e Nenzinho; Gildo (Caboclo), Nilsinho, Lua, Biu e Elmano.
Há 50 anos...
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