Rachel de Queiroz nasceu a 17 de novembro de 1910 na cidade de Fortaleza, capital do Estado do Ceará. Escritora, romancista e dramaturga, é autora de destaque da ficção regionalista do Nordeste. Estreou na imprensa em 1925 no jornal O Ceará, escrevendo crônicas e poemas de caráter modernista. No mesmo ano lançou em forma de folhetim o primeiro romance, História de um Nome.
Aos vinte anos, ficou nacionalmente conhecida ao publicar O Quinze (1930), romance que mostra a luta do povo nordestino contra a seca e a miséria. Demonstrando preocupação com questões sociais e hábil na análise psicológica de seus personagens, tem papel de destaque no desenvolvimento do romance nordestino.
Foi presa em 1937, em Fortaleza, acusada de ser comunista e exemplares de seus romances foram queimados. Em 1939, muda-se para o Rio de Janeiro. No mesmo ano foi agraciada com o Prêmio Felipe d'Oliveira pelo livro As Três Marias. Escreveu ainda João Miguel (1932), Caminhos de Pedras (1937) e O Galo de Ouro (1950).
Em 1964 apoiou o regime militar que se instalou no Brasil. Foi a primeira mulher a ingressar na Academia Brasileira de Letras, em 1977, ocupando a cadeira de número 5, que tem como patrono Bernardo Guimarães. Lançou em 1992 a obra Memorial de Maria Moura, a saga de uma cangaceira nordestina.
Teve sua obra premiada em diversas oportunidades, destacando-se o Prêmio Camões, o maior da língua portuguesa, obtido em 1993, sendo a primeira mulher a recebê-lo. Publicou um volume de memórias em 1998. Transformou a sua Fazenda Não Me Deixes, propriedade localizada em Quixadá-CE, em reserva particular do patrimônio natural.
É autora ainda de peças de teatro, crônicas e histórias para o público infanto-juvenil. Destacou-se ainda como tradutora de mais de quarenta romances, biografias e memórias de autores como Charles Chaplin, Alexandre Dumas, Fiódor Dostoiévski, Honoré de Balzac e Agatha Christie.
Morreu em 4 de novembro de 2003, vítima de problemas cardíacos, no Rio de Janeiro, dias antes de completar 93 anos.
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