Em 1939, no início da Segunda Guerra Mundial, a forma como se desenvolviam os combates no além-mar surpreendeu e revelou o despreparo das forças armadas brasileiras para enfrentar as exigências do conflito, porque não possuíam uma força exclusiva para os combates aéreos.
Havia ainda toda uma organização militar estruturada nos moldes da I Guerra Mundial.
Era preciso mudar.
Embora o debate em torno da criação de uma força aérea única, fundindo as já existentes aviações do Exército e da Marinha, assim como a criação de um ministério exclusivo para gerenciar a aviação brasileira, viesse ocorrendo desde o início dos anos 1930, a guerra na Europa acabou por reforçar essa tendência, consolidando a ideia de que era preciso centralizar os meios aéreos do país, gerando assim a Campanha nacional da aviação.
O desperdício e os problemas decorrentes de um gerenciamento em separado de múltiplas aviações, militares e civis, constituiu-se num dos principais argumentos em favor da criação do Ministério do Ar.
Finalmente, após amplo debate e campanhas na imprensa, Getúlio Vargas há 70 anos, em 20 de janeiro de 1941, assinou o Decreto 2.961, criando o Ministério da Aeronáutica e estabelecendo a fusão das forças aéreas do Exército e da Marinha numa só corporação, denominada Forças Aéreas Nacionais.
Teve como primeiro ministro o advogado Joaquim Pedro Salgado Filho, que respondeu pelo Ministério até o fim do Governo Vargas, em 29 de outubro de 1945.
Salgado Filho, primeiro Ministro da Aeronáutica |
Em maio de 1941, um novo decreto mudou o nome da recém-nascida força aérea para Força Aérea Brasileira (FAB), nome que permanece até os dias de hoje.
A Força Aérea Brasileira obteve seu batismo de fogo durante a II Guerra Mundial participando da guerra anti-submarino no Atlântico Sul e, na Europa, como integrante da Força Expedicionária Brasileira, que lutou ao lado dos Aliados na frente italiana.
Foram enviadas para a Itália duas unidades aéreas da FAB, o 1º. Grupo de Aviação de Caça, o Senta a Pua, e a Primeira Esquadrilha de Ligação e Observação (1ª ELO).
O Ministério da Aeronáutica foi extinto e transformado no Comando da Aeronáutica (COMAER), subordinado ao Ministério da Defesa pela medida provisória n.º 2.216-37, de 31 de agosto de 2001, no governo do presidente Fernando Henrique Cardoso.
O atual Comandante da Aeronáutica é o tenente-brigadeiro Juniti Saito, 68 anos, nomeado pelo ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva em 1 de março de 2007.
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