domingo, 16 de janeiro de 2011

NÚMERO DE MORTOS PELA CHUVA NO RIO SUPERA 630 *

O número de mortes causadas pelas chuvas no Rio subiu para 637.

A expectativa é de que esses números cresçam conforme as equipes de resgate tiverem acesso a áreas isoladas na região serrana fluminense, naquela que se tornou uma das maiores tragédias naturais da história do Brasil.

Nova Friburgo confirma 287 mortos.

A Defesa Civil de Teresópolis, 271.

Petrópolis registra 56 e Sumidouro agora tem 19 vitimas.

Em São José do Vale do Rio Preto, a Polícia Civil confirma 4 mortes.

As cidades de Areal e Bom Jardim, também afetadas, não tiveram vítimas fatais.

Em Petrópolis, há 3.600 desalojados e 2.800 desabrigados.

Teresópolis tem 1.300 desalojados e 1.200 desabrigados.

Nova Friburgo tem 3.220 desalojados e 1.970 desabrigados.

As cidades afetadas pelas chuvas na região serrana recebem doações de diversas partes do país.

Entre os itens mais pedidos pela prefeitura de Petrópolis, Nova Friburgo e pela Defesa Civil de Teresópolis estão velas e produtos de higiene pessoal (pasta de dente, escova de dente, xampu, sabonete, absorvente e fraldas descartáveis).

As prioridades de Petrópolis são mantimentos, material de limpeza, objetos de higiene pessoal, lençóis e roupa de cama.

A cidade recebeu gratuitamente mais de 1,5 milhão de litros de água no sábado e afirma que o abastecimento está praticamente normalizado.

Petrópolis

Nova Friburgo pede, principalmente, água e vela.

Também são necessárias roupas íntimas, talheres, pão de forma, produtos de higiene pessoal e fósforo.

Nova Friburgo

Sumidouro pede água, pó de café, feijão, enlatados, leite em pó, açúcar, material de higiene, fósforos, velas, isqueiros, cobertores, colchões, roupas de cama, mesa e banho, roupas de adultos e crianças, calçados.

Em Teresópolis, os itens de mais necessidade são produtos de higiene pessoal (incluindo fralda descartável e geriátrica), vela, fósforo e roupas íntimas.

A cidade reforça o pedido de galochas e capas de chuva, que serão usados por profissionais e voluntários em campo.

Rudimar Caberlon, secretário municipal de Ação Social de Teresópolis, também pediu que a população mantenha as doações de alimentos.

“Precisamos de arroz, feijão, farinha, óleo, sal, macarrão e outros alimentos não perecíveis”.

Ele também pediu mobília, eletrodomésticos e demais utensílios para os desabrigados.

Teresópolis

Petrópolis e Nova Friburgo informam que já não precisam mais de roupas.

“O número de roupas doadas já ultrapassa a necessidade dos moradores afetados pelas chuvas na região de Itaipava”, informou a prefeitura de Petrópolis em comunicado.

Além da doação de produtos, Nova Friburgo também conta com a colaboração dos próprios moradores da cidade, que estão empenhados em ajudar aqueles que foram gravemente feridos pelos deslizamentos de terra e pelas enxurradas que destruíram o município.

Uma longa fila se formou no hemocentro montado pela Secretaria Estadual de Saúde de Defesa Civil na região do centro e teve gente que esperou até 3 horas para doar sangue.

A tragédia causou o esvaziamento de Nova Friburgo, pois muitos têm pavor de ficar na cidade com maior número de mortos na calamidade que é registrada como um dos maiores desastres naturais do país.

Os ônibus de Nova Friburgo em direção ao Rio saem a toda hora.

A frota é de Niterói: os que estavam na serra fluminense estão enlameados ou avariados.

O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, presenciou a queda de uma barreira durante a ida para Nova Friburgo, no Rio, neste sábado.

“Faço um apelo porque vi, in loco: que ninguém use a RJ 116, porque acabou de acontecer uma queda de barreira. É algo muito sério, muito grave, está interditado”, afirmou, ao chegar em Nova Friburgo, onde fortes chuvas voltaram a alagar as ruas da cidade.

O governador disse que sentiu na pele a tensão que vivem os moradores da região.

“Não vivi a mesma coisa porque graças a Deus estou vivo e não perdi nenhum parente nessa tragédia. Mas efetivamente vivi o pânico”, contou.

O governador visita a cidade para ver os estragos e também o hospital de campanha da Secretaria Estadual de Saúde e Defesa Civil, montado no local.

Ele reforçou que a cidade está vivendo uma situação de precariedade, mas que não estão faltando esforços.

Cabral ressaltou que são 11 aeronaves do Estado e 20 aeronaves de órgãos federais e empresas sobrevoando a região, além de centenas de veículos de diversos órgãos atuando no município.

Há também milhares de homens da polícia, do exército e homens da Comlurb (Companhia Municipal de Limpeza Urbana) enviados pela prefeitura do Rio.

“Fiquei emocionado porque eles podiam estar trabalhando no Rio e vieram para cá”.

O governador também informou que os US$ 100 milhões liberados pelo Governo Federal serão utilizados por etapas, de acordo com as prioridades.

Agora, os recursos vão para as áreas aluguel/social e manutenção das equipes na cidade.

“Temos de fazer muita coisa, mas agora é hora de ajudar”, disse.

Ele calcula que os danos vão chegar a “centenas de milhões de reais”, mas que não é possível determinar um valor ainda.

Por conta da tragédia, Cabral decretou luto oficial de sete dias no Estado.

A Presidente da República, Dilma Rousseff, decretou luto oficial de três dias, a partir de sexta-feira (14).

Em comunicado, ela afirmou que o luto é "pelas vítimas dos temporais que assolaram vários municípios do Brasil, principalmente da região serrana do estado do Rio de Janeiro".

* Publicado no UOL às 21:21 hs.

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