Num momento em que se fala na possibilidade de tensões sociais em diversas áreas do globo, em consequência de pressão inflacionária, mais uma vez a cidade de Davos, na Suíça, acolheu o Fórum Econômico Mundial, na sua 41ª edição, do qual participaram chefes de governo, especialistas e empresários de numerosos países, debatendo-se, numa ampla análise, os problemas e desafios da economia global pós-crise.
Abriu-se assim espaço, a nível planetário, para uma reflexão sobre os dilemas que persistem em um quadro marcado, cada vez mais, pela interdependência das economias de nações em graus diferenciados de desenvolvimento.
Tendo por tema "Normas Compartilhadas para a Nova Realidade", o Fórum reexaminou questões que afloraram com maior intensidade a partir de 2008, quando a crise eclodiu, fazendo-o já agora em função da dinâmica própria do atual estágio da economia mundial, num cenário em que remanescem disparidades e desequilíbrios e no qual o risco inflacionário não deixa de estar presente, exigindo ações articuladas e eficazes para a sua superação.
Se por um lado, como se assinala, há perspectiva de que os EUA possam retomar neste ano sua linha de crescimento, embora o desemprego permaneça em níveis elevados após todo o conjunto de medidas monetárias e fiscais adotadas pelo governo, na Europa os contrastes persistem e há risco de outros países, além da Grécia e da Irlanda, recorrerem ao socorro externo.
Tendo por tema "Normas Compartilhadas para a Nova Realidade", o Fórum reexaminou questões que afloraram com maior intensidade a partir de 2008, quando a crise eclodiu, fazendo-o já agora em função da dinâmica própria do atual estágio da economia mundial, num cenário em que remanescem disparidades e desequilíbrios e no qual o risco inflacionário não deixa de estar presente, exigindo ações articuladas e eficazes para a sua superação.
Se por um lado, como se assinala, há perspectiva de que os EUA possam retomar neste ano sua linha de crescimento, embora o desemprego permaneça em níveis elevados após todo o conjunto de medidas monetárias e fiscais adotadas pelo governo, na Europa os contrastes persistem e há risco de outros países, além da Grécia e da Irlanda, recorrerem ao socorro externo.
Por outro lado, as commodities superam, já a esta altura, picos registrados antes da crise, gerando forte impacto inflacionário sobre alimentos e energia em várias áreas do mundo, o que sinaliza, na avaliação de analistas, risco de tensões de natureza social.
A propósito, aliás, Jacques Diouf, o diretor-geral da FAO (órgão da ONU para alimentação e agricultura), adverte, como vem de fazê-lo, que o mundo caminha para uma crise alimentar, que ameaça causar instabilidade política, sendo necessário impedir a especulação com o preço das commodities.
A propósito, aliás, Jacques Diouf, o diretor-geral da FAO (órgão da ONU para alimentação e agricultura), adverte, como vem de fazê-lo, que o mundo caminha para uma crise alimentar, que ameaça causar instabilidade política, sendo necessário impedir a especulação com o preço das commodities.
"Os preços mais altos e voláteis continuarão nos próximos anos se deixarmos de combater as causas estruturais dos desequilíbrios no sistema agrícola internacional".
A seu ver, as populações mais pobres serão as mais afetadas, e isso "vai gerar instabilidade política em alguns países e ameaçar a paz e a segurança mundiais".
Enquanto isso, ao apresentar, justamente às vésperas da abertura do Fórum, o relatório Tendências do Emprego Global 2011, o diretor-executivo da Organização Internacional do Trabalho (OIT), José Manuel Salazar-Xirinachs, informou que a desigual elevação na oferta de empregos está dificultando a recuperação geral da economia e o desemprego deve continuar próximo a níveis recordes neste ano.
Enquanto isso, ao apresentar, justamente às vésperas da abertura do Fórum, o relatório Tendências do Emprego Global 2011, o diretor-executivo da Organização Internacional do Trabalho (OIT), José Manuel Salazar-Xirinachs, informou que a desigual elevação na oferta de empregos está dificultando a recuperação geral da economia e o desemprego deve continuar próximo a níveis recordes neste ano.
A OIT prevê, entretanto, que o total de desempregados venha a recuar de 205 milhões em 2010 (6,2% da força global de trabalho) para 203,3 milhões (6,1%) em 2011.
Já o Fundo Monetário Internacional (FMI), no relatório Atualização das Perspectivas Econômicas Mundiais, em que elevou a projeção de crescimento da economia global neste ano para 4,4%, ante os 4,2% estimados anteriormente, não deixou de alertar que a recuperação da econômica do planeta ainda corre riscos, em razão da crise da dívida na zona do euro e da falta de reformas financeiras.
Já o Fundo Monetário Internacional (FMI), no relatório Atualização das Perspectivas Econômicas Mundiais, em que elevou a projeção de crescimento da economia global neste ano para 4,4%, ante os 4,2% estimados anteriormente, não deixou de alertar que a recuperação da econômica do planeta ainda corre riscos, em razão da crise da dívida na zona do euro e da falta de reformas financeiras.
Nesse sentido, o diretor da instituição para mercados monetários e de capital, José Vinals, afirmou: "Mais de dois anos depois do começo da crise financeira, a estabilidade global ainda não está garantida".
Os dilemas e desafios, pois, permanecem, esperando-se, entretanto, que se abram novas perspectivas com o exame de tais assuntos, a fim de que o mundo alcance os almejados níveis de estabilidade do processo econômico.
* Editorial publicado hoje no Diario de Pernambuco.
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