terça-feira, 10 de maio de 2011

CATULO DA PAIXÃO CEARENSE

Catulo da Paixão Cearense nasceu em São Luís, Maranhão, em 8 de outubro de 1863.

Poeta, músico e compositor brasileiro, era filho de Amâncio José Paixão Cearense (natural do Ceará) e Maria Celestina Braga (natural do Maranhão).

Mudou-se para o Rio de Janeiro em 1880, aos 17 anos, com a família.

Trabalhou como relojoeiro.

Conheceu vários chorões da época, como Anacleto de Medeiros e Viriato Figueira da Silva, quando se iniciou na música.

Integrado nos meios boêmios da cidade, associou-se ao livreiro Pedro da Silva Quaresma, proprietário da Livraria do Povo, que passou a editar em folhetos de cordel o repertório de modinhas da época.

Catulo da Paixão Cearense passou a organizar coletâneas, entre elas "O cantor fluminense" e "O cancioneiro popular", além de obras próprias.

Em algumas composições teve a colaboração de parceiros como Anacleto de Medeiros, Ernesto Nazareth, Chiquinha Gonzaga, Francisco Braga, entre outros.

Poeta antes de tudo, mas com bem timbrada voz de barítono, celebrizou-se pela dicção impecável com que cantava os poemas que adaptava à melodia de obras dos mais famosos compositores populares da época.

Suas mais famosas composições são "Luar do sertão" (em parceria com João Pernambuco), de 1908, e "Flor amorosa", composta juntamente com Joaquim Calado em 1867.

Também é o responsável pela reabilitação do violão nos salões da alta sociedade carioca e pela releitura da "modinha".

Catulo da Paixão Cearense foi um dos poucos, talvez o único poeta popular no Brasil que, em vida, recebeu todas as glórias, honras e uma adoração popular tão grande.

Isso porque usou e abusou de toda a sonoridade que o sotaque nordestino lhe proporcionou, colocando em versos simples onde era o lugar de pôr versos simples.

O cancioneiro de Catulo, com letras que exprimem a ingenuidade e a pureza do caboclo, cativou a sensibilidade do povo e levou Mário de Andrade a classificar o autor como "o maior criador de imagens da poesia brasileira".

Catulo da Paixão Cearense morreu há exatos 65 anos, no Rio de Janeiro, em 10 de maio de 1946.


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