segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

CBF RECONHECE TÍTULO DO FLA *

A CBF, através de Resolução da Presidência nº 02/2011, reconheceu o Sport Club Recife e o Clube de Regatas do Flamengo como campeões brasileiros de 1987.

Na mesma Resolução, foram reconhecidos como vice-campeões brasileiros de 1987 o Guarani Futebol Clube e o Sport Club Internacional de Porto Alegre.

A decisão da CBF foi comunicada pelo presidente Ricardo Teixeira à presidente do Flamengo Patrícia Amorim em encontro que aconteceu nesta segunda-feira, na sede da entidade.

Do encontro participaram ainda o presidente da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro Rubens Lopes e diretores do Flamengo.

A presidente Patrícia Amorim agradeceu ao presidente Ricardo Teixeira e ao departamento jurídico da CBF pelo reconhecimento de um título que o clube conquistou no campo, de fato, e agora, o tem de direito.

"Esse é um dia histórico para o Flamengo. Quero homenagear todos os jogadores da campanha de 1987 e o técnico Carlinhos. Vocês são agora os legítimos campeões de 87, e o Flamengo tem de direito seis títulos de campeão brasileiro.

O presidente Ricardo Teixeira esclareceu que o reconhecimento do título de 1987 a Sport e Flamengo segue a linha traçada quando da recomposição histórica feita no final do ano passado pela CBF, representada pela unificação dos títulos de campeão brasileiro que beneficiou Santos, Palmeiras, Cruzeiro, Fluminense e Bahia.

Ainda segundo o presidente da CBF, a decisão, tomada depois de novos e convincentes argumentos apresentados pelo departamento jurídico do Flamengo, contempla ainda o reconhecimento de que em 1987 houve dois campeonatos brasileiros, que tiveram Sport e Flamengo como campeões.

Ricardo Teixeira enfatizou ainda o fato de que não houve prejuízo esportivo ao clube pernambucano, que foi inclusive, ao lado do vice-campeão Guarani, o representante brasileiro na Taça Libertadores de 1988.


* Publicado no site da CBF às 12:52 hs.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

LÍBIA ESTÁ À BEIRA DA GUERRA CIVIL, DIZ SAIF AL ISLAM GADDAFI *

Saif al Islam Gaddafi, filho do líder líbio Muammar Gaddafi , disse em entrevista à televisão, esta segunda-feira, que a Líbia está à beira da guerra civil e que a violência é resultado de um "complô estrangeiro".

À noite, por volta das 20h45 de Brasília (23h45 GMT), foram ouvidos intensos disparos em vários bairros da capital, Trípoli, constataram um correspondente da AFP e testemunhas consultadas.

Saif al Islam Gaddafi reconheceu que várias cidades do país, entre elas Benghazi e Al Baida, no leste, enfrentam violentos combates e que os responsáveis pelos distúrbios tomaram posse de armas militares.

É em Benghazi que trabalham os 123 funcionários brasileiros da construtora Queiroz Galvão, que tanto a empresa quando a chancelaria do Brasil tentam retirar do país em um avião fretado, informou à AFP uma fonte oficial.

"Neste momento, os tanques se deslocam em Benghazi dirigidos por civis. Em Al Baida, as pessoas levam fuzis e muitos depósitos de munições foram saqueados. Temos armas, o exército tem armas, as forças que querem destruir a Líbia têm armas", disse Saif al Islam Gaddafi, segundo quem milhares de pessoas se dirigem para Trípoli.

"Se todos estão armados, é guerra civil", afirmou.

De acordo com o filho de Gaddafi, cujas declarações foram transmitidas pela televisão líbia, os confrontos são provocados por elementos que têm como objetivo destruir a unidade do país e instaurar uma república islâmica.

"Destruiremos os elementos da sedição", disse, prometendo uma Constituição e novas leis liberais.

"O exército terá agora um papel essencial para impor a segurança porque é a unidade e a estabilidade da Líbia" que estão em jogo, declarou o filho do líder líbio, afirmando que o exército líbio "não é o exército tunisiano, não é o exército egípcio".

"A Líbia está em uma encruzilhada. Ou entramos em acordo hoje sobre as reformas, ou não choraremos 84 mortos, mas milhares e mais e haverá rios de sangue em toda a Líbia", acrescentou Saif al Islam, segundo quem é exagerado o número de vítimas divulgado pela imprensa estrangeira.

De acordo com a ONG humanitária Human Rights Watch, 173 pessoas morreram na repressão aos protestos antirregime iniciados em 15 de fevereiro.

Segundo um balanço da AFP, feito com base em várias fontes líbias, morreram 77 pessoas, a maioria em Benghazi, nas manifestações contra o regime do coronel Kadhafi, no poder há 42 anos.

"Tomaremos as armas... Lutaremos até a última bala", disse. "Muammar Gaddafi comanda a batalha de Trípoli e venceremos", disse.

"A Líbia não é o Egito, não é a Tunísia. Não há partidos políticos na Líbia", acrescentou. "Muammar Gaddafi não é Zine el Abidine Ben Ali. Não é Mubarak", desafiou.

Muamar Gaddafi, que dirige o país desde 1969, não fez qualquer declaração pública desde que começaram os atos de violência.

"Não vamos abandonar a Líbia", declarou Saif Al Islam, e afirmou: "viveremos na Líbia, morreremos na Líbia".

Segundo informações ainda não confirmadas, Muammar Gaddafi, nascido em 1942, teria deixado a Líbia no domingo à noite.

Na Venezuela, fontes oficiais desmentiram em declarações à AFP que o líder líbio tenha deixado seu país rumo ao aliado sul-americano, ao contrário de boatos que circularam nas últimas horas nas redes sociais na internet.

falso", asseguraram as fontes, que preferiram manter a identidade em sigilo.

Centenas de mensagens circularam este domingo em redes sociais como o Twitter, assegurando que Gaddafi deixou Trípoli a bordo de um avião com destino à Venezuela.

O presidente venezuelano, Hugo Chávez, e Gaddafi estreitaram suas relações nos últimos tempos e declararam travar uma batalha contra o mesmo inimigo: o imperialismo.

O chefe de Estado venezuelano esteve em Trípoli em outubro passado e Gaddafi visitou a Venezuela em setembro de 2009.

* Publicado no UOL às 21:46 hs.

BALANÇO DOS ESTADUAIS NESTE FIM DE SEMANA

Após a abertura da Copa do Brasil na quarta-feira passada.

Os Campeonatos Estaduais movimentaram o fim de semana.

Alguns resultados decisivos nesta rodada.

Pelo Campeonato Carioca.

O Flamengo venceu o Botafogo nos pênaltis.

E encontrará o Boavista na Final da Taça Guanabara.

O time de Saquarema eliminou ontem o Fluminense.

Também na decisão por pênaltis.

Pelo Campeonato Paranaense.

O Coritiba venceu o clássico contra o Atlético.

4 a 2 e a conquista do primeiro turno antecipada.

O Paraná perdeu mais uma e segue na lanterna.

Pelo Campeonato Catarinense.

Criciúma e Figueirense são os finalistas do primeiro turno.

Ontem o Tigre empatou com a Chapecoense e classificou-se.

Hoje o Figueirense bateu o Joinville por 3 a 1.

E também carimbou a sua vaga na final do primeiro turno.

Pelo Campeonato Gaúcho.

Ontem o Internacional caiu nos pênaltis frente ao Cruzeiro.

E o Juventude foi eliminado ao perder do São José por 2 a 0.

Hoje, o Grêmio sapecou 5 a 0 no Ypiranga.

E o Caxias bateu o Veranópolis por 1 a 0.

Nas semifinais do primeiro turno.

Um duelo será Grêmio x Cruzeiro.

O outro será São José x Caxias.

Pelo Campeonato Cearense.

Encerrada a primeira fase do primeiro turno.

Ceará e Guarany de Sobral empataram em 2 a 2.

O Ceará vai para a semifinal do primeiro turno invicto.

Seu adversário será o Horizonte.

Que hoje goleou o Ferroviário por 5 a 2.

O Fortaleza também goleou hoje.

Venceu o Icasa por 5 a 1 e classificou-se em segundo lugar.

Seu adversário será o Guarani de Juazeiro.

Que hoje venceu o Itapipoca por 2 a 1.

Pelo Campeonato Paulista.

O Corinthians venceu o clássico hoje contra o Santos por 3 a 1.

Assumiu a terceira posição na tabela.

O Palmeiras não passou de um 0 a 0 com o Mogi Mirim.

Mas permanece na liderança da primeira fase.

O Mirassol venceu mais uma e assumiu a vice-liderança.

O São Paulo está em quarto lugar.

Ontem goleou o Bragantino por 4 a 0.

Além do Santos, que caiu para a quinta colocação.

Americana, Ponte Preta e Oeste estão no G-8.

Todos venceram seus jogos ontem e hoje.

São Caetano, Paulista e São Bernardo.

Também venceram nesta rodada.

Pela Série A-2 do Campeonato Paulista.

A Catanduvense tropeçou na rodada.

Empatou em 1 a 1 contra o Sertãozinho.

Mas ainda lidera com folga o Grupo 1.

Seus adversários diretos, União São João e Comercial.

Perderam seus jogos e não pontuaram.

Situação semelhante no Grupo 2.

Atlético Sorocaba e Guarani perderam seus jogos.

O XV de Piracicaba apenas empatou com o Pão de Açúcar.

Quem se deu bem foi o São José, que venceu o Rio Branco.

Atlético Sorocaba, São José, Guarani e XV de Piracicaba.

Lideram juntos o Grupo 2 com 20 pontos.

Pela Série A-3 do Paulista.

A Penapolense consolidou-se na liderança do Grupo 1.

Venceu o XV de Jaú por 2 a 0.

O Grupo 2 é liderado pelo Taubaté.

Que ontem apenas empatou com o Juventus.

Mas foi beneficiado pela derrota do Grêmio Osasco por 3 a 1.

Pelo Campeonato Mineiro.

O Atlético bateu o Guarani de Divinópolis por 4 a 2.

Segue na liderança isolada da primeira fase.

O América é o vice-líder e venceu hoje o Funorte por 2 a 1.

O Cruzeiro venceu ontem o Ipatinga por 2 a 0.

Os demais jogos terminaram empatados.

Amanhã tem Democrata x Villa Nova.

Pelo Campeonato Goiano.

O Atlético perdeu para a Anapolina por 1 a 0.

Ambos estão na liderança da primeira fase com 21 pontos.

O Vila Nova vem em seguida com 17.

Joga amanhã contra o Morrinhos na capital.

O Goiás goleou hoje o Santa Helena por 6 a 1.

E também chegou aos 17 pontos.

O CRAC venceu o Goianésia por 2 a 1.

E está na quinta posição com 16 pontos.

Em outro jogo de hoje.

O Trindade bateu o Aparecidense por 1 a 0.

Pelo Campeonato Brasiliense.

O Brasiliense venceu ontem o Gama por 2 a 1.

E continua folgado na liderança.

Sete pontos à frente do vice-líder Formosa.

Que hoje empatou em 0 a 0 com o Botafogo.

O Botafogo também tem 14 pontos.

O Atlético Ceilandense venceu o lanterna CFZ por 1 a 0.

E ontem Brasília e Ceilândia empataram em 0 a 0.

Pelo Campeonato Baiano.

O Bahia espantou a bruxa contra o Vitória.

Venceu o rival por 2 a 0 no clássico.

E segue com chances de classificação à próxima fase.

O Grupo 1 permanece sendo liderado pelo Bahia de Feira.

Que hoje venceu o Ipitanga por 2 a 1.

Apesar da derrota, o Vitória permanece na frente do Grupo 2.

Colo Colo, Vitória da Conquista e Juazeiro.

Venceram seus adversários nesta rodada.

Pelo Campeonato Paraense.

O Remo tropeçou na Tuna Luso ao empatar em 0 a 0.

Com isso o Paysandu ficou na liderança da segunda fase.

Já havia goleado o Águia por 5 a 2 quarta-feira passada.

Em outro jogo de hoje, Cametá 4 x 1 Castanhal.

Pelo Campeonato Potiguar.

O Santa Cruz venceu ontem o América de Natal por 2 a 1.

E segue firme na liderança do primeiro turno.

O ABC está colado um ponto atrás.

O alvinegro havia vencido na quinta-feira o ASSU por 4 a 0.

Apenas um jogo foi disputado hoje, Palmeira 2 x 1 Alecrim.

Pelo Campeonato Alagoano.

Corinthians e Murici permanecem na ponta da primeira fase.

Venceram ontem CSE e CRB respectivamente.

O Coruripe está um ponto atrás de ambos.

Hoje venceu o ASA, quarto lugar, por 1 a 0.

Também hoje, CSA e Santa Rita venceram seus jogos.

Pelo Campeonato Paraibano.

O Campinense assumiu a ponta.

Venceu hoje o Nacional de Patos por 2 a 0.

O Treze folgou na rodada e joga quarta-feira contra o CSP.

Irá se igualar ao Campinense em caso de vitória.

Nos demais jogos, apenas empates.

Pelo Campeonato Amazonense.

O Fast goleou ontem o Princesa por 7 a 3.

É o líder da primeira fase.

Um ponto à frente do Nacional de Manaus.

Que empatou o clássicou ontem com o Rio Negro em 0 a 0.

Operário e São Raimundo empataram hoje em 2 a 2.

E o Peñarol venceu o lanterna Sul América por 2 a 0.

Pelo Campeonato Capixaba, jogos apenas ontem.

O líder Vitória perdeu para o São Mateus por 2 a 1.

Mesmo placar da vitória do Espírito Santo sobre o Serra.

Rio Branco e Aracruz empataram em 1 a 1.

Amanhã tem Colatina x Linhares.

Pelo Campeonato Sergipano.

O Guarany permanece na frente do Grupo A.

Venceu hoje o Olímpico por 2 a 0.

No Grupo B quem manda é o River Plate.

Hoje venceu o América de Propriá por 2 a 1.

Também hoje, São Domingos 0 x 1 Estanciano.

E Itabaiana 1 x 0 Sergipe.

Ontem, Confiança 2 x 1 Socorrense.

Pelo Campeonato Matogrossense.

O Luverdense venceu o Sinop por 2 a 1 e lidera o Grupo A.

União de Rondonópolis, Primavera e Barra do Garças.

Lideram o Grupo B com sete pontos.

O União não jogou nesta rodada.

Primavera e CRAC empataram em 1 a 1.

E o Barra do Garças venceu o Vila Aurora por 2 a 1.

Em outro jogo de hoje, Operário 0 x 3 Mixto.

E finalmente, o Campeonato Pernambucano.

O Sport aproximou-se do G-4.

Venceu hoje o Petrolina por 3 a 1 em Recife.

E está a dois pontos do Porto, o quarto lugar.

Ontem, o Gavião tropeçou em casa no lanterna América.

O time alviverde venceu os caruaruenses por 1 a 0.

Também ontem, o Náutico bateu o Araripina por 2 a 1.

Hoje, a Cabense venceu o Ypiranga por 2 a 0.

E o Salgueiro goleou a Acadêmica Vitória por 5 a 1.

E o campeonato passou a ter um novo líder.

O Santa Cruz voltou à ponta da tabela.

Venceu esta tarde o Central em Caruaru por 1 a 0.

O Pernambucano só voltará a ter jogos no fim de semana.

Na próxima quarta-feira, Sport, Náutico e Santa Cruz.

Fazem sua estreia na Copa do Brasil.

TESTEMUNHAS DE PROTESTOS FALAM EM MASSACRE NA LÍBIA *

Novos episódios de violência contra manifestantes anti-governo em Benghazi, segunda maior cidade da Líbia, foram registrados neste domingo.

Testemunhas locais disseram que a cidade é palco de um "massacre" promovido pelas forças de segurança.

Segundo médicos de hospitais locais, mais de 200 pessoas teriam morrido e ao menos 900 ficaram feridos nos últimos dias.

A ONG internacional Human Rights Watch, que vem fazendo uma contabilização das vítimas dos protestos na Líbia, afirmou ter confirmado ao menos 173 mortes desde o início dos protestos, na quarta-feira.

Mas a própria organização reconheceu que a estimativa é conservadora e que o número total de mortos pode ser bem maior.

A restrição à presença de jornalistas estrangeiros e o bloqueio aos serviços de internet nos últimos dias torna difícil a confirmação independente dos números de vítimas.

Novas mortes teriam ocorrido neste domingo, quando as pessoas que participavam de funerais de pessoas mortas na véspera teriam sido alvejados por tiros de metralhadoras e outros armamentos pesados.

Uma médica de Benghazi, identificada como Braikah, descreveu a situação na cidade como "um massacre" e descreveu à BBC como as vítimas foram levadas ao hospital Jala, onde ela trabalha.

"A maioria das vítimas tinha ferimentos a bala - 90% na cabeça, no pescoço e no peito, principalmente no coração", disse.

Segundo ela, o necrotério do hospital Jala tinha 208 corpos neste domingo, e outro hospital tinha outros 12. Porém não está claro quantos desses corpos são de vítimas da repressão aos protestos populares.

Benghazi tem concentrado os protestos contra o regime do coronel Muammar Gaddafi, no poder há quase 42 anos.

A Líbia é um dos vários países árabes ou muçulmanos a enfrentar protestos pró-democracia desde os levantes populares que levaram à queda do presidente da Tunísia, Zine El Abidine Ben Ali, em janeiro.

Desde então, os protestos populares também forçaram a renúncia do presidente do Egito, Hosni Mubarak, no dia 11 de fevereiro.

Segundo o correspondente da BBC para o Oriente Médio Jon Leyne, os atuais protestos na Líbia são os maiores até hoje contra Gaddafi.

Apesar disso, eles parecem até agora estar concentrados na região leste do país, onde a popularidade do líder líbio é tradicionalmente mais baixa.

Até agora não foram registradas grandes manifestações contra o governo na capital do país, Trípoli.

* Publicado no UOL às 13:30 hs.

MUHAMMAD NAGUIB

Muhammad Naguib nasceu em Cartum, no Sudão, em 20 de fevereiro de 1901.

Foi o primeiro presidente do Egito, iniciando seu mandato a partir da Proclamação da República, em 18 de junho de 1953, até 14 de novembro de 1954.

Junto com Gamal Abdel Nasser, foi o principal líder da Revolução Egípcia de 1952, que culminou com o fim da dinastia de Muhammad Ali no Egito e no Sudão.

Era o mais velho dos nove filhos do militar egípcio Youssef Naguib.

Sua mãe era sudanesa.

Naguib passou sua infância no Sudão.

Formou-se em Direito e em Ciência Política.

Poliglota, falava inglês, francês, italiano e alemão.

Na década de 20, após a morte de seu pai, passou a morar no Egito.

Prosseguiu seus estudos jurídicos e passou a fazer carreira no Exército.

Serviu no Egito e na Palestina.

Em 1949, Naguib se aliou secretamente ao Movimento dos Oficiais Livres, e um ano depois foi promovido ao posto de major-general.

Os Oficiais Livres, liderados pelo coronel Gamal Abdel Nasser eram jovens membros das forças armadas, além de camponeses e originários da classe média.

Nasser tinha como objetivo derrubar o rei egípcio Farouk I e acabar com a dominação britânica do Egito e Sudão.

Em 23 de julho de 1952, os Oficiais Livres deram início à Revolução Egípcia de 1952, com um Golpe de Estado para depor o rei Farouk I.

Naguib foi nomeado Comandante-Chefe do Exército, a fim de manter as forças armadas firmes a possíveis golpes de oficiais subalternos.

Em setembro, Naguib foi nomeado primeiro-ministro do Egito.

Passando a estar acima do Movimento dos Oficiais Livres, Naguib conferiu legitimidade ao seu mandato aos olhos do povo, do exército, dos políticos e dos poderes estrangeiros.

Em 18 de junho de 1953, quase 11 meses após a revolução, Naguib declarou o fim da monarquia do Egito e do Sudão e a instauração da República do Egito.

Com a declaração da República, Naguib foi empossado como seu Presidente.

O líder dos Oficiais Livres, Gamal Abdel Nasser, tornou-se vice-primeiro-ministro.

A partir de então Naguib começou a entrar em conflito com outros membros do Conselho do Comando da Revolução sobre a implementação de seus objetivos.

Ele queria eliminar progressivamente a influência política dos militares e o retorno do país ao regime civil.

O Exército, pensava ele, interferiu para mudar um regime corrupto, mas, em seguida, ele deveria retirar-se.

Outros partidários da Revolução, como Abdel Nasser, contrariamente, entendiam que a democracia, ou um sistema multi-partidário, ou a retirada do exército da política, permitiria que o partido político liberal "Wafd", a "Irmandade Muçulmana" e os outros partidos políticos recuperassem o terreno perdido em 1952.

Além disso, embora Naguib fosse o Presidente, sua autonomia foi limitada pelo fato de que ele precisava de uma maioria dos votos do Conselho do Comando da Revolução para qualquer decisão a ser tomada, e sua opinião era frequentemente ignorada.

Naguib declarou a Nasser que, ou ele detinha o real poder do Conselho do Comando da Revolução, ou ele renunciaria.

Em 1954, contudo, Nasser acusou Naguib de apoiar a então recentemente banida "Irmandade Muçulmana" e de abrigar ambições ditatoriais.

A luta pelo controle dos militares e da República do Egito eclodiu entre Naguib e Nasser.

Em 25 de fevereiro de 1954 o Conselho do Comando da Revolução anunciou a renúnica de Naguib, afirmando que Naguib era uma "exigente autoridade absoluta, o que não é aceitável".

Protestos populares reconduziram Naguib ao poder no dia seguinte mas, apesar do apoio da massa e da sua recondução, os dias no poder de Naguib estavam contados.

Embora reintegrado como Presidente no dia 26 de fevereiro, Nasser tornou-se então Primeiro-Ministro e Presidente do Conselho do Comando da Revolução, passando Naguib a realizar papel apenas cerimonial.

Nove meses depois, Naguib se recusou a continuar a farsa, e, em 14 de novembro de 1954, renunciou definitivamente à Presidência, passando a viver uma vida de despojamento e esquecimento.

Gamal Abdel Nasser passa a ser Presidente do Egito.

Naguib foi condenado à prisão domiciliar no subúrbio do Cairo pelo Presidente Nasser.

Teve sua liberdade restabelecida em 1972 pelo Presidente Anwar El-Sadat.

Faleceu em 29 de agosto de 1984, no Cairo.

No mesmo ano teve publicada suas memórias sob o nome "Eu fui um Presidente do Egito".

O livro foi reeditado diversas vezes e traduzido em inglês sob o título "O Destino do Egito".

O ex-presidente do Egito Muhammad Naguib

sábado, 19 de fevereiro de 2011

OSVALDO ORICO

Osvaldo Orico, professor, diplomata, poeta, contista, romancista, biógrafo e ensaísta, nasceu em Belém, Pará, em 29 de dezembro de 1900.

Estudou no Colégio Paes de Carvalho, em Belém.

Ingressou no jornalismo, sendo repórter no jornal “O Estado do Pará”, tornando-se redator em 1918.

Foi também um dos editores da revista “Guajarina”, responsável pela eclosão do movimento Modernista no Pará.

Em 1919 foi para o Rio de Janeiro, onde formou-se em Direito e ingressou na vida diplomática.

Primeiramente dedicou-se ao magistério, sendo professor da Escola Normal no período de 1920 a 1932.

Foi diretor da Instrução Pública do Distrito Federal, em 1930.

Diretor da Educação e Cultura do Estado do Pará, em 1936.

Secretário-geral do Estado do Pará, em 1936.

Diretor da Divisão de Educação Extra-Escolar do Ministério da Educação e Saúde, em 1938.

Diretor da Seção Cultural do Pavilhão Brasileiro na Exposição do Mundo Português, em 1940.

Serviu como diplomata em Santiago do Chile, Buenos Aires, Haia e Beirute.

Foi delegado adjunto na Unesco, conselheiro comercial da Embaixada do Brasil na Espanha e na Bélgica.

Deputado federal pelo Estado do Pará.

Ministro do Brasil junto à Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, com sede em Paris.

Osvaldo Orico pertenceu à Academia Paraense de Letras (1936-1937), na qual ocupou a cadeira n°. 38, cujo patrono foi Luís Tito Franco de Almeida.

Aos 36 anos, ingressou na Academia Brasileira de Letras, ocupando a cadeira 10, na sucessão de Laudelino Freire, onde foi recebido pelo acadêmico Claúdio de Souza em 9 de abril de 1938.

Foi membro do Instituto Histórico do Pará; da Academia Portuguesa da História; da Academia das Ciências de Lisboa; da Real Academia Espanhola e da Academia da Latinidade, de Roma.

Teve alguns livros traduzidos e deixou vários escritos inéditos.

Faleceu no Rio de Janeiro, há exatos 30 anos, em 19 de fevereiro de 1981.

O escritor Osvaldo Orico

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

JACOBI

Carl Gustav Jakob Jacobi foi um matemático alemão nascido em Potsdam, em 10 de dezembro de 1804.

Foi o segundo filho de um próspero banqueiro.

O seu primeiro professor, irmão de sua mãe, deu-lhe aulas de matemática, preparando-o para entrar no Ginásio de Potsdam em 1816.

Logo Jacobi evidenciou sua “mente universal” declarada pelo reitor do ginásio quando ele o deixava em 1821 para entrar na Universidade Humboldt de Berlim.

Poderia ter-se tornado um célebre filólogo, caso a matemática não o tivesse atraído mais fortemente.

Tendo se apercebido de que o rapaz tinha gênio matemático, o professor Heinrich Bauer deixou que ele estudasse sozinho, depois dele ter se rebelado, recusando o aprendizado da matemática através de um roteiro e uma regra.

Jacobi buscou os mestres.

Os trabalhos de Leonhard Euler e Lagrange ensinaram-lhe álgebra e cálculo e introduziram-no na grande teoria dos números.

Seu autodidatismo propiciou seu primeiro trabalho notável em funções elípticas, sua diretriz definitiva.

Desconhecendo que Niels Henrik Abel tinha atacado as equações gerais do quinto grau, Jacobi buscou uma solução.

Embora sua busca tivesse sido infrutífera, com este trabalho aprendeu muito de álgebra, imputando-lhe considerável importância como um degrau para sua educação matemática.

Mas, aparentemente, não compreendeu (como o fez Abel) que tais equações não eram solucionáveis algebricamente.

Jacobi tinha uma mente objetiva e nenhuma inveja ou ciúme em sua natureza generosa.

Ele referiu-se a obra prima de Niels Abel dizendo “está acima do meu louvor, assim como acima de meus trabalhos”.

Permaneceu estudando em Berlim de abril de 1821 até maio de 1825.

Durante os primeiros dois anos ele dividiu seu tempo, equitativamente, entre filosofia, filologia e matemática.

Tendo decidido dar à matemática o melhor que pudesse, escreveu para seu tio Lehmann, dizendo: “A grandiosidade dos trabalhos de Euler, Lagrange e Laplace elevou o nível de exigência e compreensão de quem busca o domínio destas novas descobertas, caso não queira permanecer perambulando na superfície do conhecimento. Para dominar este colosso não pode haver descanso ou paz até que se alcance o topo e se consiga visualizar o trabalho em toda sua inteireza. Só então, quando se alcançou o espírito, ou a ideia pretendida, é possível trabalhar efetivamente para o seu acabamento em todos os seus detalhes.”

Em agosto de 1825 recebeu seu grau de PhD pela dissertação sobre frações parciais e tópicos relacionados.

Embora demonstrasse considerável engenho na manipulação das fórmulas, sua dissertação não dava nenhum sinal definitivo do soberbo talento do autor.

Concomitantemente à sua prova para o grau de PhD ele iniciou seu treinamento para o magistério, passando a lecionar cálculo de superfícies curvas na Universidade de Berlim, logo se tornando o mais inspirado professor de matemática do seu tempo.

Parece ter sido ele o primeiro professor numa universidade que treinou seus alunos em pesquisa, através do ensino de suas últimas descobertas, deixando que os estudantes vissem a criação de um novo assunto acontecendo diante deles.

Em 1826 tinha assegurado o lugar de professor na Universidade de Königsberg.

Em 1827 algumas pesquisas publicadas sobre a teoria dos números (relativas à reciprocidade cúbica), excitou a admiração de Gauss o que levou, pela raridade do acontecido, o Ministro de Educação a tomar conhecimento, promovendo Jacobi para um posto acima de seus colegas, o que representou um degrau importante para um jovem de vinte e três anos.

Aqueles que foram ultrapassados ressentiram-se com a promoção, porém, dois anos mais tarde, quando Jacobi publicou sua obra prima “Fundamenta Nova Theoriae Functionum Ellipticarum” (Novos fundamentos da Teoria de Funções Elípticas) eles foram os primeiros a dizer que nada mais que justiça tinha sido feita.

Em 1832 morreu o pai de Jacobi.

Até então ele não precisara trabalhar para viver.

Oito anos depois a fortuna da família esfacelou-se.

Aos 36 anos não tinha como prover a subsistência de sua mãe, também arruinada.

A perda da fortuna, porém, não teve qualquer efeito em seu trabalho.

Em 1842 Jacobi e Bessel compareceram a um encontro da Associação Britânica em Manchester, onde se encontraram com o irlandês William Rowan Hamilton, do que resultou uma das maiores glórias para Jacobi que foi a continuação do trabalho de Hamilton em dinâmica e, de uma certa forma, para completar o que o irlandês tinha abandonado.

No ano seguinte ele sofreu um completo estresse por excesso de trabalho.

Na quarta década do século XIX, na Alemanha o avanço da ciência estava nas mãos dos nobres.

Quando ficou doente, o Rei possibilitou que ele tomasse longas férias no ameno clima italiano.

Depois de alguns meses em Roma e Nápoles com Carl Wilhelm Borchardt e Dirichlet, Jacobi voltou a Berlim em junho de 1844.

Em 1849, aos quarenta e cinco anos, era, com a exceção de Gauss, o mais famoso matemático na Europa.

Seus trabalhos abrangem a aplicação das funções elípticas à teoria dos números; com o trabalho de equações diferenciais começou uma nova era; em álgebra, para citar apenas uma dentre muitas, inseriu a teoria de determinantes na fórmula simples, agora familiar para todo estudante do segundo ano de um curso de álgebra; fez substanciais contribuições para a teoria da atração de Newton-Laplace-Lagrange e muitos outros.

Jacobi morreu prematuramente devido a varíola, em Berlim, aos 46 anos, em 18 de fevereiro de 1851, há exatos 160 anos.

O matemático Carl Gustav Jacobi

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

AMADO BATISTA

Amado Batista nasceu há exatos 60 anos, em 17 de fevereiro de 1951, em Catalão, interior de Goiás.

Filho de lavradores, aos 14 anos foi para a capital e lá trabalhou em diversos ofícios, de faxineiro a balconista, chegando a sub-gerente de uma livraria.

Em 1970 aplicou suas economias comprando uma pequena loja de discos, conseguindo nos anos seguintes abrir mais três lojas na capital goiana.

Nessa época já compunha e cantava, influenciado principalmente por Roberto Carlos, e foi representante de um pequeno selo de música regional, o "Chororó".

Por este selo conseguiu lançar seu primeiro compacto duplo em 1975, aos 24 anos.

Mas foi no ano seguinte, com a gravação de "Desisto" (com Reginaldo Sodré - seu parceiro constante e assistente de produção de seus futuros discos) que ele emplacou.

Em 1977, lançou seu primeiro LP, "Amado Batista Canta o Amor", pelo mesmo selo.

Amado Batista canta o amor, seu primeiro LP

Como a "Chororó" não tinha distribuição nacional, assinou com a "Continental", que o faria em breve um dos campeões de vendagem por sua linha popular e romântica, com melodias simples e letras sentimentais e dramáticas.

Já em 1979, estouraria nacionalmente com a balada "O Fruto do Nosso Amor (Amor Perfeito)", de Vicente Dias e Praião.

Rapidamente, passou a vender anualmente cerca de 1 milhão de discos.

Em 1982, estrelou o filme "Sol Vermelho", espécie de autobiografia, entremeada com seus sucessos, sob direção de Antonio Milianet.

Dentre seus sucessos destacam-se "O Julgamento" (Walter José e Sebastião Ferreira da Silva), "O Acidente" (Roberto Ney e Deny Wilson) e "Hospício" (Amado e Reginaldo Sodré).

Em 1985, contratado pela BMG, alcançou 1 milhão e meio de cópias vendidas de um único LP.

Nos anos seguintes, manteve-se vendendo entre 500 e 800 mil discos de álbuns como "Amado Batista" (1987), "Dinamite do Amor" (1988), "Escuta" (1989), "Eu Sou Seu Fã" (1991) e "Ao Vivo" (1998).

Em 1999 voltou à gravadora Continental e lançou "O Pobretão" (1999) e "Estou Só" (2000).

Ao longo de seus 36 anos de carreira, gravou 31 discos sendo 28 inéditos, vendeu mais de 25 milhões de discos, recebeu centenas de prêmios, entre eles, 28 discos de ouro, 28 discos de platina e um de diamante.

Seu mais recente trabalho, "Meu Louco Amor" (2010) é sucesso de vendas e já ultrapassou a marca de 100 mil cópias.


quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

COMEÇA A COPA DO BRASIL

Começou hoje a 23a. edição da Copa do Brasil.

O torneio é disputado anualmente desde 1989.

E oferece ao campeão a vaga na Taça Libertadores 2012.

Grêmio e Cruzeiro são os maiores vencedores do torneio.

Cada um conquistou a Copa do Brasil quatro vezes.

Ambos não disputam a edição deste ano.

Pois estão disputando a Taça Libertadores 2011.

O Corinthians venceu três vezes a Copa do Brasil.

Mas também não disputa a edição deste ano.

O Flamengo, com duas conquistas, tentará chegar à terceira.

Palmeiras, Sport, Santo André e Paulista.

Tentarão conquistar a Copa do Brasil pela segunda vez.

Os demais participantes nunca venceram o torneio.

Quinze jogos abriram hoje a edição 2011 da Copa do Brasil.

Cinco times já se classificaram à Segunda Fase.

O Caxias goleou o Ceilândia por 5 a 0.

E espera o classificado de Botafogo-PB x Vitória-BA.

Hoje, em João Pessoa, o Botafogo-PB veceu por 3 a 1.

Próximo dia 24 haverá o jogo da volta em Salvador.

O Uberaba também se classificou.

Venceu o Santa Helena-GO por 3 a 1.

Aguarda o classificado de Palmeiras x Comercial-PI.

O primeiro jogo será na próxima quarta-feira.

Outro classificado foi o Goiás.

Passou pelo Vitória-ES por 4 a 1.

O alviverde encara o vencedor de Ponte Preta x Baré-RR.

O primeiro jogo também será na próxima quarta-feira.

Agora há pouco o Flamengo passou pelo Murici-AL por 3 a 0.

O rubro-negro carioca também se classificou.

Enfrentará na segunda fase o vencedor de Fast x Fortaleza.

Hoje, em Manaus, o Fast venceu por 2 a 0.

O jogo da volta será na quarta-feira em Fortaleza.

Finalmente, o último classificado da noite foi o São Paulo.

Atropelou o Treze de Campina Grande por 3 a 0.

E espera o vencedor de Santa Cruz x Corinthians-RN.

O primeiro confronto será na próxima quarta-feira em Caicó.

Outros resultados de hoje:

Bangu 3 x 1 Portuguesa.

Iraty 3 x 1 Grêmio Prudente.

Ypiranga-RS 0 x 1 Coritiba.

União de Rondonópolis 4 x 4 Guarani.

Horizonte-CE 3 x 1 ASA.

Gurupi-TO 1 x 1 Paraná.

Naviraiense 1 x 2 Santo André.

São Domingos-SE 0 x 0 Bahia.

Os times pernambucanos só estreiam na próxima quarta-feira.

Além do Santa Cruz, que irá enfrentar o Corinthians-RN.

O Sport irá encarar o Sampaio Corrêa de São Luís.

E o Náutico joga contra o Trem, do Amapá.

Espera-se que os três passem para a Segunda Fase.

Hoje todos eles jogaram pelo Campeonato Pernambucano.

Passaram sufoco.

O Náutico bateu o Petrolina com um gol no fim do jogo.

1 a 0 também foi o placar da vitória do Sport.

Sobre o lanterna América em Paulista.

O Santa Cruz bateu a Cabense por 3 a 1.

O líder Central ficou no 0 a 0 com a Acadêmica Vitória.

Mesmo resultado de Ypiranga x Salgueiro.

Araripina e Porto empataram em 2 a 2.

A distância entre líder e vice-líder diminuiu para dois pontos.

Diminuiu também a distância do Sport.

Para a zona de classificação às semifinais.

Agora cinco pontos separam Sport e Porto.

Tivemos jogo hoje também pelo Campeonato Mineiro.

Democrata e Caldense empataram em 1 a 1.

Pelo Campeonato Paraense, dois jogos.

O Paysandu goleou o Águia por 5 a 2.

E o Independente bateu o São Raimundo por 2 a 0.

Pelo Campeonato Sergipano, um jogo.

O River Plate bateu o Confiança por 2 a 0.

E assumiu a liderança isolada do Grupo B.

E pela Taça Libertadores da América.

Estreia de dois times brasileiros: Internacional e Cruzeiro.

O Internacional empatou em 1 a 1 com o Emelec.

O jogo foi em Guayaquil, no Equador.

O Cruzeiro goleou o Estudiantes em Sete Lagoas por 5 a 0.

Ontem o Santos havia empatado em 0 a 0 com o Táchira.

Amanhã o Grêmio encara o Oriente Petrolero (Bolívia).

O Fluminense havia estreado na quarta-feira passada.

Empate em 2 a 2 com o Argentinos Juniors no Engenhão.

Outros resultados de hoje:

América (México) 2 x 0 Nacional (Uruguai).

Unión Española (Chile) 2 x 2 Universidad Católica (Chile).

Dois jogos estão neste momento em andamento.

Jaguares (México) 0 x 0 Jorge Wilstermann (Bolívia).

Once Caldas (Colômbia) 0 x 0 Universidad San Martín (Peru).

OBLITAS

Juan Carlos Oblitas nasceu em Mollendo, Peru, há exatos 60 anos, em 16 de fevereiro de 1951.

Ex-jogador de futebol, atuava como atacante.

Destacou-se como peça importante na Seleção do Peru entre os anos de 1973 e 1985.

Trata-se de um dos jogadores mais talentosos e mais vitoriosos da história do futebol peruano.

Iniciou sua carreira aos 16 anos no juvenil do Universitario de Lima.

Atua pela primeira vez como profissional em 1968, com a camisa do Universitario, destacando-se por sua extraordinária técnica, velocidade e inteligência.

Integrou a equipe vice-campeã da Taça Libertadores da América de 1972 e campeã peruana em 1969, 1971 e 1974.

Equipe do Universitario de Lima em 1973.
Oblitas é o jogador mais à direita, agachado.

Em 1973 realiza sua estreia pela Seleção do Peru num amistoso contra a Guatemala, vencido pelos peruanos por 5 a 1.

O Peru não se classifica à Copa do Mundo de 1974 mas sagra-se campeão da Copa América de 1975 vencendo a Colômbia na Final com Oblitas em campo, fazendo parte de uma Seleção de grandes estrelas em que se destacava o fenomenal Teofilo Cubillas.

Seleção do Peru campeã da Copa América 1975.
Oblitas é o último jogador agachado, à direita.
À esquerda dele, a estrela Teofilo Cubillas.

Nesse mesmo ano de 1975 deixa a equipe de Lima e transfere-se para o Elche, da Espanha.

Pouco tempo depois passa a jogar pelo Veracruz, do México.

Em 1977 volta ao Peru, desta vez para jogar pelo Sporting Cristal.

Em 1978 é convocado para defender o Peru na Copa do Mundo da Argentina, disputando os seis jogos da Seleção Peruana na competição.

Oblitas em três momentos na Copa de 1978.
Aqui, contra a Escócia...

Neste lance, contra a Holanda...

E dominando a bola contra o Irã.

Sagra-se campeão peruano pelo Sporting Cristal em 1979 e 1980.

Em 1980 transfere-se para o futebol belga, onde joga pelo Seresien, da Segunda Divisão, com o qual consegue o acesso à Primeira Divisão em 1982.

Ainda em 1982 disputa pelo Peru a Copa do Mundo da Espanha.

Oblitas observa árbitro alemão que desequilibrou-se e caiu no gramado na partida entre Peru e Itália pela Copa do Mundo de 1982.

Em 1984 volta mais uma vez ao Peru para encerrar sua carreira de jogador aos 34 anos com um novo título nacional, em 1985, pelo Universitario.

Universitario campeão peruano de 1985.
Oblitas é o penúltimo à direita agachado, ao lado do goleiro Quiroga.


Também em 1985 disputou suas últimas partidas pela Seleção do Peru, válidas pelas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 1986 no México, à qual o Peru não conseguiu classificação.

Atuou ao todo em 64 partidas pela Seleção do Peru, anotando 11 gols.

Em 1987 inicia sua carreira de treinador, conquistando o título peruano de 1987 pelo Universitario.

Em 1990 deixa o Universitario e passa a treinar o Sporting Cristal, conquistando o campeonato peruano de 1991.

Em 1993 trabalha como assistente técnico da Seleção do Peru.

Ainda em 1993 retorna a treinar o Sporting Cristal, clube pelo qual conquista os campeonatos peruanos de 1994 e 1995.

Em 1996 passa a dirigir a Seleção do Peru, que não classificou-se ao Mundial de 1998 devido ao saldo de gols menor que o Chile, que ficou com a vaga.

Em 1999 conquista a Copa Kirin no Japão e chega às quartas-de-final da Copa América no Paraguai, eliminado nos pênaltis pela Seleção do México.

Volta então a treinar o Sporting Cristal, onde permanece até 2001.

Em 2003 treinou a Alajuelense, da Costa Rica e em 2004 passou pelo Universidad San Martín.

Ainda em 2004 passa a treinar a LDU Quito, clube com o qual chega às semifinais da Copa Sulamericana de 2004.

Em 2005 sagra-se campeão equatoriano pela LDU e novamente chega às semifinais da Copa Sulamericana.

Em 2007 passa a treinar novamente o Sporting Cristal, onde permaneceu até 2009.

Atualmente exerce a função de dirigente do Sporting Cristal.


terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

CAMPOS SALES

Manuel Ferraz de Campos Sales nasceu em Campinas, há exatos 170 anos, em 15 de fevereiro de 1841.

Advogado e político brasileiro, foi o terceiro Presidente do Estado de São Paulo, de 1896 a 1897, e o quarto Presidente da República, entre 1898 e 1902.

Bacharel em Direito pela Faculdade de Direito de São Paulo, Campos Sales ingressou, logo após se formar, em 1863, no Partido Liberal.

Em seguida, participou da criação do Partido Republicano Paulista (PRP), em 1873, sendo, portanto, um republicano histórico.

Foi deputado provincial de 1867 a 1871, vereador (1872), novamente deputado provincial (1881), deputado geral, (hoje deputado federal), de 1885 a 1888, e deputado provincial (1889), sempre pelo PRP.

Foi um dos três únicos republicanos a serem eleitos deputados gerais durante o Império do Brasil.

Com a proclamação da República, foi nomeado Ministro da Justiça do governo provisório de Deodoro da Fonseca quando promoveu a instituição do casamento civil e iniciou a elaboração de um Código Civil na República.

Substituiu o Código Criminal do Império de 1830, pelo Código Penal da República, através do decreto nº. 847, de 11 de outubro de 1890.

Elegeu-se Senador da República em 1891, mas renunciou ao cargo, em 1896, para se tornar Presidente do Estado de São Paulo, cargo que exerceu até 1897, quando renunciou para poder ser candidato à Presidência da República.

Na comissão de justiça do Senado Federal, trabalhou, entre outros, no projeto de lei sobre crimes de responsabilidade do Presidente da República.

Como Governador (na época se dizia Presidente do Estado), enfrentou um surto de febre amarela em todo o Estado de São Paulo, um conflito na colônia italiana na capital, uma onda de violência na cidade de Araraquara, no episódio que ficou conhecido como Linchaquara, e enviou tropas estaduais para combater na Guerra de Canudos.

Em 1 de março de 1898 foi eleito Presidente da República.

Teve 420.286 votos contra 38.929 votos do seu principal oponente, Lauro Sodré.

Seu Vice-Presidente foi Francisco de Assis Rosa e Silva.

Campos Sales sucedeu, em 15 de novembro de 1898, o Presidente Prudente de Morais, em uma época que a economia brasileira, baseada na exportação de café e borracha, não ia bem.

Campos Sales julgava que todos os problemas do Brasil tinham uma única causa: a desvalorização da moeda.

Campos Sales procurou escolher para seu ministérios, técnicos não ligados à política partidária, e se inspirou nos conselhos do presidente americano Benjamin Harrison para organizar sua administração.

Desenvolveu a sua Política dos Estados mais conhecida como "Política dos Governadores", através da qual afastou os militares da política e estabeleceu a República Oligárquica, segunda fase da República Velha.

Através da Política dos Estados, obteve o apoio do Congresso através de relações de apoio mútuo e favorecimento político entre o governo central, representado pelos Presidentes da República e os Estados, representados pelos respectivos Governadores, e Municípios, representados pelos coronéis.

Era preservada a autonomia e independência dos governos municipais e estaduais desde que os governos municipais apoiassem a política dos governos estaduais, e que, por sua vez, os governos estaduais apoiassem a política do governo federal.

Com esta forma de governar, Campos Sales conseguiu a estabilidade política do Brasil.

Esta política fora iniciada e testada, anteriormente, quando Campos Sales, como Governador de São Paulo, garantiu o poder local dos coronéis desde que eles se filiassem ao PRP e apoiassem os Governadores de São Paulo.

Campos Sales conseguiu também estabelecer um equilíbrio entre o poder dos estados, como o rodízio de mineiros e paulistas na Presidência e na Vice-Presidência da República, chamada política do café-com-leite.

Na economia, o Governo de Campos Sales decidiu que a resolução do problema da dívida externa era o primeiro passo a ser tomado.

Em Londres, o Presidente e os ingleses estabeleceram um acordo, conhecido como "funding loan".

Com esse acordo, suspendeu-se por 3 anos o pagamento dos juros da dívida; suspendeu-se por 13 anos o pagamento da dívida externa existente; o valor dos juros e das prestações não pagas se somariam à dívida já existente; a dívida externa brasileira começaria a ser paga em 1911, pelo prazo de 63 anos e com juros de 5% ao ano; as rendas da alfândega do Rio de Janeiro e Santos ficariam hipotecadas aos banqueiros ingleses, como garantia.

Então, livre do pagamento das prestações, Campos Sales pôde levar adiante a sua política de "saneamento" econômico.

Combateu a inflação, não emitindo mais dinheiro e retirando de circulação uma parte do papel-moeda emitido pelos governos anteriores.

Depois combateu os déficits orçamentários, reduzindo a despesa e aumentando a receita.

Joaquim Murtinho, Ministro da Fazenda, cortou o orçamento do Governo Federal, elevou todos os impostos existentes e criou outros.

Finalmente, dedicou-se à valorização da moeda, elevando o câmbio.

Sua política foi acusada de extremamente recessiva, para usarmos um termo atual, e chamada de "estagnação forçada", em linguagem da época.

Em 1899 o presidente da Argentina, Júlio Roca, visitou o Rio de Janeiro e, em 1900, Campos Sales retribuiu a sua visita, sendo recebido por um grande público, cerca de um quarto da população portenha, em Buenos Aires.

Campos Sales foi o primeiro Presidente brasileiro a viajar ao exterior.

Campos Sales governou até 15 de novembro de 1902, e conseguiu fazer seu sucessor, elegendo, em 1 de março de 1902, o Conselheiro Rodrigues Alves, paulista, como Presidente da República, e como Vice-Presidente, o mineiro Silviano Brandão, que faleceu, sendo substituído por outro mineiro, o Conselheiro Afonso Pena.

Após o mandato presidencial, foi Senador por São Paulo e diplomata na Argentina onde trabalhou com Júlio Roca, que também era diplomata e do qual ficara amigo quando ambos foram presidentes.

Durante as articulações para a eleição presidencial de 1914 seu nome chegou a ser lembrado para a Presidência da República, mas faleceu repentinamente, em 1913, quando passava por dificuldades financeiras.

É homenageado dando seu nome a uma cidade do Ceará: Campos Sales (Ceará), outra em São Paulo: Salesópolis, a uma importante avenida em Belo Horizonte, "Avenida Campos Sales", a uma rua em Campo Grande (Mato Grosso do Sul), a "Rua Presidente Manoel Ferraz de Campos Sales", onde está localizada a chefia do Ministério Público daquele estado.

Cruzando o Rio Tietê, ligando Barra Bonita a Igaraçu do Tietê, há a "Ponte Campos Sales", inaugurada em 1915, obra construída por iniciativa de Campos Sales.

Manuel Ferraz de Campos Sales,
quarto Presidente do Brasil