quinta-feira, 16 de junho de 2011

COPA DO MUNDO 1986, 25 ANOS PARTE 16: APOTEOSE BRASILEIRA!


O segundo dia das oitavas-de-final.

Foi aberto com outro duelo bem esperado nesta fase.

Brasil e Polônia iriam duelar por uma vaga nas quartas-de-final.

O Brasil havia se classificado em primeiro lugar no Grupo D.

Três vitórias em três jogos.

Embora com atuações modestas ante Espanha e Argélia.

A Polônia teve mais dificuldades.

Após um empate na estreia contra Marrocos.

Vitória sobre Portugal por 1 a 0.

A derrota para a Inglaterra por 3 a 0.

Na última rodada da primeira fase, com três gols de Lineker.

Derrubou a Polônia para o terceiro lugar no Grupo F.

Ainda assim a seleção do leste europeu se classificou.

Como segunda melhor terceira colocada.

Atrás apenas da Bélgica entre os terceiros colocados.

Brasil e Polônia já tinham se enfrentado três vezes em Copas.

A primeira no longíquo 1938.

Foi a primeira partida polonesa nas Copas do Mundo.

O Brasil venceu por 6 a 5, na prorrogação.

Após um empate em 4 a 4 no tempo normal.

Leônidas da Silva marcou três vezes neste jogo.

Mas o destaque mesmo foi outro.

O polonês Willimowski é até os dias de hoje.

O único jogador a marcar quatro vezes na mesma partida.

Contra a Seleção Brasileira.

Insuficientes para classificar seu país, que deu adeus à Copa.

A Polônia só viria participar de outro Mundial em 1974.

E os poloneses voltariam a enfrentar os brasileiros.

Pela decisão do terceiro lugar.

Vitória da Polônia, gol do artilheiro Lato, por 1 a 0.

Em 1978, novo confronto.

Pela segunda fase da Copa do Mundo da Argentina.

O Brasil bateu a Polônia por 3 a 1.

Insuficientes para levar o Brasil à Final.

Já que a Argentina fez 6 a 0 no Peru.

E classificou-se para jogar contra a Holanda.

A Polônia já era um time envelhecido.

Cinco dos seis titulares que jogariam contra o Brasil.

Eram titulares do time que fez excelente campanha em 1982.

Quando chegara ao terceiro lugar.

Mas era um time considerado forte.

O Brasil também era forte.

Mas ainda tinha a provar.

Vai para campo com o mesmo time.

Que venceu a Irlanda do Norte quatro dias antes.

16 de junho de 1986.

Meio-dia no estádio Jalisco, em Guadalajara.

Foi a Polônia quem assustou primeiro.

Num chute de Tarasiewicz, a bola vai na trave.

O Brasil responde com um chute de Müller.

Nas mãos de Mlynarczyk.

A Polônia parece mais incisiva.

Tarasiewicz manda um balaço no travessão de Carlos.

Assustando todos presentes no estádio.

O jogo está equilibrado.

O Brasil responde em jogada pelo meio.

Que termina com a queda de Careca dentro da área.

Empurrado por um zagueiro polonês.

Pênalti claro marcado pelo árbitro alemão Volker Roth.

São trinta minutos do primeiro tempo.

Sócrates vai para a cobrança.

É gol do Brasil!

Sem tomar muita distância, uma cobrança perfeita!

No alto, no canto oposto ao do goleiro.

O Brasil está na frente, 1 a 0.

Mas a Polônia não está morta no jogo.

Przybys dá lugar a Furtok.

Um minuto depois, outro chute perigoso de Tarasiewicz.

Carlos se mostra seguro.

A Polônia tem outra chance numa cobrança de falta.

Em jogada ensaiada, Karas mandou o chute.

Mas Carlos garantiu a defesa.

O polonês Boniek observado por Júnior
em duelo entre ambos na Copa de 1986.

Vem então o segundo tempo.

E o Brasil tem mais sorte no jogo.

Em cobrança de falta, Sócrates chuta a bola na barreira.

Na sobra, Josimar, em jogada individual.

Chuta cruzado para marcar um golaço.

É mais um gol brasileiro!

Outro dos mais bonitos da Copa, de Josimar!

2 a 0 Brasil, muita comemoração por parte dos brasileiros.

No campo e nas arquibancadas.

O Brasil dava um grande passo rumo à classificação.

Josimar acerta o ângulo do goleiro polonês na marcação
do segundo gol brasileiro contra a Polônia em 1986.

Mas a Polônia ainda insistia.

Outra vez Tarasiewicz.

Num chute em cobrança de falta.

Em outra investida, Boniek quase marca um golaço.

De bicicleta, aproveitando um cruzamento de Dziekanowski.

Mas Carlos estava mesmo com sorte.

A bola foi para fora.

Em seguida, Sócrates dá lugar a Zico.

Silas entra no lugar de Müller.

Um pouco mais recuado.

Brasil passou a explorar o contra-ataque.

Um deles, puxado por Careca, culminou num gol de Edinho.

Em outro golaço com toque de calcanhar de Careca.

E o goleiro Mlynarczyk no chão após drible.

3 a 0 Brasil, esplêndido!

Inacreditável.

O Brasil passava a agradar e saciar a fome de todos.

Que estavam ávidos por um bom futebol e uma boa vitória.

O Brasil dava show dezesseis anos depois no México.

Edinho comemora seu gol contra a Polônia em 1986.

Mas a Polônia não desistiu.

O veterano Zmuda entrou no lugar de Urban.

Era sua quarta Copa do Mundo.

A Polônia foi ao ataque com Majewski.

Que caiu na área, mas o juiz não deu o pênalti.

Nada houve.

Houve sim pênalti para o Brasil no lance seguinte.

Em outro contra-ataque, este puxado por Zico.

O Galinho foi derrubado na área pelo goleiro polonês.

Pênalti indiscutível.

Já eram 38 minutos do segundo tempo.

Quando Careca pegou a bola para chutar no canto.

Mlynarczyk desviou a bola, que bateu na trave.

Mas em seguida entrou no gol para lamentação dele.

Brasil, sorte lá atrás, sorte lá na frente.

Era o quarto gol brasileiro!

Careca, de pênalti, fazia seu quarto gol na Copa.

E se tornava o artilheiro, junto a Belanov, Altobelli e Larsen.

Zico e Careca correm para comemorar o quarto gol brasileiro
contra a Polônia em 1986.

O jogo estava no fim.

Só restava o olé brasileiro.

Inacreditáveis 4 a 0 no placar de Guadalajara.

O Brasil estava classificado.

A Polônia se despedia da Copa.

Festa e um pouco de incredulidade brasileira.

O Brasil jogava sua melhor partida no torneio.

Num momento importante, crescia na competição.

Era a apoteose deste time de Telê Santana.

Desconfiado.

Deixava a dever para o de 1982, diziam.

Mas seguia bonito, com goleada, para as quartas-de-finais.

Brasil que iria esperar o vencedor de Itália e França.

Onde o fim dessa história seria diferente.

Desta inquestionável apoteose brasileira.

Há exatos 25 anos...



Ficha do jogo
16 de junho de 1986
Brasil 4 x 0 Polônia

Estádio Jalisco, Guadalajara, México.
Árbitro: Volker Roth (Alemanha Ocidental).
Público: cerca de 45.000 pessoas.

Gols: Sócrates (Brasil), 30 do primeiro tempo; Josimar (Brasil), 10 do segundo tempo; Edinho (Brasil), 34 do segundo tempo; Careca (Brasil), 38 do segundo tempo.

Brasil: Carlos; Josimar, Edinho (c), Júlio César e Branco; Júnior, Alemão, Sócrates (Zico) e Elzo; Müller (Silas) e Careca. Técnico: Telê Santana.

Polônia: Mlynarczyk; Przybys (Furtok), Ostrowski, Tarasiewicz e Karas; Wojcicki, Majewski, Urban (Zmuda) e Boniek; Dziekanowski e Smolarek. Técnico: Antoni Piechniczek.


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