sábado, 18 de junho de 2011

COPA DO MUNDO 1986, 25 ANOS PARTE 18: O FIM DA DINAMÁQUINA.


último jogo das oitavas-de-final da Copa do Mundo de 1986.

Envolvia duas equipes europeias de grande porte.

A Espanha, vice-campeã continental em 1984.

E a Dinamarca, semi-finalista do mesmo torneio.

Os dinamarqueses tinham feito uma campanha impecável.

Três vitórias em três jogos no Grupo E.

Incluindo inesquecíveis exibições contra Uruguai e Alemanha.

Que lhe valeram o apelido de "Dinamáquina".

A Espanha classificou-se em segundo lugar no Grupo D.

Após derrota na estreia para o Brasil.

Vitórias sobre Irlanda do Norte e Argélia.

México, BélgicaBrasil, Argentina.

França, Alemanha Ocidental e Inglaterra.

Já estavam classificados para as quartas-de-final.

18 de junho de 1986.

Estádio La Corregidora, em Querétaro.

Dinamarca e Espanha.

Jogam pela última vaga nas quartas-de-final.

O holandês Jan Keizer apita o início de jogo.

E a "Dinamáquina" começa a funcionar.

Mesmo desfalcada de Arnesen.

Expulso nos últimos instantes contra a Alemanha Ocidental.

Numa descida pela direita, após cruzamento.

O ataque dinamarquês perde a primeira chance.

A Espanha responde pelo lado esquerdo.

Julio Alberto vai até a linha de fundo e chuta forte para o gol.

O chute encobre o goleiro Hogh mas vai no travessão.

A Dinamarca é veloz.

Numa investida pelo meio, Elkjär-Larsen recebe.

Chute forte, mas para fora.

O dinamarquês Jesper Olsen em disputa de bola
contra o espanhol Butragueño, em 1986.

Em outra investida, Elkjär-Larsen lança Berggreen.

Que penetra na área e é derrubado por Gallego.

Pênalti claro marcado pelo árbitro holandês.

Jesper Olsen com a perna esquerda.

Cobra de forma perfeita, deslocando o goleiro Zubizarreta.

Está aberto o placar em Querétaro.

Contudo.

Este foi a última vez que a "Dinamáquina" funcionou.

A partir de então.

O dínamo emperrou.

E o nome do jogo dali em diante foi outro.

Emilio Butragueño.

A Espanha começa a reagir com uma jogada pela direita.

Após disputa de bola, o lançamento na área.

Michel toca de cabeça para trás.

Mas Julio Alberto não consegue aproveitar a sobra.

Chuta para fora.

A Dinamarca ainda chega.

Michael Laudrup e Elkjär-Larsen tabelam próximo à área.

O lance culmina com o chute de Elkjär-Larsen para fora.

Em outra descida dinamarquesa.

Michael Laudrup, Elkjär-Larsen e Jesper Olsen.

Tramam jogada pela direita em que Olsen penetra na área.

Outro chute para fora.

Elkjär-Larsen tenta levar a Dinamarca à frente
contra a Espanha em 1986.

O lance seguinte seria fatal para a Dinamarca.

Já no fim do primeiro tempo.

Após o tiro de meta curto de Hogh.

Num lance parecido com o de Toninho Cerezzo na Copa de 1982.

A defesa atrasa mal.

Butragueño aparece cara a cara com Hogh.

Num lance de oportunismo, empurra a bola para as redes.

É o gol de empate espanhol.

De graça.

No segundo tempo, Salinas dá lugar a Eloy.

E a Espanha vira o jogo.

Victor cobra escanteio na área.

Na cabeça de Camacho, que toca para Butragueño.

O artilheiro espanhol cabeceia certeiro na meta de Hogh.

A defesa dinamarquesa, estática, nada pôde fazer.

Espanhóis comemoram o segundo gol contra a Dinamarca
no duelo entre ambos pelas oitavas-de-final em 1986.

A Dinamarca parecia parada.

Nervosa.

Tenta reagir sem sucesso num chute de longe de Elkjär-Larsen.

Andersen sai para a entrada de Eriksen.

Mas os erros da defesa permanecem.

Butragueño rouba uma bola e passa para Michel.

Hogh defende, Eloy pega a sobra e por pouco não marca.

Não fez falta.

O terceiro gol espanhol veio na sequência.

Após lançamento longo de Michel para Butragueño.

O espanhol, que estava endiabrado naquela tarde.

Invade a área e somente é parado com falta.

Pênalti marcado para os espanhóis.

Goikoetxea bate forte no canto esquerdo de Hogh.

Balança as redes e marca o terceiro gol da Espanha.

Precisando do resultado, a Dinamarca mexe de novo.

Jesper Olsen dá lugar a Molby.

Porém nada conseguiu desemperrar a "Máquina".

Quem trabalhava bem mesmo naquela tarde era Butragueño.

Numa descida do ataque espanhol pelo lado direito.

Num passe de Michel para Eloy.

Que cruza para a área e encontra Butragueño.

Sozinho, livre, para mandar para as redes.

E ir comemorar junto ao banco espanhol.

Butragueño corre para comemorar após marcar
o quarto gol da Espanha contra a Dinamarca em 1986.

A "Dinamáquina" estava próxima do fim.

A Espanha ainda marcaria mais um.

Butragueño em jogada individual pela esquerda.

É mais uma vez derrubado na área da Dinamarca.

Pênalti marcado que o próprio Butragueño cobra.

Também forte, desta vez no canto direito de Hogh.

Butragueño marca o seu quarto gol na partida.

É o artilheiro isolado da Copa, com cinco gols.

Decretando o fim de um futebol.

Que ficou mesmo na lembrança de todos nós.

A Dinamarca só voltou para a Copa doze anos depois.

Na França, em 1998, conseguiu chegar às quartas-de-final.

Ainda com Michael Laudrup.

O último remanescente daquele futebol.

Mas a "Dinamáquina" nunca mais surgiu.

Foi embora depois daquela tarde mágica de Butragueño.

Há exatos 25 anos...



Ficha do jogo
18 de junho de 1986
Espanha 5 x 1 Dinamarca

Estádio La Corregidora, Querétaro, México.
Árbitro: Jan Keizer (Holanda).
Público: cerca de 38.500 pessoas.

Gols: Jesper Olsen (Dinamarca), 33 do primeiro tempo; Butragueño (Espanha), 43 do primeiro tempo; Butragueño (Espanha), 12 do segundo tempo; Goikoetxea (Espanha), 23 do segundo tempo; Butragueño (Espanha), 35 do segundo tempo; Butragueño (Espanha), 44 do segundo tempo.

Espanha: Zubizarreta; Tomás, Gallego, Goikoetxea e Camacho (c); Julio Alberto, Victor, Michel (Francisco) e Calderé; Butragueño e Salinas (Eloy). Técnico: Miguel Muñoz.

Dinamarca: Hogh; Busk, Morten Olsen (c), Ivan Nielsen e Andersen (Eriksen); Berggren, Jesper Olsen (Molby), Bertelsen e Lerby; Michael Laudrup e Elkjär-Larsen. Técnico: Sepp Piontek.
 

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