sexta-feira, 22 de julho de 2011

COPA RIO, 1951

Em janeiro de 1951.

O jornal O Globo Sportivo destacou a notícia.

De que o então presidente da FIFA, Jules Rimet.

Concedia o apoio da entidade presidida por ele.

Ao torneio que a CBD almejava realizar no Rio de Janeiro.

Nomeou oficialmente o italiano Ottorino Barassi.

Para o comitê organizador daquela disputa.

O entusiasmo criado em torno da competição era latente.

Tanto que a Associação Uruguaia de Futebol.

Suspendeu o campeonato nacional durante um mês.

Entre o final de junho e julho de 1951.

Para que o Nacional de Montevidéu disputasse a competição.

Fato idêntico ocorreu em São Paulo.

Onde o campeonato paulista foi igualmente paralisado.

A FIFA indicou ainda os árbitros das partidas.

E a Final contou com a presença de seu vice-presidente.

Ottorino Barassi, para efetuar a entrega do troféu ao vencedor.

A Copa Rio 1951.

Foi uma competição internacional de clubes.

Disputada por oito equipes da Europa e América do Sul.

Entre 30 de junho e 22 de julho de 1951.

Nos estádios do Pacaembu e do Maracanã.

Nas cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro.

Olympique de Nice, da França.

Campeão francês da temporada 1950-1951.


FK Estrela Vermelha, da Iugoslávia.

Campeão iugoslavo em 1951.


Juventus FC, da Itália.

Campeão italiano da temporada 1949-1950.


Club Nacional de Futbol, do Uruguai.

Campeão uruguaio em 1950.

FK Austria Viena, da Áustria.

Campeão austríaco da temporada 1949-1950.

Sporting Clube de Lisboa, Portugal.

Campeão português da temporada 1950-1951.


Clube de Regatas Vasco da Gama, do Rio de Janeiro.

Campeão carioca em 1950.


Sociedade Esportiva Palmeiras, de São Paulo.

Campeão paulista em 1950.


Eram os times a participar do torneio.

A maior parte da imprensa esportiva brasileira.

Apontava o Vasco da Gama como o grande favorito.

Na abertura da competição, no dia 30 de junho.

O Palmeiras goleou o Nice no Pacaembu por 3 a 0.

E o Austria Viena passou pelo Nacional do Uruguai por 4 a 0.

Nova goleada ocorreu no dia seguinte.

O Vasco da Gama trucidou o Sporting Lisboa por 5 a 1.

E a Juventus passou pelo Estrela Vermelha por 3 a 2.

Juventus, Palmeiras e Vasco.

Voltariam a vencer na rodada seguinte.

Destaque para nova goleada do Vasco, também por 5 a 1.

Desta vez sobre o Austria Viena.

Juventus e Palmerias já estavam classificados portanto.

E fizeram o jogo de despedida na primeira fase.

Tendo o time italiano goleado os palestrinos por 4 a 0.

O Nice, em sua despedida, venceu o Estrela Vermelha por 2 a 1.

Já no Grupo do Rio de Janeiro.

O Vasco havia garantido a classificação com as duas goleadas.

E ainda bateu o Nacional do Uruguai por 2 a 1 no Maracanã.

O Austria Viena ficou com a última vaga.

Ao vencer o Sporting Lisboa por 2 a 1, também no Maracanã.

As semifinais ocorreram em dois jogos.

No dia 12 de julho, os primeiros confrontos.

Em São Paulo, o Juventus empata com o Austria Viena.

3 a 3 no Pacaembu.

E no Maracanã, o Palmeiras passa pelo Vasco por 2 a 1.

O segundo jogo da semifinal de São Paulo.

Ocorreu no dia 14 de julho.

O Juventus passou pelo Austria Viena por 3 a 1.

E garantiu a sua vaga na Finalíssima.

No dia seguinte, quem se classificou foi o Palmeiras.

Ao empatar em 0 a 0 com o Vasco da Gama no Maracanã.

A Final também ocorreu em dois jogos.

O primeiro em São Paulo, tendo o Palmeiras vencido por 1 a 0.

Com um gol de Rodrigues, no primeiro tempo.

Dando a vantagem ao time verde de jogar por um empate.

A segunda partida seria disputada no Rio de Janeiro.

22 de julho de 1951.

Mais de cem mil pessoas estão no Maracanã.


Ninguém se iludiu de que o Juventus poderia ser superado.

Sem antes exigir um supremo esforço dos palmeirenses.

Foi o que sucedeu.

O público de todo o Brasil.

Não queria saber de um Maracanazo na Taça Rio.

Como ocorrera uma ano antes, na Copa do Mundo.

E de fato tal não sucedeu.

Apesar de Praest ter aberto o placar para os italianos.

Que levaram a vantagem para o vestiário no intervalo.

Rodrigues deixou tudo igual para os brasileiros.

Logo na volta para o segundo tempo.

A angústia se apoderou de todos quando a Juventus.

Passou a um contra ataque que lhe deu o segundo gol.

A massa torcedora passou junto aos rádios a desesperar.

Idêntica marcha de contagem.

Igual à da partida Brasil x Uruguai.

Não poderia ser que os brasileiros.

Tivessem outra vez que se desesperar ao máximo.

Ouvindo os rádios anunciarem outra derrota.

Foi por isso que todos os torcedores quase enlouqueceram.

De alegria.

Quando ouviram que acabava de entrar a segunda bola.

Nas redes da Juventus de Turim, gol de Liminha!


Agora já não se perderia mais.

O empate era a vitória da Taça Rio, na certa.

Findo o jogo, o Maracanã parecia explodir de contentamento.

E até altas horas da noite se ouviram gritos.

De Palmeiras, Campeão do Mundo!


Foi uma apoteose verdadeira.

O futebol brasileiro tinha, enfim, o seu título mundial.

Há exatos 60 anos!...


Ficha do jogo
22 de julho de 1951
Palmeiras 2 x 2 Juventus

Estádio do Maracanã, Rio de Janeiro.
Árbitro: Gaby Tordjman (França).
Público: 100.933 pessoas.

Gols: Praest (Juventus), 18 do primeiro tempo; Rodrigues (Palmeiras), 02 do segundo tempo; Boniperti (Juventus), 18 do segundo tempo; Liminha (Palmeiras), 32 do segundo tempo.

Palmeiras: Fábio; Salvador e Juvenal; Túlio, Luís Villa e Dema; Lima, Ponce de León (Canhotinho), Liminha, Jair Rosa Pinto e Rodrigues. Técnico: Ventura Cambon.

Juventus: Giovanni Viola; Bertucceli e Manente; Mari, Parola e Bizzoto; Miccinelli, Karl Hansen, Boniperti, Johan Hansen e Praest. Técnico: Jesse Carver.



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