O Brasil sentiu o gosto amargo da derrota pela primeira vez no Sul-Americano sub-20.
Para tornar esse prato ainda mais indigesto, o resultado negativo foi justamente contra a Argentina.
Os portenhos, no entanto, venceram por 2 a 1 com direito a um gol logo no início, fruto de pênalti infantil cometido por Juan, e contaram também com a ajuda do árbitro boliviano Wilmar Rondán e o destempero dos brasileiros para conquistar o resultado, neste domingo, no Estádio Monumental UNSA, em Arequipa.
Funes Mori abriu o placar logo aos 7 minutos de jogo, mas Willian José conseguiu o empate na segunda etapa e, em uma bobeira da equipe brasileira, Iturbe definiu a vitória para os argentinos.
Com o resultado, os planos de conseguir uma vaga para as Olimpíadas ficaram um pouco mais difíceis, já que o Uruguai é, agora, o novo líder do hexagonal final, com sete pontos.
A Argentina se igualou ao Brasil com seis, enquanto o Equador subiu a cinco.
Colômbia, com um ponto, e Chile, ainda sem pontuar, estão eliminados do Sul-Americano sub-20.
Apesar de marcar uma penalidade e mostrar o cartão vermelho no lance ao zagueiro brasileiro Juan de forma acertada, o juiz boliviano da partida foi omisso em diversos lances, principalmente no primeiro tempo.
As seguidas faltas claras sofridas pelos jogadores do Brasil e não marcadas pelo árbitro acabaram desestabilizando a seleção sub-20, que não teve calma para impor sua superioridade técnica e se deixou levar, muitas vezes, pela catimba adversária.
A equipe brasileira, no entanto, também sofreu pelo acaso.
No primeiro minuto da partida, o zagueiro e capitão Bruno Uvini caiu sozinho no gramado e teve de ser substituído por Saimon.
Seis minutos depois, com a expulsão de Juan, o técnico Ney Franco teve de sacrificar outra troca, e sacou o meia Oscar para a entrada de Romário.
Em vantagem no placar e com um homem a mais, a Argentina passou então a segurar o jogo e usar da catimba para irritar os brasileiros.
Em vantagem no placar e com um homem a mais, a Argentina passou então a segurar o jogo e usar da catimba para irritar os brasileiros.
A estratégia funcionou e, com a conivência da arbitragem, irritou todo o grupo do Brasil.
O técnico Ney Franco, que durante a semana chegou a afirmar que precisaria controlar a motivação dos seus atletas, foi um dos mais irritados à beira do gramado.
Na única oportunidade que o Brasil conseguiu manter a calma e fazer uma jogada, Neymar quase marcou de cabeça.
Na única oportunidade que o Brasil conseguiu manter a calma e fazer uma jogada, Neymar quase marcou de cabeça.
Mas aí foi a vez de Andrada mostrar porque é apontado como um dos principais jogadores do seu time e fazer uma grande defesa.
Na segunda etapa, novamente empurrado pela torcida que compareceu ao Monumental UNSA, o Brasil mostrou mais calma.
Na segunda etapa, novamente empurrado pela torcida que compareceu ao Monumental UNSA, o Brasil mostrou mais calma.
Com a cabeça no lugar, o gol brasileiro não demorou a sair, com Willian José.
A motivação com o empate, no entanto, logo se transformou em frustração.
A motivação com o empate, no entanto, logo se transformou em frustração.
Logo após a saída de Willian José, que sofreu com câimbras, uma desatenção da defesa deixou a bola livre para Iturbe.
No seu melhor estilo, o atacante arrancou pelo meio, driblou os zagueiros brasileiros e deixou a Argentina novamente em vantagem.
Mesmo com o esforço de alguns atletas, como Saimon, Fernando e Lucas, o Brasil voltou a mostrar descontrole e se deixar levar pela catimba argentina, fato que ajudou a definir a derrota.
Mesmo com o esforço de alguns atletas, como Saimon, Fernando e Lucas, o Brasil voltou a mostrar descontrole e se deixar levar pela catimba argentina, fato que ajudou a definir a derrota.
Um dos reflexos desse destempero foi Neymar, que empurrou desnecessariamente o goleiro adversário, recebeu cartão amarelo, e será desfalque na próxima partida da seleção brasileira, nesta quarta-feira, às 21h10 (0h10 de Brasília), contra o Equador.
* Publicado no UOL às 0:14 hs.
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