Ex-ministra de Minas e Energia, a presidente Dilma Rousseff começou o dia ontem furiosa com o blecaute, que ocorreu em meio às mudanças que ela patrocina no comando das estatais do setor elétrico.
Desde cedo, ela disparou ligações para todas as áreas responsáveis, como o Ministério de Minas e Energia, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e o Operador Nacional do Sistema (ONS).
O próprio ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, comunicou, na madrugada de ontem, a ocorrência do apagão a Dilma.
Lobão disse que a presidente o orientou a tomar todas as providências.
Lobão disse que a presidente o orientou a tomar todas as providências.
Mas, segundo interlocutores, Dilma, dona de um temperamento explosivo, foi enérgica com todos, pediu detalhes e ordenou providências com transparência.
Pela manhã, ela se reuniu com Lobão e mandou que ele desse uma entrevista coletiva para explicar o que ocorrera.
À tarde, o ministro voltou ao Palácio do Planalto para nova reunião com Dilma.
Saiu sem dar declarações.
Politicamente, o blecaute ocorreu numa hora ruim: a troca de comando nas estatais elétricas, justamente num momento em que Dilma queria aproveitar para reforçar seu compromisso com a profissionalização do setor.
Politicamente, o blecaute ocorreu numa hora ruim: a troca de comando nas estatais elétricas, justamente num momento em que Dilma queria aproveitar para reforçar seu compromisso com a profissionalização do setor.
As mudanças começaram com Furnas, onde está tentando banir a influência do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a partir da indicação de Flávio Decat para a presidência.
Outras mudanças ocorrerão na holding Eletrobras e em suas subsidiárias.
Outras mudanças ocorrerão na holding Eletrobras e em suas subsidiárias.
Incluindo a Chesf, sob cujo guarda-chuva está a hidrelétrica de Sobradinho e a subestação de Luiz Gonzaga, ambas na Bahia.
Por outro lado, o apagão reforça a opinião de Dilma de que as elétricas têm de estar sob o comando de técnicos, e não políticos.
No meio da tarde, o porta-voz interino da Presidência, Rodrigo Baena, leu um comunicado de três linhas no qual informava que a presidente havia determinado que os órgãos responsáveis pela energia reforcem a fiscalização preventiva do sistema.
No meio da tarde, o porta-voz interino da Presidência, Rodrigo Baena, leu um comunicado de três linhas no qual informava que a presidente havia determinado que os órgãos responsáveis pela energia reforcem a fiscalização preventiva do sistema.
A mesma ordem foi dada a Lobão, para que ele a repassasse às empresas geradoras.
"A presidente, de nenhuma forma, minimizou o problema. Tanto éque determinou à Aneel que reforçasse a fiscalização preventiva e também mandou que o ministro Lobão cobrasse das empresas geradoras de energia um reforço na manutenção do serviço. Ela, de fato, ficou preocupada e pediu que fossem tomadas as providências".
"A presidente, de nenhuma forma, minimizou o problema. Tanto éque determinou à Aneel que reforçasse a fiscalização preventiva e também mandou que o ministro Lobão cobrasse das empresas geradoras de energia um reforço na manutenção do serviço. Ela, de fato, ficou preocupada e pediu que fossem tomadas as providências".
* Publicado hoje no Diario de Pernambuco.
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