O Conselho Superior das Forças Armadas, que comanda o Egito desde a queda do ditador Hosni Mubarak, anunciou neste domingo a dissolução do Parlamento egípcio, eleito em dezembro, e a suspensão da Constituição, segundo um comunicado lido neste domingo na TV estatal.
Ainda segundo o comunicado, o período de transição após a renúncia de Mubarak terá duração de seis meses.
Em seguida, serão realizadas eleições.
A definição de prazos atende a uma das principais exigências dos manifestantes.
Neste domingo, segundo dia após a queda de Mubarak, centenas de manifestantes continuam acampados na praça Tahrir, epicentro dos protestos.
O clima chegou a ficar tenso entre os militares, que querem liberar a praça para normalizar o tráfego na região, e manifestantes, que insistem em ficar no local até que todas as suas demandas sejam atendidas.
Tiros foram disparados, segundo a agência Reuters.
Também hoje o primeiro-ministro Ahmad Shafiq fez seu primeiro pronunciamento após a queda de Mubarak.
"A prioridade deste governo é restaurar a segurança e facilitar a vida cotidiana da população", disse Shafiq em entrevista coletiva.
* Publicado no UOL às 11:19 hs.
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