segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

BENJAMIN FRANKLIN

Benjamin Franklin nasceu em Boston há exatos 305 anos, em 17 de janeiro de 1706.

Foi jornalista, editor, autor, filantropo, abolicionista, funcionário público, cientista, diplomata, inventor e enxadrista.

Benjamin foi o 15º. filho de 20 crianças nascidas de dois casamentos de seu pai.

Deixou os estudos aos dez anos de idade e aos doze começou a trabalhar como aprendiz do seu irmão, James, um impressor que publicava um jornal chamado "New England Courant".

Tornou-se um contribuidor desta publicação e foi por algum tempo o seu editor nominal.

Morou em seguida em Nova York e na Filadélfia, onde chegou em outubro de 1723.

Após alguns meses, foi para Londres, onde voltou a trabalhar como compositor tipográfico, até que um mercador chamado Thomas Denham o fizesse regressar a Filadélfia, dando-lhe uma posição na sua empresa.

Em 1732 começou a publicar o famoso "Almanaque do Pobre Ricardo", no qual se baseia uma boa parte da sua reputação popular nos EUA.

Provérbios deste almanaque tais como "um tostão poupado é um tostão ganho", são hoje muito conhecidos em todo o mundo.

Franklin e muitos outros maçons juntaram os seus recursos em 1731 e iniciaram a construção da primeira biblioteca pública da Filadélfia.

Fundaram para esse fim uma empresa, que encomendou os seus primeiros livros em 1732, na sua maioria livros de teologia e educacionais, mas em 1741 a biblioteca também incluía obras de história, geografia, poesia e ciência.

O sucesso desta empreitada encorajou a abertura de bibliotecas em outras cidades americanas e Franklin sentiu que este iluminismo fazia parte da luta das colônias na defesa dos seus interesses.

Em 1758, ano em que ele deixou de escrever para o almanaque, imprimiu "O sermão do pai Abraão", hoje considerado como o texto mais famoso da literatura produzida na América dos tempos coloniais.

Entretanto, Franklin estava preocupado cada vez mais com os assuntos públicos.

Fundou a Universidade da Pensilvania e a Sociedade Filosófica Americana, com o fim de fomentar a comunicação das descobertas entre os homens da ciência.

A partir de 1748 passou a se dedicar mais aos seus estudos, uma vez que tinha adquirido até então uma riqueza notável.

Num espaço de poucos anos ele fez descobertas sobre a eletricidade que lhe trouxeram uma reputação internacional.

Franklin identificou as cargas positivas e negativas e demonstrou que os raios são um fenômeno de natureza elétrica.

Franklin tornou esta teoria inesquecível através da experiência extremamente perigosa de fazer voar uma pipa durante a trovoada, em 1 de outubro de 1752.

Franklin, nos seus escritos, demonstra que estava consciente dos perigos e dos modos alternativos de demonstrar que o trovão era elétrico.

Se Franklin fez a experiência, ele não a fez da forma descrita.

Ela teria sido fatal.

Entre as invenções de Franklin incluem-se o pára-raios e as lentes bifocais.

Franklin estabeleceu duas áreas de estudo importantes das ciências naturais: eletricidade e meteorologia.

Na sua obra clássica "A história das teorias da eletricidade e do éter", Edmund Whittaker refere-se à inferência de Franklin de que, quando se esfrega uma substância, não se cria nenhuma carga elétrica, mas esta é apenas transferida, de modo que a quantidade total em qualquer sistema isolado é invariável.

Esta asserção é conhecida como o Princípio da Conservação da Carga.

Como tipógrafo e editor de jornais, Franklin frequentava os mercados dos agricultores para angariar notícias.

Um dia, Franklin notou que a notícia que dava conta de uma tormenta num lugar distante da Pensilvânia deveria ser a mesma tormenta que visitou a Filadélfia em dias recentes.

Foi o impulso que o levou à noção de que algumas tormentas se deslocam, o que levou aos mapas sinóticos da meteorologia dinâmica, substituindo a dependência única pelos gráficos da climatologia.

Em 1751, Franklin e Thomas Bond obtiveram o alvará da legislatura da Pensilvânia para estabelecer um hospital.

Este seria o primeiro hospital a ser criado nos Estados Unidos da América.

Na política, Benjamin Franklin provou ser um hábil administrador e também uma figura controversa.

O seu bom registo como administrador é manchado pelo uso pessoal da sua influência no avanço da riqueza monetária dos seus familiares.

O seu mais notável serviço à política doméstica consistiu na reforma do sistema postal.

Mas ganhou fama especialmente como estadista e com os seus serviços diplomáticos.

Também esteve envolvido na criação do primeiro corpo de bombeiros voluntário dos EUA e muitos outros empreendimentos cívicos.

Liderou a delegação da Pensilvânia ao congresso de Albany.

Este encontro de várias colônias tinha sido requerido pela associação comercial (Board of Trade) inglesa para melhorar as relações com os índios na defesa perante os franceses.

Franklin propôs um amplo plano de união para as colônias.

Apesar do plano não ter sido adotado, elementos dele encontraram posteriormente lugar nos artigos da Constituição Americana.

Em dezembro de 1776 foi enviado para França como emissário dos Estados Unidos.

Ao chegar a França, toma parte ativa num trabalho de depuração e de unificação da maçonaria, iniciado em 1773 com a criação do Grande Oriente, e que vem a culminar em 1780.

Franklin era um dos principais dignitários da maçonaria americana.
Benjamin Franklin permaneceu na França até 1785, tendo sido muito apreciado na sociedade parisiense.

Pediam-lhe conselhos.

Franklin era tão popular que se tornou chique para famílias ricas francesas decorar os seus salões com um quadro dele.

Após o seu retorno da França em 1785, ele tornou-se um abolicionista da escravatura, tendo-se tornado presidente da Sociedade promotora da abolição da escravatura e da libertação dos negros ilegalmente retidos em cativeiro.

Benjamin Franklin morreu na Filadélfia, em 17 de abril de 1790.

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