quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

GIUSEPPE VERDI

Giuseppe Fortunino Francesco Verdi nasceu em Roncole, Itália, em 10 de outubro de 1813.

Compositor de óperas do período romântico italiano, foi considerado na época o maior compositor nacionalista da Itália, assim como Richard Wagner era na Alemanha.

Foi um dos compositores mais influentes do século XIX.

Suas obras são executadas com frequência em casas de ópera em todo o mundo e, transcendendo os limites do gênero, alguns de seus temas já estão há muito enraizados na cultura popular em todo o mundo.

Embora sua obra tenha sido algumas vezes criticada por usar de modo geral a expressão musical diatônica, em vez de uma cromática, e com uma tendência de melodrama, as obras-primas de Verdi dominam o repertório padrão um século e meio depois de suas composições.

Giuseppe Verdi era filho de Carlo Verdi e de Luisa Utini, e nasceu na pequena localidade de Roncole, um lugarejo perto de Busseto, então no departamento de Taro, que fazia parte do Primeiro Império Francês, após a anexação do Ducado de Parma e Piacenza.

Quando era criança, os pais de Verdi mudaram-se de Piacenza para Busseto, onde a educação do futuro compositor foi facilitada pelas visitas à grande biblioteca da escola jesuítica local.

Também em Busseto, Verdi teve suas primeiras lições de composição.

Verdi mudou-se para Milão quando tinha vinte anos para continuar seus estudos.

Ele teve aulas particulares de contraponto enquanto atendia a performances operísticas, como também concertos, especialmente de música alemã.

Todos em Milão estavam convencidos de que Verdi deveria seguir carreira como compositor teatral.

Durante a metade da década de 1830, ele apresentou-se nos salões Salotto Maffei em Milão.

Voltando a Busseto, passou a atuar como mestre de capela e maestro da banda.

Posteriormente, com o suporte de Antonio Barezzi, um mercador local e amante da música, Verdi apresentou sua primeira performance pública na casa de Barezzi, em 1830.

Verdi acabou apaixonando-se por Margherita, filha de Barezzi e sua aluna de música.

Eles casaram-se em 4 de maio de 1836 e Margherita deu a luz a duas crianças: Virginia e Icilio.

Ambos morreran na infância, enquanto Verdi trabalhava em sua primeira ópera (Oberto) e Margherita acabou falecendo em 18 de junho de 1840, com apenas 27 anos, enquanto ele compunha sua segunda ópera (Un Giorno di Regno).

Verdi acabou devastado pela morte precoce de sua esposa e de suas duas filhas e prometeu que não voltaria a compor.

No entanto, foi persuadido a voltar a compor.

Um grande número de óperas - 14 no total - foram compostas na década após 1843, um período que Verdi descreveu como seus "melhores anos".

Nesse período, ele compôs I Lombardi (1843) e Ernani (1844).

Para muitos, a mais original e importante ópera de Verdi escrita foi Macbeth, em 1847.

Pela primeira vez, Verdi fez uma ópera sem uma história de amor, quebrando a tradição de óperas italianas do século XIX.

Em 1847, I Lombardi, que foi revisada e renomeada para Jerusalém, foi produzida pela Ópera de Paris.

Em algum momento da década de 1840, após a morte de Margherita Barezzi, Verdi iniciou um romance com Giuseppina Strepponi, uma soprano já no crepúsculo da sua carreira.

A coabitação de ambos antes do casamento foi vista como escândalo em alguns dos lugares em que viveram.

Verdi e Giuseppina casaram-se em 29 de agosto de 1859, em Collonges-sous-Salève, perto de Genebra.

Quando os anos de afastamento social chegaram ao fim, Verdi criou uma de suas maiores obras-primas, Rigoletto, que estreou em Veneza em 1851.

Com Rigoletto, Verdi criou sua ideia original do drama musical como um coquetel de elementos heterogêneos, encarnando a complexidade social e cultural e fazendo uma mistura de comédia e tragédia.

As outras duas maiores óperas de Verdi foram compostas nesse período: em 1853, Il Trovatore, sendo produzida em Roma e La Traviata, em Veneza.

Entre 1855 e 1867, Verdi continuou a compor grandes óperas: Un ballo in maschera (1859), La forza del destino e a versão revisada de Macbeth (1865).

Outras, com menos produções na época: Les vêpres siciliennes (1855), Simon Boccanegra (1857) e Don Carlo (1867).

Nos anos seguintes, Verdi trabalhou na revisão de suas primeiras composições.

Otello, baseada na obra de William Shakeaspeare, teve sua primeira execução em Milão, em 1887.

A música é contínua e não pode ser facilmente dividida para ser apresentada em concerto.

Muitos dizem que essa obra não tem o brilho melódico característico de Verdi, enquanto outros críticos dizem que é a obra-prima trágica de Verdi.

Outra diferença é a falta de prelúdio, tão comum ao público Verdiano.

A última ópera de Verdi, Falstaff, foi baseada em Merry Wives of Winsdor, de Shakeaspeare.

Essa ópera teve um sucesso internacional e é uma das supremas óperas cômicas, que mostra a genialidade de Verdi no contraponto.

Em 1894, Verdi compôs um curto balé para a produção francesa de Otello.

Essa foi sua última composição puramente orquestral.

Em 1897, Verdi completou sua última composição, uma obra baseada nos textos em latim de Stabat Mater.

Essa foi a última das quatro obras sacras que Verdi compôs: Ave Maria, Stabat Mater, Laudi alla Vergine Maria e Te Deum.

Enquanto estava hospedado no Grande Hotel de Milão, Verdi sofreu um derrame, em 21 de janeiro de 1901.

Ele faleceu seis dias depois, em 27 de janeiro de 1901, aos 87 anos.

Arturo Toscanini conduziu a vasta força de orquestras e coros combinados de toda a Itália no funeral de Verdi, em Milão.

Até hoje, foi uma das maiores uniões artísticas musicais da história da Itália.

Os predecessores que influenciaram Verdi musicalmente foram Gioachino Rossini, Vincenzo Bellini, Giacomo Meyerbeer e, mais notavelmente, Gaetano Donizetti e Saverio Mercadante.

Até hoje nenhum outro compositor de ópera italiana conseguiu igualar-se a Verdi, em quesito popularidade.

Giuseppe Verdi

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