domingo, 16 de janeiro de 2011

FULGENCIO BATISTA

Fulgencio Batista y Zaldívar nasceu em Banes, Cuba, há exatos 100 anos, em 16 de janeiro de 1901.

Filho de Belisario Batista e Carmela Zaldívar, começou a trabalhar muito jovem, desempenhando diversos ofícios.

Alistou-se no Exército Cubano em 1921, alcançando o grau de sargento do Estado Maior do Exército.

Em 1933 Fulgencio Batista participou das conspirações que culminaram no Movimento Cívico-Militar de 4 de setembro daquele ano.

Estabeleceu-se então uma Junta de Governo na qual foi nomeado Coronel-Chefe do Exército.

Entre 1934 e 1940 guiou com mão de ferro a repressão contra os movimentos comunistas e socialistas das centrais açucareiras.

Em 1940 foi convocada uma Constituinte da qual participaram políticos procedentes de diversos setores.

Fulgencio Batista então se apresenta como candidato da Coalizão Socialista-Democrática.

Eleito, toma posse a 10 de outubro de 1940.

A nova Constituição aprovada introduzia em Cuba um sistema que lembrava o parlamentarismo.

O Presidente era eleito por sufrágio universal para um período de quatro anos, entretanto a intervenção do Governo na economia era limitada.

Durante o seu mandato, Batista cooperou na Segunda Guerra Mundial com os Aliados e declarou guerra ao Império Japonês, à Alemanha Nazista e à Itália Fascista.

Em 1944 novas eleições foram realizadas, sendo eleito Presidente Ramón Grau San Martín.

Em 1948 Carlos Prío Socarrás venceu o pleito presidencial.

Em 1952 Fulgencio Batista era um dos candidatos.

Contudo, dado que algumas pesquisas o colocavam apenas como terceiro colocado, em 10 de março de 1952, a quatro meses das eleições, Fulgencio liderou um Golpe de Estado.

Alegando uma série de razões pouco justificáveis, valeu-se de sua liderança nas Forças Armadas e do respaldo de algumas correntes políticas do país.

Fulgencio Batista em 1952

O segundo Governo de Fulgencio Batista respeitou os direitos da indústria e comércio cubanos, contudo, a corrupção era gigantesca.

Governando como um ditador, contou com o reconhecimento diplomático e apoio militar dos EUA.

Instaurou um regime autoritário, mandando prender os seus opositores e restringindo as liberdades através do controle da imprensa, da universidade e do congresso, usando métodos terroristas e fazendo fortuna para si e para seus aliados.

O apoio do governo dos Estados Unidos ao autoritário governo ditatorial de Fulgencio Batista foi um dos episódios emblemáticos da Guerra Fria.

Um governante tirânico, corrupto e repressor sendo apoiado pelos Estados Unidos graças à suas posições favoráveis aos negócios americanos na ilha de Cuba.

O regime de Batista foi derrubado em 1959 por um ataque de forças rebeldes comandadas por Fidel Castro.

Em 1 de janeiro de 1959, Fulgencio Batista fugiu de Cuba para Santo Domingo, ante o triunfo da Revolução Cubana, movimento armado enfatizado pelo caráter anti-capitalista e antiamericano que posteriormente alinhou o país com o chamado bloco socialista.

Na fuga, estima-se que Fulgencio portava algo perto de US$ 100 milhões.

Após o exílio na República Dominicana, residiu na Ilha da Madeira (Portugal) e na Espanha, onde veio falecer em Marbella em 6 de agosto de 1973, vítima de um infarto.

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